sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Quixotes?! Não, pixotes!...


MERCADO NÃO GANHA CAMPEONATOS

«O Sporting é visto dias após o encerramento do mercado como o grande vencedor interno em vendas e contratações. Foi o clube que conseguiu maior encaixe e o que mais contratou, gastando pouco menos do que o Porto mas menos de metade do Benfica. E isto apesar de ter comprado o mais caro da história do clube: Bas Dost. Mas devem SAD e adeptos festejar?

Por um lado sim, porque em termos financeiros a estrutura comandada por Bruno de Carvalho conseguiu resultados nunca vistos. As duas maiores vendas da história no mesmo defeso e a forma decidida como atacou os reforços são motivo de orgulho. Mas os proveitos financeiros, quer sejam entregues à banca ou não, esses sim, são excelente notícia para um clube que andava há pouco pelas ruas da amargura.

No reverso da medalha, não. Isto porque o mercado não ganha campeonatos. É óbvio que parece saltar à vista que Bruno e Jesus tentaram tornar a equipa tão forte quanto o possível. Mas não há milagres. E suceder a Slimani e João Mário não é fácil.

Slimani era peça-chave no ataque do Sporting. E Teo, parecendo que não, também muito golo importante marcou. Agora JJ terá de montar uma nova dupla ganhadora. E perceber qual o melhor encaixe entre André, Alan Ruiz, Campbell, Bas Dost, Castaignos e Markovic. Até porque muitos deles poderão depois ser deslocados para suprir o homem que dava o perfume extra ao futebol leonino: João Mário.

No fundo, é importante reconhecer que o Sporting soube vender pouco e bem. Depois foi à procura de soluções capazes de garantirem qualidade a Jesus. O trabalho de Bruno de Carvalho está feito. Agora é a vez de JJ entrar em cena. Sem Rafa, um craque feito que mais de 16 milhões levaram para a Luz, mas com muitas caras novas. Não será fácil. Mas se fosse não era para ele.»
(Bernardo Ribeiro, Entrada em Campo, in Record)


Parece que Bernardo Ribeiro regressou dos banhos em forma! Ainda bem e que esse tempo não tenha sido apenas de descanso, mas que tenha permitido uma serena e profícua reflexão sobre o seu papel no seu jornal e no jornalismo português. Porque já cansa assistir a tanto jornalista armado em papel de embrulho de presentes para cores diferentes da cor do nosso papel. Chiça, é tempo de copiarmos os outros e não andarmos por aí armados em bons samaritanos, enquanto deixamos em paz as trafulhices dos vendilhões do templo!...

Eu tenho pena e lamento a existência de jornalistas a quem costuno chamar de... azeitonas! Porque se verde foi o seu nascimento, porque se vestem de luto ou mesmo  coram como moçoilas virgens perante o primeiro assédio?! O que terá a ver a ética e a isenção com a natural expressão dos nossos afectos?! Porque terão de ser as azeitonas a corar como raparigas tímidas em vez de exibirem orgulhosamente aquilo que deu fama às de Elvas? Os outros comem os figos e nós permitimos que nos rebentem os beiços?!...

Quixotes?! Não, pixotes!...

Leoninamente,
Até à próxima

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