sábado, 18 de março de 2023

A melhor crónica do jogo de Londres!...


Catenaccio e Sporting épico

«Tudo o que assistimos no Emirates foi um hino ao futebol. Foram 120 minutos de superioridade total e magia. Pote vislumbrou um espaço milimétrico na baliza dos gunners e disparou um míssil certeiro. Os nossos pulmões entraram em apneia por largos segundos até exultarmos com o abanar das redes do Arsenal. O empate foi garantido de uma maneira tão maravilhosa que o vencedor da eliminatória estava encontrado naquele disparo impossível. Mas o inacreditável chute marcou uma eliminatória, uma competição, uma época desportiva, e mais ainda, a história de um grande clube. Este Sporting não foi magriço, nem magrelas, nem magro. Foi possante, encorpado e robusto. Cresceu, convenceu e ganhou. Mostrou a personalidade de um futebol positivo, derrubou o gigante inglês, com uma qualidade inquestionável, dando show em Inglaterra.

Durante duas horas, o Special Amorim, agachou-se no relvado para medir os ínfimos detalhes que o iam levar à vitória. Aguentou o jogo quase todo com apenas uma substituição, baralhou Arteta em quatro alterações no prolongamento, e foi feliz. Ele mereceu, e os jogadores também. Mais ainda quando jovens como Diomandé, Gonçalo Inácio, Essugo ou Chermiti se puderam exibir no maior palco do futebol mundial com distinção, principalmente esses dois promissores centrais. E o ‘jovem’ Adán, claro.

A semana encheu-nos de orgulho, porque o Porto também ofuscou literalmente a super potência de Milão. O Inter esteve 90 minutos em catenaccio puro, numa arte em que ainda vão sendo exímios. Para a frente nunca foi o caminho para os italianos. Comparável apenas a Sanpaoli contra JJ, com enorme massacre dos turcos aos andaluzes. Juntar todos em frente da área, numa disciplina e entrega total, levando um massacre portista jamais visto, foi a história desse jogo. Inzagui sempre teve muitas vidas. Foram variadíssimas as vezes em que esteve para ser despedido da Lazio e renasceu dessas cinzas com trabalho e … uma sorte fora do normal. A eliminação neste jogo confirmaria a sua saída do Inter. Mas uma vez mais, salvou-se. Foi um desfecho muito injusto para o Porto, ficando no ar aquilo que o Conceição menos gosta: uma derrota que dá moral.»

A melhor crónica do jogo de Londres!...

Leoninamente,
Até à próxima

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