Vistas curtas
"O grande problema do campeonato português é ser pouco competitivo. Só três clubes da primeira liga sonham ser campeões. Isso retira a todos os restantes adeptos, receitas e, por consequência, recursos para se aproximarem dessa possibilidade. É um círculo vicioso que acaba por prejudicar todos. Qualquer competição depende, para continuar atractiva, de algum equilíbrio entre os concorrentes. Tudo o que se faça no futebol nacional deve favorecer o reforço dos clubes médios.
É por isso que tenho defendido que os direitos das transmissões televisivas devem ser centralizados e distribuídos conforme os resultados desportivos, permitindo que uma equipa que num determinado ano se afirme tenha um retorno financeiro que a permita continuar esse caminho. Só isto favorecerá o investimento para crescer.
Na Alemanha, em Inglaterra e em Itália a venda de direitos está centralizada. E Espanha acabou de o fazer, através de uma lei do Estado. Ao que parece, a direcção do Sporting aprecia o modelo italiano, que tem em conta vários factores, nem todos dependentes do mérito. Eu gosto mais do modelo inglês. Contam os resultados e a taxa de ocupação do estádio. Parece-me excelente. Ganha quem conquista, não quem se senta à sombra da bananeira de passados gloriosos ou de muitos adeptos.
É isto que espicaça a competição, de que o futebol depende para ser sustentável. Infelizmente, as vistas curtas nacionais estão a encaminhar tudo para uma solução bipartida, em que Benfica e Porto dividem o bolo entre si. Já nem se trata de desprezar os clubes médios, mas de reforçar ainda mais o afunilamento da competição. Só que um campeonato a dois não é um campeonato. São dois jogos por ano em que perdem todos."
"O grande problema do campeonato português é ser pouco competitivo. Só três clubes da primeira liga sonham ser campeões. Isso retira a todos os restantes adeptos, receitas e, por consequência, recursos para se aproximarem dessa possibilidade. É um círculo vicioso que acaba por prejudicar todos. Qualquer competição depende, para continuar atractiva, de algum equilíbrio entre os concorrentes. Tudo o que se faça no futebol nacional deve favorecer o reforço dos clubes médios.
É por isso que tenho defendido que os direitos das transmissões televisivas devem ser centralizados e distribuídos conforme os resultados desportivos, permitindo que uma equipa que num determinado ano se afirme tenha um retorno financeiro que a permita continuar esse caminho. Só isto favorecerá o investimento para crescer.
Na Alemanha, em Inglaterra e em Itália a venda de direitos está centralizada. E Espanha acabou de o fazer, através de uma lei do Estado. Ao que parece, a direcção do Sporting aprecia o modelo italiano, que tem em conta vários factores, nem todos dependentes do mérito. Eu gosto mais do modelo inglês. Contam os resultados e a taxa de ocupação do estádio. Parece-me excelente. Ganha quem conquista, não quem se senta à sombra da bananeira de passados gloriosos ou de muitos adeptos.
É isto que espicaça a competição, de que o futebol depende para ser sustentável. Infelizmente, as vistas curtas nacionais estão a encaminhar tudo para uma solução bipartida, em que Benfica e Porto dividem o bolo entre si. Já nem se trata de desprezar os clubes médios, mas de reforçar ainda mais o afunilamento da competição. Só que um campeonato a dois não é um campeonato. São dois jogos por ano em que perdem todos."
Mais uma valente pedrada no charco do futebol português, arremessada por Daniel Oliveira, com a coragem e lucidez habitual e que desta vez nem o seu próprio Clube poupou.
Há muito que também sou partidário do modelo inglês da repartição dos proventos dos direitos televisivos: os clubes deverão receber a compartipação da entidade onde se encontram centralizados os direitos, consoante as suas posições no final de cada época, quer na tabela classificativa, quer no "ranking" das taxas de ocupação dos estádios, sendo que esta deriva sempre do número real de bilhetes vendidos e jamais serão consideradas as "entradas de favor" e as borlas que muitos clubes em Portugal, em momentos mais "aconselháveis", costumam proporcionar aos seus adeptos.
Apenas lamento que Daniel Oliveira não tenha ido mais longe, lançando o alerta aos cidadãos adeptos do futebol em geral e ao Governo em particular, para o "cozinhado" que a "santa aliança" há muito tem a "refugar".
Agora que se avizinham as eleições, a um homem com o peso político de Daniel Oliveira, não seria descabido e muito menos impossível, lançar o repto a todas as organizações partidárias que brevemente se degladiarão na campanha eleitoral que está ai´a rebentar, para que, o "criminoso e mafioso esquema" que levou à constituição de uma "aliança contra-natura" entre Porto e Benfica, seja definitivamente abortado e os partidos se comprometam todos a copiar aquilo que o Governo espanhol, exactamente pelos mesmos motivos, teve a coragem e a honestidade intelectual e política de fazer.
É que nem será preciso inventar nada de novo: bastará copiar linha por linha, vírgula por vírgula, ponto por ponto o modelo que tão bons resultados está a dar na Grã-Bretanha e mandar às malvas o modelo italiano que, à boa maneira latina e mafiosa, por entre linhas direitas e outras tortas, oferece, aos olhos de quem defende a mais pura e justa repartição, os habituais privilégios a "quem se senta à sombra da bananeira de passados gloriosos ou de muitos adeptos". E se o actual poder em Alvalade porventura não estiver de acordo com o modelo inglês, caberá a todos os adeptos sportinguistas que se orgulham de ter rejeitado ainda recentemente a "dinastia de Roquette", por motivos bem próximos do modelo italiano, de o voltarem a reafirmar, corrigindo a trajectória de quem assim não o entender.
