Na hora do exame a sério, a equipa de Nuno respondeu com insegurança e desorientação. O novo ADN
«Uma das vantagens da personalidade de Jorge Jesus é que as equipas dele nunca têm hipótese de ser vítimas. Desde o primeiro minuto são convencidas de que lhes será ensinado algo que todos os adversários desconhecem. O risco é sempre o oposto: acreditarem que são mesmo tão formidáveis quanto Jesus afirma. Já o Porto, desde há quatro anos, está sempre na iminência de ser vítima, talvez por contágio dos treinadores que chegam com esse estatuto pré-programado, talvez porque os treinadores não saibam blindá-los às críticas e aos deslizes; talvez porque lhe faltem jogadores que não admitam mariquices. Há de haver quem queira discutir o Leicester-Porto a partir da táctica, e é sempre possível encontrar boas razões para o fazer, mas o fundamental da segunda derrota portista nesta época foi a insegurança, foram as más decisões individuais, foi a falta de critério, foi a facilidade com que (como em Alvalade e com o Copenhaga) os jogadores de Nuno se deixaram intimidar fisicamente, foi a desordem no campo, foi a incapacidade preocupante de jogarem o que sabem, ou seja, pelo chão e de pé para pé, que era a única receita possível contra um adversário que só pode jogar longo e em força. O estatuto de vítima é confortável e muito mais fácil do que os noventa minutos de rigor absoluto que faz as equipas vencedoras. Quando Nuno Espírito Santo diz que tem de melhorar as suas próprias qualidades, imagino que esteja a pensar no treino, no giz e no quadro preto, mas o principal problema do Porto destes quatro anos é a queda que tem para ser vítima. Para a negra contabilidade de Slimani, importou tanto a veia de predador dele como a alma de presa a que o Porto, entretanto, se afeiçoou.»
(José Manuel Ribeiro, Opinião, in O Jogo)
Faltará a José Manuel Ribeiro definir a alma do Benfica, para que fique completa a "trempe" em que actualmente assenta a "panela da sopa" cá da paróquia...
Cá ficamos à espera da sua sagacidade e... coragem, pois então!...
Leoninamente,
Até à próxima
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