Nunca me atemorizaram os cães que ladram! Aqueles que temo, verdadeiramente, serão sempre os que atacam em silêncio! Nesta condição, o que hoje foi reportado aqui, entrou-me "por um olho e saiu-me pelo outro" ! Ainda procurei pelo comunicado da Doyen Sports Investments invocado pelo jornal Record, no sentido de perceber melhor os seus objectivos. Porém, ou a minha capacidade de pesquisa é demasiado limitada, ou não terá havido comunicado nenhum e aquilo que o "jornaleco do manha" publicou não passará de um "recado encomendado".
Mas mesmo admitindo a existência do famigerado comunicado, a intenção nele vertida pela Doyen Sports Investments, de recorrer ao TAS, confunde-me, a mim que não sou jurista e que apenas aprecio uns pontapés bem dados na bola. E confunde-me na exacta medida em que os direitos desportivos do Marcos Rojo eram propriedade total e exclusiva do Sporting e foram cedidos na sua totalidade ao Manchester United, conjuntamente com a totalidade dos direitos económicos, pela módica quantia de 20 M€, acrescida de outras contrapartidas que os clubes terão acordado, sendo o empréstimo de Nani, uma entre outras que agora pouco importarão. E será aqui que a porca começará a torcer o rabo!
O Manchester United, estava "fartinho" de saber que os direitos económicos do jogador argentino, teriam pertencido antes, nas proporções de 25% e 75% ao Sporting e à Doyen e aceita um acordo com o Sporting, no sentido de adquirir 100% dos referidos direitos económicos, no pressuposto de que os mesmos já pertenceriam no momento em que o contrato foi assinado entre os dois clubes, em exclusividade ao clube de Alvalade?! O corpo jurídico de um dos maiores colossos mundiais de futebol, constitui uma refinada cáfila de incompetentes?! Ou a justa causa invocada pelos leões para a resolução do contrato que ligava o Sporting à Doyen ter-lhes-à parecido suficientemente eloquente para a darem como adquirida e credível, ao ponto de assinarem o contrato?! Ou, à boa e superior maneira inglesa, pouco lhes importou a quem os direitos económicos pertenceriam ou deixariam de pertencer?! Pagou os direitos desportivos e económicos na sua totalidade ao clube detentor dos direitos desportivos e este que se entendesse depois com eventuais co-proprietários dos direitos económicos. Importante seria o recibo assinado pelo vendedor, a quem pagaram no imediato a 1ª tranche, conforme o acordado.
Bom, com este cenário, a meu ver límpido e transparente - os ingleses serão um dos povos mais pragmáticos do mundo! -, quem não terá ficado "muito feliz" terá sido o "cão" que dá pelo nome de Doyen Sports Investments! E, infeliz, começou a ladrar! Porreiro, pá, ladra para aí! Ah mas gente leva o caso ao TAS! Óptimo, avança, que a gente depois conversa!...
Ora, sendo o TAS um tribunal de arbitragem e mediação situado no exclusivo âmbito do Desporto, embora aos seus serviços possa recorrer qualquer pessoa física ou jurídica com capacidade de agir, quer-me parecer que apenas as matérias que respeitem a atletas, clubes, federações desportivas, organizadores e patrocinadores de instituições e eventos desportivos, ou empresas de televisão interessadas ou de algum modo ligadas ao fenómeno desportivo, poderão cair dentro das suas normais atribuições. Não fará, no meu modesto entender de leigo no campo jurídico, qualquer sentido que um fundo como a Doyen Sports Investments, cuja actuação se restringe exclusivamente ao financiamento de projectos desportivos sejam eles de que ordem forem, se vá queixar a Lausanne da anunciada resolução por parte do Sporting, de um contrato que com este clube estabelecera, rigorosa e exclusivamente de índole financeira.
Salvo melhor opinião, tanto a FIFA, como a UEFA, o TAS ou o TAID, hão-de pronunciar-se sempre como incompetentes para os casos do âmbito que a Doyen pretenderá derimir com o Sporting. Ou será que já terá sido estabelecida jurisprudência pelo TAS, que sustente o ladrar da Doyen?! Por enquanto ainda não consegui encontrar uma opinião sustentada, por parte de nenhum dos habituais analistas especializados na matéria. Alguém conseguiu ?!...
