terça-feira, 12 de junho de 2018

Mas aí as culpas serão de outro alguém!...



«Vamos supor que, por absurdo, o presidente da direcção do Sporting conseguia permanecer no seu lugar, bem como na liderança da SAD, apesar das deserções, do descontentamento, das rescisões e da prosápia.

As perspectivas do clube, por via da alucinante sucessão de acontecimentos – não estou seguro que aquilo que hoje escrevo, tenha actualidade amanhã – são, no mínimo, preocupantes.

O Sporting vai encarar a nova época sem atletas, sem dinheiro e sem credibilidade. Tudo isto conjugado, mais um treinador novo que custa compreensivelmente a encontrar, são a receita, para provocar um impacto devastador na performance desportiva.

Não nos iludamos, com rescisões ou sem elas, a competitividade da equipa profissional de futebol está seriamente afectada e não é num par de meses que se recupera. É este, para já, o legado de Bruno de Carvalho.

De igual modo, face ao apertar de cinto que inexoravelmente se avizinha, tenho dúvidas que o avultado investimento, que esteve por detrás dos títulos em muitas modalidades, se possa manter, o que equivale a dizer que o Sporting dificilmente logrará o mesmo nível de vitórias. 

Perante este cenário, a pergunta que se impõe, é esta: o que faz correr Bruno de Carvalho? Qual a razão deste cego apego ao poder, ao melhor estilo madurista? Para mais quando, o que se perfila no horizonte, é uma gestão de austeridade, diametralmente oposta à jactância grandiloquente que é marca de água desta direcção. Sem entrar no domínio da análise psíquica, que me não compete, a explicação estará no providencialismo messiânico que inspira toda a retórica brunista. Bruno de Carvalho, na alta ideia que faz de si próprio, confunde a sua pessoa com o clube e não concebe que este exista sem ele.

Mesmo que o Sporting fique a disputar o décimo quinto lugar com o Tondela ou o Moreirense (sem desprimor), tudo está bem se for sob a tutela clarividente de Bruno de Carvalho.

Todos os dias o Sporting encolhe no meio de expedientes de prestigiditação jurídica, profissões de fé no futuro – ganha as rescisões com a mesma certeza que ganhava à Doyen? – e exercícios de puro narcisismo, a que chama conferências de imprensa.

Não tenho dúvidas que um dia ou outro Bruno de Carvalho será compelido a sair do Sporting; resta saber o que, então, sobrará do clube. E, no meio disto tudo, o mais extraordinário, é que o presidente da direcção, nunca, mas nunca, se tenha lembrado de pedir desculpa aos sportinguistas.»

Na sua praia, Carlos Barbosa da Cruz, escreveu hoje uma crónica que eu, normalmente crítico, sinceramente, apreciei. Pena que o Sporting já seja comparado a um ninho de cucos!...

Mas aí as culpas serão de outro alguém!...

Leoninamente,
Até à próxima

4 comentários:

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    1. Terei muito tempo para descansar no final do meu campeonato, caro Carlos Ramos. Agora é hora de lutar para que o meu Sporting não vá na enxurrada provocada pelo tresloucado!...

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  2. É hora de dar paz à direção .o Sporting necessita de paz para preparar a próxima época e a defesa dos ingratos que se aproveitaram de um acto de terrorismo a ser julgado pela justiça, para aumentar salários e dar a ganhar aos empresários abutres. Ninguém percebe isto? Ou é a falta de tacho que agonia e assusta esta gente? Apesar dos muitos erros que cometeu, o BdC é o unico que defende o Sporting. A maioria está de acordo com os minados q estão a lesar o Sporting sem justa causa

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    1. Parece-me que, no momento, BdC defende-se a si próprio-
      Se BdC está a defender o Sporting (basta pensar que se perderam já os seis principais jogadores e ainda faltam os argentinos), pergunto-me o que falta o presidente fazer para que a equipa venha a lutar por lugares a meio da tabela?

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