Segundo aquilo que aqui é reportado, ao intervalo do último derbi, "quando a equipa recolheu aos balneários, JJ fez questão de frisar que os leões só deviam focar-se no trabalho que estavam a fazer, sem preocupações com a eventual reacção do Benfica, mas com níveis de concentração elevados, como se o jogo ainda estivesse 0-0. No final, a estratégia de JJ resultou na perfeição, os leões souberam controlar a vantagem de 3-0 e conquistaram um triunfo que escapava desde 2006."
Enraizar um cultura de vitória será exactamente o propósito primeiro de Jorge Jesus no Sporting Clube de Portugal. Uma cultura que partindo da Academia varra todo o universo leonino: concentração máxima e rejeição liminar de todo o tipo de euforias circunstanciais, encarando cada vitória com a maior naturalidade e muito, muito pragmatismo.
"Desde que abraçou o projecto desportivo leonino que JJ tem vincado a importância de os leões criarem um ADN de triunfos, que vá ao encontro da história do clube." Naturalmente que a génese desse "estado de alma" teria de começar por ser plantada... no recato do balneário. Mas há-de extravasar necessária e obrigatoriamente para as bancadas de Alvalade e de qualquer outro estádio onde os leões se apresentem e entrar abrupta e definitivamente na mente de todos os sportinguistas.
No dia em que uma vitória como aquela que pudemos saborear em casa do arquirrival, deixe de representar, não o orgasmo redentor de vicissitudes passadas e passar a constituir não mais do que mero preliminar de uma constante relação de vitórias, estará definitivamente reinstalado na formidável nação leonina o ADN que já foi nosso.
E que a ninguém no formidável universo sportinguista passe pela cabeça não condensar e verter nessa nova e constante relação com as vitórias, a magnanimidade própria dos vencedores. Isso corresponderia a uma contraditória e incompatível postura, que acabaria por ser a própria negação do tal ADN que perseguimos. Saber ganhar será sempre tão importante como saber perder. O melhor exemplo do caminho que jamais deveremos percorrer, chega-nos agora do próprio adversário que, inapelavelmente, atirámos ao chão, nos esfarrapados argumentos invocados para o cataclismo que os abateu.
Invocar imponderáveis fatalismos dos jogos de fortuna e azar e condimentá-los, incorrigivelmente, com as vicissitudes resultantes de eventuais e indecifráveis desígnios da arbitragem, será o mais flagrante e descoroçoante atestado de pequenez e menoridade.
A grandeza e o culto das vitórias não rastejam misturados com o pó do caminho!...
Leoninamente,
Até à próxima
Leoninamente,
Até à próxima
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