Seja como for, uma coisa eu constato: a segurança do Sporting Clube de Portugal neste famigerado caso é... BRUTAL! E eu acredito nos sportinguistas, que tiveram a coragem de desafiar a Doyen Sports Investments! Mais do que nos arautos de uma desgraça que pode chegar, imaginem bem, meus amigos, aos 20 ou 25 M€!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
A quem viva da desconfiança ... desconfiam de todo e de todos! (Como diria o Jardel ... porque será!?)
ResponderEliminarEu prefiro viver confiando em quem me transmite confiança e como o Alámo denota eu também confio na direção do nosso clube como tal estou me linearmente a CAGAR para todas estas questões juridico-financeiras ... quem é pago para pensar e para as julgar/defender que o faça nos entretanto preocupo-me isso em apoiar o grande SPORTING CLUBE de PORTUGAL!
Força Leões!
A minha confiança resulta da convicção que tenho, de que a resolução do contrato com a Doyen não foi decidida de ânimo leve, nem resultante de um impulso circunstancial. Imagino-a como resultado de um profundo estudo de todos os cenários jurídicos possiveis, levado eventualmente a cabo por um grupo alargado de conceituados juristas afectos ao Sporting. cujos pareceres tenham constituído suporte suficiente para a acção que viria a ser adoptada...
EliminarSerá o único prisma que admito! Porque o que estará em causa, será uma pequena fortuna, que o Sporting não tem! Daí o meu pensamento...
Vai na volta e o CAS/TAS ainda se julgará incompetente para resolver esta disputa e depois, o que é que fará a Doyen? ;)
EliminarCaro Tywin Lannister, vai exactamente nesse sentido o meu raciocínio e foi essa a razão do meu texto! E depois, o que fará a Doyen?! Pois, se calhar meter a acção num tribunal competente para analisar a matéria! Tribunal do Comércio de Lisboa?! Não sei, não domino este campo e a malha judicial portuguesa é demasiado complexa para um leigo como eu!...
EliminarEssa era capaz de ser a opção mais óbvia tendo em conta o direito comunitário, mas como a Doyen está bem informada acerca da morosidade do nosso sistema judicial, tentará a sua sorte primeiro no CAS/TAS...
EliminarJá agora, fui dar uma vista de olhos na página da Doyen e o último comunicado disponível está com a data de 14 de Agosto de 2014, portanto, como bem disse, o Querido Manha fez mais um favorzinho ao Nélio Lucas...
Caros Álamo e Tywin:
EliminarMais um detalhe a acrescentar ao vosso raciocínio: o Sporting até vendeu a quem a Doyen queria vender, portanto esta não pode alegar que foi por querer vender a outrém.
Para mais, o MU também deve ter analisado toda a documentação, senão não comprava. Olha quem...
Um abraço,
José Lopes
Caro Álamo:
EliminarSó mais uma coisa, que nada tem a ver com isto: que raio de equipamento é aquele para a Champions? Camisola verde escura/clara, com calção e meia branca?
Gostava de saber quem foi que escolheu estes equipamentos, vi ontem um resumo de um jogo do Nápoles, que usa a mesma marca, e as cores são as habituais deles, portanto a decisão não foi decerto da Macron...
Abraço,
José Lopes
pois eu não estou tão certo assim
ResponderEliminarcheira-me a uma habilidade para fazer o pavilhão
empurra-se com a barriga para a frente
depois logo se verá
rasgar contratos tambem o vale e azevedo rasgou
...e depois lixaram-se
Pois a mim "cheira-me" bem mais: que seja a pituitária do caro zakarias a estar demasiado sensível, quiçá por influências que agora não virão ao caso! É que estabelecer paralelos entre as acções levadas a cabo por um criminoso, condenado pelos tribunais e a cumprir no cárcere a respectiva pena e a via em absoluto prevista na lei, escolhida pelo Conselho Directivo do Sporting, passível de ser derimida nas instâncias judiciais competentes, vai uma distância tamanha, que muito provavelmente a sua "pituitária" não seja capaz de aferir!
EliminarE permita-me que acrescente ainda uma palavra de louvor ao seu espírito inventivo! Na realidade, partir há tanto tempo para a construção do pavilhão, com a certeza de um dia acontecer que um "marcos rojo" qualquer viria a dar a possibilidade de, com "uma habilidade empurrar com a barriga para a frente e depois logo se veria", já não será bem uma questão de cheiro! Julgo que estará muito próximo da alucinação...
Mas cada um cheira aquilo de que é capaz, ou... o que lhe convém cheirar!...
Perdoar-me-à, mas há limites para tudo...
Só uma questão: A partir de agora. quem serão os "parceiros" comerciais do Sporting? O Bruno descobriu ouro em Alvalade? Pensaram nisso?
