Benfica na 2ª Divisão?
É claro que o presidente do Sporting aceitou o desafio de um frente-a-frente com o inenarrável ‘director de conteúdos’ da BTV porque gosta e porque se desunha por uma bela peixeirada em dia de praça (ah faneca!), mas também — não sejamos ingénuos — para ir em socorro do seu amigo Barroso, peça importante da ‘máquina’ que levou Bruno de Carvalho ao poder. Amor com amor se paga e nem todos os serviços são de chá. ADN é ADN, não são as iniciais da Associação Desportiva da Neurose, e por isso a fábula da rã e do escorpião traduz a realidade sobre os seres vivos. O presidente do Sporting sabia ao que ia e achou que, num ambiente próprio ao pugilismo verbal, ao qual o seu homólogo do Benfica nunca se submeteria, não se importou de entrar no ringue com um personagem menor, porque o maior gozo que podia ter era atirar à cara do dito personagem que (no entendimento dele, claro) havia sido comprado para ser silenciado e era capaz de se fazer por outra pessoa para entrar, em directo, por telefone, num debate da estação para a qual foi contratado para ser (uma espécie de) director.
É claro que o presidente do Sporting aceitou o desafio de um frente-a-frente com o inenarrável ‘director de conteúdos’ da BTV porque gosta e porque se desunha por uma bela peixeirada em dia de praça (ah faneca!), mas também — não sejamos ingénuos — para ir em socorro do seu amigo Barroso, peça importante da ‘máquina’ que levou Bruno de Carvalho ao poder. Amor com amor se paga e nem todos os serviços são de chá. ADN é ADN, não são as iniciais da Associação Desportiva da Neurose, e por isso a fábula da rã e do escorpião traduz a realidade sobre os seres vivos. O presidente do Sporting sabia ao que ia e achou que, num ambiente próprio ao pugilismo verbal, ao qual o seu homólogo do Benfica nunca se submeteria, não se importou de entrar no ringue com um personagem menor, porque o maior gozo que podia ter era atirar à cara do dito personagem que (no entendimento dele, claro) havia sido comprado para ser silenciado e era capaz de se fazer por outra pessoa para entrar, em directo, por telefone, num debate da estação para a qual foi contratado para ser (uma espécie de) director.
Bruno de Carvalho já saberia, porventura, que iria ser criticado por se ter disponibilizado a entrar num espectáculo tão degradante como aquele, em que só faltou a literalidade de uns murros na fronha da falta de vergonha, mas mesmo descendo do pedestal da dimensão presidencial que se recusa a protagonizar, troçando até da goma dos engomadinhos da ordem, sabia que, no final, iria deixar o presente da mensagem primacial: não temo nada nem ninguém e, com Jesus ao meu lado e os seus segredos de (e da) catedral, contem comigo para todos/todas os/as guerras. No terreno, em Alvalade, mais perto da Luz, onde quiserem, e até numa arena televisiva, para a qual só é preciso levar um frasquinho de mercurocromo, uma ligadura e duas aspirinas (por causa das dores de cabeça). Na hora do primeiro rescaldo, a pergunta na cabeça de Bruno ainda deve ser: por que não?!
Num saco verde, verdadeiramente leonino, o presidente do Sporting transportava a ‘bomba atómica’. Não para destruir, tipo talibã, os estúdios de Queluz, por causa da vocabular terminação (luz), mas para fazer estilhaçar os ecrãs de quem estava em casa a consumir, com pipocas, mais um ‘reality show’: a (rica) prenda que, alegadamente, o Benfica oferece a árbitros, delegados e observadores em dias de jogo. Não era uma simples camisola, uma caneta ou um porta-chaves. Era um kit (com a imagem de Eusébio associada) que, feitas as contas (por Bruno), corresponde a uma despesa anual de 250.000 €.
O presidente do Sporting não fez a coisa por menos: quis imputar as recentes conquistas benfiquistas, não apenas aos méritos desportivos — situação difícil de gerir porque envolve os méritos do seu actual treinador… —, mas sobretudo às excessivas simpatias patrocinadas (sempre segundo Bruno) pelo estado-maior do Benfica.
E isto é sério, porque o presidente do Sporting quis deixar, veladamente (os benfiquista dirão… velhacamente), a ideia de uma iniciativa que configura um acto de corrupção para, através dele, retirar uma vantagem ilícita. O presidente do Sporting não disse, mas quer ver o Benfica na 2.ª Divisão. É isso que está nos regulamentos.
Isto é sério, de facto, e não deveria cair em saco roto. O assunto já está nas instâncias competentes e não pode haver duas leituras: se Bruno de Carvalho descobriu porcaria debaixo do tapete, o Benfica está em maus lençóis. Se a notícia for manifestamente exagerada, então o presidente do Sporting também não pode ser desresponsabilizado.
Em situações obviamente distintas, não nos podemos esquecer que, no futebol cá do burgo, as distorções mais mediáticas pariram um rato. Em Portugal, o ‘monstro’ do Apito Dourado, apesar de ter chancelado a ferro e fogo para sempre a marca da vergonha (AD) nos braços tentaculares dos seus protagonistas, pariu uma abelha. Mais recentemente, uma tentativa de compra de um árbitro-assistente apenas pariu um zangão. Quer dizer (e com rima): já todos fizeram os possíveis para ir parar à 2.ª Divisão.
Quem nos diz que uma mão nas costas é convertida num penálti consoante há ou não… jantar e champanhe em cima da mesa?!…
(Rui Santos, Pressão Alta, in Record)
Do outro lado da rua chegou o dramático e pungente apelo: "Ignorem o ruído"!...
Ninguém sabe se o cesto em que Luís Filipe Vieira pretendeu depositar esse insólito apelo, estará roto. Seria natural que se fosse no cesto dos adeptos o tom não seria, necessariamente, tão suplicante. E se a impressão com que ficou o mundo do futebol não foi essa, é porque os "sound bits" que já chegaram à Luz serão... desagradáveis, ou mesmo preocupantes e o alvo será outro, talvez o mesmo cesto roto que já deixou passar entre as vergas do fundo o Apito Dourado de má memória!...
Estou em crer que enquanto o vento não lhe levar o guarda-chuva, Luís Filipe Vieira estará absolutamente convicto de que pode contar com a rotura do cesto!...
Estamos em Portugal e não há cesto que se aproveite!...
Leoninamente,
Até à próxima
É grave quando um jornalista tem um erro colossal , quando fala do caso Cardinal e afirma que houve tentativa de compra...
ResponderEliminarNinguém compra árbitros assistentes... o PPC tentou sim incriminá-lo , e isso não está previsto na coação que leva à descida de divisão. É mais uma daquelas coisas que se repetem até parecerem verdade.
Enfim.
Pois, mas o Rui precisava mostrar que até os salpicos não lhe escapavam.
EliminarAcho que Pôncio (o Pilatos) foi mais ... corajoso.