Rui Vitória um líder fraco
«Em oito jornadas da Liga, das quais só jogou sete, o Benfica já perdeu três vezes, duas frente aos rivais directos. Dificilmente o arranque do campeonato poderia ser pior e logo numa época em que, assumida uma rutura, o Benfica tinha que começar bem. Mesmo assim eu, não por optimismo e menos por militância, acho que tudo está em aberto: porque é cedo, porque hoje o futebol está mais imprevisível e porque as equipas de Jorge Jesus e Julen Lopetegui - ou seja Sporting e Porto - têm um padrão de oscilação de comportamento que convém não desprezar.
Se esse é o quadro macro, e convém que no Benfica Luís Filipe Vieira o tenha claro, não é menos verdade que toda a pressão está agora sobre o clube, o presidente, a famosa estrutura, os jogadores e, ao que parece vagamente, sobre o treinador.
Vamos por partes. Se há algo que me espanta, já para não dizer choca, foi (e tem sido) a incapacidade de Rui Vitória em assumir a responsabilidade na hora das derrotas. O discurso não está todo errado. Com certeza, como ele diz, que o Benfica tem que se virar para o próximo jogo, que perder faz parte da vida dos campeões e outros lugares-comuns que são exatamente lugares-comuns porque retratam a realidade. Só que Rui Vitória foi incapaz de dizer "eu sou o treinador, eu sou o responsável". Ora, uma declaração com essa assertividade poderia aumentar a discussão sobre as suas competências e o seu perfil, mas mostrava um líder e teria evitado declarações sucessivas sobre os jogadores e a estrutura, essa entidade que sendo abstracta, ou mais ou menos abstracta, está, pelo menos na visão de Rui Gomes da Silva, "aburguesada", o que também permite múltiplas leituras. A confusão instalou-se.
Ao não chamar a si a pressão - e sabendo que tem o apoio de Vieira -, Rui Vitória voltou a falhar no aspecto em que, na minha perspetiva se tem revelado mais frágil: a gestão da comunicação num clube da dimensão do Benfica.
Nas questões de natureza táctica, Jorge Jesus meteu-o no bolso no jogo de domingo, mas é justo lembrar que apesar da irregularidade, o Benfica de Vitória tem méritos, criou soluções onde havia problemas e já fez exibições de grande qualidade. Tem caminho para fazer. Por tudo isso toda a serenidade é, nesta fase, boa conselheira.
Por maioria de razão, compreendo bem o tempo do jornalismo e da opinião, ao qual se somou a democracia instantânea das redes sociais, mas quem gere uma grande empresa ou instituição, não podendo, nem devendo, ignorar os sinais da rua e os sinais dos media, não pode agir em função deles. Tem é que agir com responsabilidade. É o que se pede neste caso ao líder do futebol do Benfica.
Jesus e o "tamanhinho"
Para quem tinha acabado de conseguir uma vitória que fica na história em pleno estádio do Benfica, o treinador do Sporting apresentou uma calma olímpica. Ele saboreou o momento e, na sua eterna cara de rapaz do bairro popular - daqueles que roubava fruta nas velhas merecerias e fugia - via-se bem a satisfação. Não era para menos. Como se escreveu repetidamente nestes dias, Jorge Jesus ganhou o jogo em toda a linha e consolidou, desta vez com bom futebol, a componente mais cínica ou resultadista, como agora se diz, que já vinha a tomar forma nos seus dois últimos anos no Benfica.
Apesar de uma ou outra tirada para ler nas entrelinhas - como a de reduzir Rui Vitória "a este tamanhinho" - Jesus foi notável na gestão da pressão depois de uma semana em que o Benfica o acusou de tudo e mais alguma coisa. Ele respondeu no campo. Com brilho! Colocou o Sporting numa situação de privilégio, o Benfica numa situação de embaraço e, se bem o conhecemos, está já a definir como vai agora ganhar o jogo para a Taça de Portugal...»
«Em oito jornadas da Liga, das quais só jogou sete, o Benfica já perdeu três vezes, duas frente aos rivais directos. Dificilmente o arranque do campeonato poderia ser pior e logo numa época em que, assumida uma rutura, o Benfica tinha que começar bem. Mesmo assim eu, não por optimismo e menos por militância, acho que tudo está em aberto: porque é cedo, porque hoje o futebol está mais imprevisível e porque as equipas de Jorge Jesus e Julen Lopetegui - ou seja Sporting e Porto - têm um padrão de oscilação de comportamento que convém não desprezar.