ResponderEliminarSe por parceiros "comerciais" se entenderem os patrocinadores, o Sporting terá muitos com vitórias e poucos com derrotas, todos os clubes têm o mesmo problema.
EliminarSe se entenderem os fundos como a Doyen e quejandos, desde que Bruno de Carvalho tomou posse, que o caminho do Sporting deixou de ser esse! Ou o anónimo ainda não percebeu?! Pois se não percebeu, um dia perceberá, bem como todos aqueles que vão pretendendo fazer pão sem farinha!...
A Holdimo já foi apresentada como tal, podendo haver outros que, por ora, tenham optado pelo anonimato.
EliminarSinceramente, não estou a ver esta direcção enveredar por caminhos que tem combatido
"Parceiros" comerciais para quê? Contratar jogadores? Não sei por onde tem andado, mas nesta altura o perfil de jogador recrutado pelo Sporting é bem diferente daquele que ainda se vê no FC Porto e que era também usado e abusado pelo Benfica...
ResponderEliminarO problema é que em ambos os casos, a dívida aumenta e os proveitos reduzem-se. E além disso, há limites de valorização para os jogadores a actuar no campeonato nacional...
É que isto de contratar jogadores que custam 7 ou 8 milhões de euros, pode ser muito bonito de fazer a meias na altura das transferências, mais bonito ainda quando se vende com mais valias e só se recebe uma parte. Porque jogadores destes têm salários elevados e esses têm de ser pagos por inteiro... E como é óbvio, tal tem o seu peso no orçamento.
Que no caso do Sporting está seriamente limitado na parte das receitas, sendo muito difícil sem vendas, de ultrapassar os 40 milhões de euros anuais. É verdade que um jogador vindo dos juniores poderá custar por ano apenas 100 mil euros, isto se não for um prodígio fantástico como CR7 ou Fábio Paím, e num quadro de 70 jogadores, metade deles, todos juntos, poderão não custar mais do que 3,5 a 4 milhões de euros. O problema é que os gastos com os restantes 35 atletas não poderão passar dos 20 milhões de euros, sob pena de o exercício anual dar novamente prejuízo...
Que costuma ser o habitual, a menos que se vendam jogadores...
Pois esquecendo-se eles que os resultados operacionais do SCP (sem transferências) ainda são negativos!
EliminarAté nisso a venda do Rojo é um excelente negócio, sai um jogador que afeta +/- 1M€ do orçamento do clube, entra o Nani que aftea 0 ao orçamento do SCP!
O Tywin Lannister e o Sérgio complementaram com mestria o quadro que se apresenta às equipas portuguesas e que levou Bruno de Carvalho a seguir por uma via diferente. Só agora o Benfica parece começar a entender o mesmo e o Porto, quando a torneira do BPI avariar à semelhança do BES, comprará os mesmos sapatos. Ninguém sobrevive a gastar mais do que ganha!...
EliminarBoas
ResponderEliminarAlguem me sabe responder a uma duvida que tenho ?
Ao resolver os contratos com Rojo e Labyad, é o Sporting obrigado a devolver imediatamente o valor pago pela Doyen ?
Ou seja que que pagar agora também o valor respeitante ao Labyad ?
Eu diria que sim Jorge.
EliminarSendo que para tal teríamos de devolver a verba recebida - Labyad (35 por cento, a troco de 1,5 milhões de euros)..
Numa primeira análise, farão sentido tanto a dúvida de Jorge Alemão, como o pensamento de Sérgio! Porém, teremos de considerar que o caso de Rojo ficou encerrado com a venda definitiva e total dos direitos desportivos e económicos do jogador ao Manchester, enquanto que Labyad, emprestado ao Vitesse até 30 de Junho de 2015, está ligado ao Sporting até 30 de Junho de 2017, sendo portanto ainda e neste momento, um activo do Sporting. Tenho portanto dúvidas sobre se o Sporting estará obrigado a restituir neste momento a quantia de 1.5 M€ que recebeu da Doyen por 35% dos direitos económicos, ou se apenas e quando terminar o vínculo do jogador ou antes, se chegar a acordo para a sua transferência com outro clube.
EliminarAcredito porém, que não tenha sido de ânimo leve e de forma superficial, que o Sporting tenha decidido devolver os 3 M€ que havia recebido por 75% dos direitos económicos de Rojo e não tenha procedido da mesma forma para com o caso de Labyad. Se não o fez, penso que haverá razões que sustentem essa decisão.