quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Que futuro poderá ter este autofágico Sporting?!...


A última vida de Varandas

«Um dia escrevi no Record um texto intitulado: "Benfica precisa de um Keizer". Na altura em que Vieira ainda via luzes e prolongava a agonia dos benfiquistas com a fase terminal do futebol insípido de Rui Vitória. Falei, então, de "um Keizer", do efeito positivo da chicotada a Peseiro, não do holandês. O Benfica precisava de mudar – e mudou a tempo para Lage – tal como o Sporting precisava nesse momento apesar de estar a dois pontos do topo, pois a falta de pachorra com o péssimo futebol e discurso de Peseiro matavam qualquer esperança.

Essa curta fase de 9 vitórias consecutivas com muitos golos, mais até do que com a conquista das duas Taças, foi aquela que enamorou os leões e os analistas que não conheciam aquele treinador de lado nenhum. Dizia Varandas que ele foi um senhor, e até concordo, porém, temos de falar verdade – algo que tanta falta faz ao clube. Keizer não cumpriu missão nenhuma, senão, de lá não teria saído. Foi um falhanço estrondoso que por um acaso feliz para os sportinguistas venceu duas Taças. Custou 500 mil euros, pois o Sporting pagou a sua cláusula de rescisão, para ser o treinador do mandato e projecto como Varandas anunciou na altura da sua contratação.

Keizer, a última Coca-Cola do deserto descoberta pela dupla Varandas/João Pedro Araújo, afinal era um treinador medíocre, incapaz de criar uma identidade e um fio de jogo, que Carlos Carvalhal aproveitou para vergastar com a sua posse de bola e dando baile em Alvalade, expondo a evidência que o holandês era um logro e um erro de ‘casting’ de quem o escolheu. Para além disso, nunca soube comunicar, era um boneco que não era tido nem achado sobre aquisições e nunca compreendeu a grandeza do Sporting Clube de Portugal.

Varandas em menos de um ano vai para o quarto treinador e mantêm-se dúvidas sobre a sua gestão e capacidade de liderança. Perdeu alguma base de apoio com a inconstância e incoerência na planificação desta época e os últimos dias de mercado foram catastróficos para a sua imagem, que alguém lhe explique isso. Mas temo que Varandas esteja a entrar numa fase de auto-isolamento que não o ajuda em nada e não traz paz, que é o bem mais necessário para um clube que precisa dela como de pão para a boca. Os gatos têm sete vidas mas os presidentes do Sporting não. E sem carisma e empatia ainda menos. Leonel Pontes será a última vida de Frederico Varandas.»
(Rui Calafate, Factor Racional, in Record)

Com o devido respeito e uma amizade de há longos anos que me liga a Rui Calafate, devo confessar que, pela primeira vez, este seu texto de hoje, me parece eivado de tudo, menos de racionalidade. Outros factores o terão porventura impelido a escrever isto, que nem o respeito nem a amizade me permitem subscrever e que jamais permitirei ao meu espírito, exactamente pelo respeito e amizade invocados, que alguma vez especule ou procure adivinhar. E repito, para que não subsistam dúvidas, pela primeira vez e a meu ver, desde que Rui Calafate assina a rubrica Factor Racional no jornal Record, embora se venham acumulando e por culpas que só o próprio poderá reconhecer, ou não, ultimamente, algumas pedras nos meus sapatos!...

Sem qualquer procuração de Frederico Varandas, antes movido apenas e tão só pela racionalidade e pela verdade, entendo que com apenas um ano de mandato e depois de herdar um Sporting na condição conhecida por todos os sportinguistas, não se me afigura justo o 'decreto' promulgado por Rui Calafate sobre a "última vida" do presidente do Sporting Clube de Portugal!...

E permitam-me deixar esta simples e despretensiosa questão a Rui Calafate: por onde andaria o Futebol Clube do Porto hoje, se um "Rui Calafate qualquer", pintado de azul e branco, tivesse ousado uma única vez que fosse, fazer a "crónica de morte anunciada" hoje feita por Rui Calafate ante o primeiro dos "flops" de treinador cometido pelo presidente do Sporting, perante os onze "flops" que comportará toda a 'singular e única' carreira do melhor e mais titulado presidente de todos os clubes portugueses, em todos os tempos, Jorge Nuno Pinto da Costa?!...