Se esse é o quadro macro, e convém que no Benfica Luís Filipe Vieira o tenha claro, não é menos verdade que toda a pressão está agora sobre o clube, o presidente, a famosa estrutura, os jogadores e, ao que parece vagamente, sobre o treinador.
Vamos por partes. Se há algo que me espanta, já para não dizer choca, foi (e tem sido) a incapacidade de Rui Vitória em assumir a responsabilidade na hora das derrotas. O discurso não está todo errado. Com certeza, como ele diz, que o Benfica tem que se virar para o próximo jogo, que perder faz parte da vida dos campeões e outros lugares-comuns que são exatamente lugares-comuns porque retratam a realidade. Só que Rui Vitória foi incapaz de dizer "eu sou o treinador, eu sou o responsável". Ora, uma declaração com essa assertividade poderia aumentar a discussão sobre as suas competências e o seu perfil, mas mostrava um líder e teria evitado declarações sucessivas sobre os jogadores e a estrutura, essa entidade que sendo abstracta, ou mais ou menos abstracta, está, pelo menos na visão de Rui Gomes da Silva, "aburguesada", o que também permite múltiplas leituras. A confusão instalou-se.
Ao não chamar a si a pressão - e sabendo que tem o apoio de Vieira -, Rui Vitória voltou a falhar no aspecto em que, na minha perspetiva se tem revelado mais frágil: a gestão da comunicação num clube da dimensão do Benfica.
Nas questões de natureza táctica, Jorge Jesus meteu-o no bolso no jogo de domingo, mas é justo lembrar que apesar da irregularidade, o Benfica de Vitória tem méritos, criou soluções onde havia problemas e já fez exibições de grande qualidade. Tem caminho para fazer. Por tudo isso toda a serenidade é, nesta fase, boa conselheira.
Por maioria de razão, compreendo bem o tempo do jornalismo e da opinião, ao qual se somou a democracia instantânea das redes sociais, mas quem gere uma grande empresa ou instituição, não podendo, nem devendo, ignorar os sinais da rua e os sinais dos media, não pode agir em função deles. Tem é que agir com responsabilidade. É o que se pede neste caso ao líder do futebol do Benfica.
Jesus e o "tamanhinho"
Para quem tinha acabado de conseguir uma vitória que fica na história em pleno estádio do Benfica, o treinador do Sporting apresentou uma calma olímpica. Ele saboreou o momento e, na sua eterna cara de rapaz do bairro popular - daqueles que roubava fruta nas velhas merecerias e fugia - via-se bem a satisfação. Não era para menos. Como se escreveu repetidamente nestes dias, Jorge Jesus ganhou o jogo em toda a linha e consolidou, desta vez com bom futebol, a componente mais cínica ou resultadista, como agora se diz, que já vinha a tomar forma nos seus dois últimos anos no Benfica.
Apesar de uma ou outra tirada para ler nas entrelinhas - como a de reduzir Rui Vitória "a este tamanhinho" - Jesus foi notável na gestão da pressão depois de uma semana em que o Benfica o acusou de tudo e mais alguma coisa. Ele respondeu no campo. Com brilho! Colocou o Sporting numa situação de privilégio, o Benfica numa situação de embaraço e, se bem o conhecemos, está já a definir como vai agora ganhar o jogo para a Taça de Portugal...»
Deveras interessante para o sportinguista que me orgulho de ser, esta crónica de Nuno Santos! Em primeiro lugar, porque pela primeira vez desde que me lembro de o ler, terá chamado os afectos pelos nomes, ao contrário de muitos que por aí vão chamando nomes aos afectos, sempre vestidos com aquele camuflado que dizem ter sido inventado pelos americanos lá no longínquo e inóspito Vietnam e, portanto, cinicamente dissimulados, como se todos fôssemos parvos!...
Em segundo lugar porque parece também não estar disposto a ser comido por parvo na estratégia menos "abstracta" do que muitos poderão julgar, de assalto ao poder por parte da venenosa "cobra cascavel" que dá pelo nome de Rui Gomes da Silva e que terá provocado apenas mágoa ao atacado "grande líder" dos benfas. Estão declarados o caos e a guerra nos campos de Carnide e se o "kadafi dos pneus", ingénuamente, se descuidar lá se vai o guarda-chuva! O que se pode vir a revelar muito perigoso. Na Carregueira está um exemplo!...
