TROCA DE GALHARDETES
«Sempre que quero descomprimir discuto futebol. Mentira, não é futebol que discuto. Dedico-me ao principal desporto nacional: a clubite. "Vocês" isto, "nós" aquilo, contabilização de títulos ou de dinheiro amealhado no mercado de verão. Só o faço com pessoas bem-humoradas, que não se levem demasiado a sério. Se a conversa azeda faço o que nunca faço num debate sobre política: bato em retirada. Este desporto, só vagamente relacionado com o futebol, é um elemento fundamental da socialização do português. Está para a nossa cultura como as conversas sobre o tempo estão para a dos ingleses.
Descobri, recentemente, que ele pode atingir temperaturas escaldantes na mais insuspeita das modalidades: o futsal. Olhando para as hilariantes decisões de justiça desportiva que por ali se tomam, compreendo que tem potencial. E foi através de uma polémica em torno de medidas disciplinares totalmente discricionárias que cheguei a muitos dos textos do meu amigo de longa data Nuno Saraiva, novo director de comunicação do Sporting. Surpreendeu-me o seu prolixo verbo afiado, que não era e não podia ser nem tão prolixo nem tão afiado nos tempos de jornalista. E percebi porque andava eu satisfeito com a aparente resolução da grande pecha de Bruno de Carvalho – falar demais. Como os presidentes de outro clubes, terá finalmente compreendido que o talento do general não se mede sempre nas trincheiras e que um líder não combate sozinho contra o mundo. Para a guerra das palavras passou a ter um aguerrido e competente oficial, passe a minha óbvia parcialidade. Ele tem outras batalhas para travar. E se as coisas não forem lidas e ouvidas demasiado à letra, os notados posts de Nuno Saraiva são um importante contributo para esse divertido e saudável desporto nacional que é a troca de galhardetes.»
«Sempre que quero descomprimir discuto futebol. Mentira, não é futebol que discuto. Dedico-me ao principal desporto nacional: a clubite. "Vocês" isto, "nós" aquilo, contabilização de títulos ou de dinheiro amealhado no mercado de verão. Só o faço com pessoas bem-humoradas, que não se levem demasiado a sério. Se a conversa azeda faço o que nunca faço num debate sobre política: bato em retirada. Este desporto, só vagamente relacionado com o futebol, é um elemento fundamental da socialização do português. Está para a nossa cultura como as conversas sobre o tempo estão para a dos ingleses.
Descobri, recentemente, que ele pode atingir temperaturas escaldantes na mais insuspeita das modalidades: o futsal. Olhando para as hilariantes decisões de justiça desportiva que por ali se tomam, compreendo que tem potencial. E foi através de uma polémica em torno de medidas disciplinares totalmente discricionárias que cheguei a muitos dos textos do meu amigo de longa data Nuno Saraiva, novo director de comunicação do Sporting. Surpreendeu-me o seu prolixo verbo afiado, que não era e não podia ser nem tão prolixo nem tão afiado nos tempos de jornalista. E percebi porque andava eu satisfeito com a aparente resolução da grande pecha de Bruno de Carvalho – falar demais. Como os presidentes de outro clubes, terá finalmente compreendido que o talento do general não se mede sempre nas trincheiras e que um líder não combate sozinho contra o mundo. Para a guerra das palavras passou a ter um aguerrido e competente oficial, passe a minha óbvia parcialidade. Ele tem outras batalhas para travar. E se as coisas não forem lidas e ouvidas demasiado à letra, os notados posts de Nuno Saraiva são um importante contributo para esse divertido e saudável desporto nacional que é a troca de galhardetes.»
O quê, Daniel Oliveira a assumir-se publicamente como um dos sportinguistas mais surpreendidos e agradados com o "prolixo e afiado verbo" do "seu amigo de longa data" Nuno Saraiva, novo director de comunicação do Sporting?!...
Ai as pás e picaretas que vão chover lá dos "etéreos camarotes" para as bancadas, suposto lugar onde Daniel Oliveira estará, no meio de ululantes, cantantes e apaixonados membros da "ralé sportinguista"! Ai as invectivas que sobre ele serão descarregadas em "dia de clube" pela brigada legionária de "fontes seguras"!...
Ai a sarna que Daniel Oliveira acaba de arranjar para se coçar, quiçá libertando o seu amigo de longa data das coças que quase diariamente lhe são infligidas, só porque decidiu dedicar-se a partir da sua "cadeira de sonho" a defender o seu "grande amor" e a dar a cara pelo seu Clube e pelo seu Presidente!...
Se como homem e cidadão lúcido, progressista e interventivo na causa política, Daniel Oliveira há muito me merece um profundo e solidário respeito, como sportinguista acabou hoje com esta sua crónica, por deixar completamente lavrada a seara da minha incontida admiração!...
É que Daniel Oliveira acabou por dissipar algumas ténues e tímidas reticências que no meu espírito ainda pudessem subsistir sobre o trabalho do seu, permitam-me que repita, "amigo de longa data Nuno Saraiva", que conhecia mal e a quem, por isso mesmo, tinha alguma dificuldade em identificar como "the right man in the right place at the right time". Afinal, Bruno de Carvalho, finalmente, "não combate sozinho contra o mundo. Para a guerra das palavras, passou a ter um aguerrido e competente oficial"!...
I rest my case!...
Leoninamente,
Até à próxima
Ai as pás e picaretas que vão chover lá dos "etéreos camarotes" para as bancadas, suposto lugar onde Daniel Oliveira estará, no meio de ululantes, cantantes e apaixonados membros da "ralé sportinguista"! Ai as invectivas que sobre ele serão descarregadas em "dia de clube" pela brigada legionária de "fontes seguras"!...
Ai a sarna que Daniel Oliveira acaba de arranjar para se coçar, quiçá libertando o seu amigo de longa data das coças que quase diariamente lhe são infligidas, só porque decidiu dedicar-se a partir da sua "cadeira de sonho" a defender o seu "grande amor" e a dar a cara pelo seu Clube e pelo seu Presidente!...
Se como homem e cidadão lúcido, progressista e interventivo na causa política, Daniel Oliveira há muito me merece um profundo e solidário respeito, como sportinguista acabou hoje com esta sua crónica, por deixar completamente lavrada a seara da minha incontida admiração!...
É que Daniel Oliveira acabou por dissipar algumas ténues e tímidas reticências que no meu espírito ainda pudessem subsistir sobre o trabalho do seu, permitam-me que repita, "amigo de longa data Nuno Saraiva", que conhecia mal e a quem, por isso mesmo, tinha alguma dificuldade em identificar como "the right man in the right place at the right time". Afinal, Bruno de Carvalho, finalmente, "não combate sozinho contra o mundo. Para a guerra das palavras, passou a ter um aguerrido e competente oficial"!...
I rest my case!...
Leoninamente,
Até à próxima
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