Tenho para mim a convicção de que este terá sido apenas o "primeiro round" de um duro combate que teremos pela frente. E que Daniel Oliveira nele não terá pretendido desperdiçar todas as munições. Se tiver sido essa a sua intenção, eu estarei sempre com ele nas trincheiras.
Há muito que também sou partidário do modelo inglês da repartição dos proventos dos direitos televisivos: os clubes deverão receber a compartipação da entidade onde se encontram centralizados os direitos, consoante as suas posições no final de cada época, quer na tabela classificativa, quer no "ranking" das taxas de ocupação dos estádios, sendo que esta deriva sempre do número real de bilhetes vendidos e jamais serão consideradas as "entradas de favor" e as borlas que muitos clubes em Portugal, em momentos mais "aconselháveis", costumam proporcionar aos seus adeptos.
Apenas lamento que Daniel Oliveira não tenha ido mais longe, lançando o alerta aos cidadãos adeptos do futebol em geral e ao Governo em particular, para o "cozinhado" que a "santa aliança" há muito tem a "refugar".
Agora que se avizinham as eleições, a um homem com o peso político de Daniel Oliveira, não seria descabido e muito menos impossível, lançar o repto a todas as organizações partidárias que brevemente se degladiarão na campanha eleitoral que está ai´a rebentar, para que, o "criminoso e mafioso esquema" que levou à constituição de uma "aliança contra-natura" entre Porto e Benfica, seja definitivamente abortado e os partidos se comprometam todos a copiar aquilo que o Governo espanhol, exactamente pelos mesmos motivos, teve a coragem e a honestidade intelectual e política de fazer.
É que nem será preciso inventar nada de novo: bastará copiar linha por linha, vírgula por vírgula, ponto por ponto o modelo que tão bons resultados está a dar na Grã-Bretanha e mandar às malvas o modelo italiano que, à boa maneira latina e mafiosa, por entre linhas direitas e outras tortas, oferece, aos olhos de quem defende a mais pura e justa repartição, os habituais privilégios a "quem se senta à sombra da bananeira de passados gloriosos ou de muitos adeptos". E se o actual poder em Alvalade porventura não estiver de acordo com o modelo inglês, caberá a todos os adeptos sportinguistas que se orgulham de ter rejeitado ainda recentemente a "dinastia de Roquette", por motivos bem próximos do modelo italiano, de o voltarem a reafirmar, corrigindo a trajectória de quem assim não o entender.
Tenho para mim a convicção de que este terá sido apenas o "primeiro round" de um duro combate que teremos pela frente. E que Daniel Oliveira nele não terá pretendido desperdiçar todas as munições. Se tiver sido essa a sua intenção, eu estarei sempre com ele nas trincheiras.
E venham mais cinco, e dez e muitos sportinguistas!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caríssimo Álamo:
ResponderEliminarParabéns por mais um excelente post.
Deixo apenas aqui um link para uma notícia que hoje li e que, devidamente digerido, talvez ajude a esclarecer algumas dúvidas e lamentos que por aí se ouviram:
http://www.dn.pt/desporto/sporting/interior.aspx?content_id=4645687
Talvez um dia saibamos o que se passou neste ano. Eu, como sabe, desconfio muito desde o início, e esta notícia é só mais uma peça do puzzle.
Grande Abraço,
José Lopes
Obviamente, amigo José Lopes, que o "refugado" há muito estará em lume brando. Estará a faltar a "carne", porque os "cozinheiros" parecem estar a revelar-se péssimos "caçadores"!...
EliminarPara já, alguém terá perdido milhões e não parece ter sido o Sporting!...
Grande abraço.
Sempre esquecidos que o Benfica comercializa os seus próprios direitos , o costume
ResponderEliminarO sistema britânico parece-me, de longe, o mais equitativo... e justo...... Engrandece o negócio... (conceptualmente trata todos como parceiros ao mesmo nível - obviamente) e não deixa de premiar os melhores e os "maiores" (por inerência à sua, maior, massa adepta)
ResponderEliminarTalvez seja tempo de o SPORTING apresentar um estudo, escrito.... (tipo tabela de excel...) que demonstre por A+B... aos pequenitos... que eles é que perdem com o sistema atual.... Só por bla, bla, bla... os coitados não vão lá.... Talvez já tenham aprendido a ler.... e a fazer contas no papel... já que, de pensamento analítico e visualização espacial a coisa não anda famosa...
Talvez seja tempo de deixar o Orelhas e o Bufas a fazerem um campeonato..., à porta fechada... em 17 voltas.... Uns contra o outro... e o outro contra o... um.... GRANDE CAMPEONATO QUE ISSO DAVA....!!! O pior é que à terceira jornada não havia plantel para pôr em campo....
Será que os pequenotes não percebem que sem eles... a coisa não se dá... E que se assumirem a sua, FORTÍSSIMA, posição de participantes ativos do negócio, com um simples argumento (Sem os penafieis e os aroucas desta vida o jogo... não acontece) vão, para além de ficarem mais ricos, fazer parte, de facto da indústria que nós, os bons, queremos desenvolver...
Enfim...!!! PORTUGALIDADES....!!! É TRISTE... MUITO TRISTE.....!!!
SL
Mais um excelente texto de DO, concordo com tudo sem excepção e tb concordo com o amigo Álamo, qd diz que DO devia ter ido mais longe, mas tb acredito que ainda estará no 1º round e que outros se seguirão, e aqui, tb estarei com ele nas trincheiras....
ResponderEliminarEstou totalmente de acordo com o modelo inglês pois parece-me o mais justo....
SL