Depois, porque acaba por constatar o óbvio, pese embora toda a "narrativa" concebida e materializada pela "central de propaganda goebbelsiana do arcanjo gabriel": Rui Vitória é um líder fraco, embora bom rapaz, mas de bons rapazes está o inferno cheio!...
Finalmente, afina pelo diapasão que tenho usado em consumo muito privado, para caracterizar o que adivinho já baile na mente de Jorge Jesus, sobre a próxima eliminatória da Taça de Portugal em Alvalade:
"Não sou gajo de raivas, mas quem mas faz, paga-mas"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Queria aqui deixar uma mensagem e gostava que esta mensagem fosse partilhada em vários locais para conseguir chegar ao máximo de sportinguistas possíveis.
ResponderEliminarO Sporting está neste ano a atingir algo que já não atinge talvez desde a época 2004/2005: Ter um vantagem pontual na tabela classificativa e para além disso, ser aquela equipa que neste momento está mais próxima de ser o favorito á conquista do campeonato, sobretudo devido á qualidade de jogo que apresenta. Sinceramente como profissional da área do Futebol posso deixar aqui uma garantia: o Sporting pode estar próximo do tão desejado titulo (embora se tenha jogado apenas 8 jornadas), este pode ser de facto o nosso ano.
A vantagem que já temos é uma vantagem importante e acreditem ou não, devemo-nos agarrar a ela... mas não apenas quando faltarem 5 ou 10 jogos para o fim do campeonato, é AGORA que temos de começar a entender isso. E não estou a falar aqui para a estrutura técnica ou directiva do Sporting, estou a falar para todos nós adeptos: é importante redobrar esta "onda verde", é importante começar a criar um clima de campeão e euforia em torno da equipa e do clube e, novamente, acreditem ou não mas isso para além da normal "motivação", trás ainda responsabilidade e compromisso... compromisso para com a vitória e isso devemos começar a transmitir ainda mais a partir de agora, e não apenas porque vencemos o eterno rival, sobretudo porque conseguimos a maior vantagem de liderança no Campeonato até ao momento mas é importante também não esquecer que os campeonatos se ganham e se perdem nos jogos contra as equipas teoricamente inferiores e o Sporting tem sentido na pele esse facto.
Aquilo que quero transmitir é que estamos mais perto que nunca! É bom que todos reflictam nisso e não deixem o sportinguismo para os grandes jogos ou derradeiras jornadas do campeonato...
As claques do Sporting estão sempre presentes mas muitas vezes não chegam para colorir de verde os Estádios forasteiros.
Vou finalizar apelando: Por favor, não fiquem em casa a partir de agora, por favor não se contentem com 35 Mil pessoas em Alvalade ou com 4 Mil nos jogos fora. Está na hora de nos unirmos ainda mais em torno da equipa, está na hora de movimentarmos todas as nossas tropas para ajudar os nossos. Por favor, encham Alvalade no Sábado, invadam Arouca no Domingo seguinte e assim sucessivamente até ao fim! Até ao objectivo.
Reflitam! Está na hora! Não vamos desperdiçar esta grande oportunidades que temos.
Publiquem mensagens semelhantes em blogs, forúns, grupos de facebook, através de SMS's, como quiserem, mas façam-no, por favor, percebam a importância do momento e não facilitem.
SE REALMENTE QUEREM O SPORTING CAMPEÃO, ATUEM TAMBÉM VOCÊS!
SINTAM QUE ESTÁ PRÓXIMO E PODE DEPENDER DE NÓS!
NÃO FIQUEM EM CASA!
PARTILHEM!!!
Isto agora é que esta a ficar engraçade :)
ResponderEliminarMas o carnide nao pode perder comnosco para a taça, vai haver muita robalheira. Temos de continuar a por pressao no vitinho ou vamos ter para ai algum capelas no jogo da taça.
O Brunao nao dorme, mas para eles é de vida ou de morte...
Bom Blog!
SL
No próximo sábado, se Deus quiser...
ResponderEliminarLá estarei (como habitualmente...) a fazer "o meu papel de 12º jogador"...
Estamos no bom caminho é verdade, mas mais do que nunca, temos de nos manter unidos...
Também estou certo de que para o jogo da Taça, nos "irá sair na rifa "...um "capeloide" qualquer ou em alternativa ... "o homem do talho"...!!
O próximo "desafio" vai ser já no sábado a equipa do Estoril...é mais um para "mandar" para casa com o "alforge" carregado...
SL