Permitam-me por isso e para uma melhor compreensão do meu sentimento, enumerar e elencar cronologicamente esses "flops", ainda que tal possa parecer maçador e redundante: Hermann Stessl (1980/82), (Quinitto (1988/89), Luigi Del Neri (2004/05), Victor Fernandez (2004/05), José Couceiro (2004/05), Rui Barros(2006/07), Paulo Fonseca (2013/14), Luís Castro /2013/14), Julien Lopetegui (2014/16), José Peseiro (2015/16) e Nuno Espírito Santo /2016/17).

E termino com outra questão também dirigida a Rui Calafate...

Que futuro poderá ter este autofágico Sporting?!...

Leoninamente,
Até à próxima

8 comentários:

  1. Os calafates desta vida não piam sobre o FCP porque PC atirava-lhes com os cães. No Benfica há esperas à saída dos canais de televisão.
    O Sporting é um clbe fácil, fácil.

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  2. Quem consegue calar o irmão da ex-ministra das finanças?
    Gaita que já é demais, ele fará outra coisa na vida?

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  3. Os "nojáveis" são o factor determinante da instabilidade/insucesso do Sporting. São autênticos abutres! Que se banqueteam nestas ocasiões mórbidas com um deleite inqualificável! Mas será caso que Calafate tem solução para tudo? ou Quanto ao inefável Dias Ferreira: ainda lamentavelmente, não percebeu que num dia diz uma coisa e no outro dia diz o seu contrário... Que ninguém (ou poucos) o leva a sério. Estas figurinhas deviam parar para pensar e fazer uma pergunta a si próprios: «O que é que o Sporting ganha com estas nossas intervenções públicas? Será que os dirigentes irão trabalhar melhor depois de ouvirem os nossos conselhos infalíveis?»

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  4. Gosto muito dos escritos de Rui Calafate e do ouvir, embora me pareça - sem o conhecimento pessoal que o Álamo terá - que às vezes ele próprio quer parecer a "última coca-cola no deserto", ao que à vida do Sporting diz respeito.
    Neste caso concreto, concordo com ele, mas sou suspeito, porque acho Frederico Varandas um presidente "fraco"! Keiser foi um erro de casting sem qualquer sentido, o fecho de mercado foi uma trapalhada (excepto nos pesos pesados de que se livrou). E, quanto a erros de casting, acho que comparar os do PC - só o presidente mais titulado, 2 champions, 2 liga europa - com o de Varandas não é a melhor comparação, porque além dos "cães de fila" que PC tem, os títulos dão-lhe outra margem de manobra. E acho incorrecto incluir Paulo Fonseca e Luís Castro nesse rol. O primeiro saíu por pressão (pela primeira vez, acho eu) da bancada, pois o seu percurso demonstra que é tudo menos um flop. Quanto ao segundo, foi uma solução provisória, tendo retornado depois à equipa B, onde se sagrou campeão da II liga.
    No entanto, num ponto estamos de acordo, esta autofagia não é benéfica, embora eu acho que é sina que sempre nos acompanhará!
    SL

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  5. Só como acréscimo, Rui Calafate tem razão, um presidente do Sporting não tem sete vidas como os gatos, pois nós não somos gatos, somos Leões! Mas é curioso ver que mesmo os apoiantes de Varandas já começam a questionar a sua actuação.
    SL

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  6. Continuem com a cabeça enfiada na areia!!!

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  7. Caro Alamo

    Nunca estive tão de acordo contigo como neste teu post.
    Leio e ouço em tudo o que é comentário que o Rio Ave/ Carvalhal deu um baile ao Sporting/ Keizer com mais posse de bola, etc.
    Que domínio? Que posse de bola? A perderem a grande percentagem de posse de bola era para o lado e para trás. Fizeram um remate à baliza.
    Quando se quer atacar inventa-se tudo e mais alguma coisa. Não chegam os "isentos" comentadores da grande maioria dos OCS, também sportinguistas que estão sempre prontos para criticar tudo e todos (que nome tão bem empregue: esqueletos!) chegam para vomitar ódio e dizer mal e ajudar a partir ainda mais a grande legião de sportinguistas. Tristeza!
    Abraço

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  8. Pode ser que um dia Rui Calafate e Samuel de Almeida possam dizer porque o seu programa no nosso canal de TV terminasse abruptamente. Alguém também tem de explicar quando pela primeira vez temos um atleta campeão mundial de judo e o jornal do nosso clube OFF apesar do interesse da sua linha editorial .Atacam José Eugénio por este só levantar a ponta do véu. O que ele sofre pelo nosso clube.Pela minha parte continuarei a apoiar os nossos atletas no estádio e no pavilhão mas infelizmente, aí como desejaria estar errado,a caminho de sofrer uma segunda grande desilusão nos últimos dois anos. Um grande abraço a todos os adeptos sportinguistas.

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