Se há jornalistas que venham desenvolvendo o seu trabalho no jornal Record, sobre os quais tenha de confessar as minhas dúvidas sobre as suas naturais e legítimas preferências clubísticas, António Bernardino estará entre eles, embora me pareça que por alguma razão a estrutura redactorial o terá escolhido para "editor de assuntos do Sporting". Embora as aparências iludam...
Nesta condição, confesso a "difícil digestão" que me acometeu depois de ter lido um dos seus trabalhos de hoje, publicado à 04:30 na edição "online" do jornal, sob o título de "SPALVIS: Este é o maior desafio da minha carreira" (LINK).
Ao texto terei de atribuir a justiça de o reconhecer como oportuno, interessante e bem construído mas, "no melhor pano cai a nódoa" e quando António Bernardino entra, em remate, no campo dos "números", terá conseguido aquilo de que não o julgava capaz. Ora tomem atenção:
«Números
2,5 milhões de euros, eis quanto terá custado a contratação de Lukas Spalvis ao Aalborg. O internacional lituano assinou contrato até 2018, com mais três temporadas de opção.
60 milhões de euros foi em quanto os leões fixaram a sua cláusula de rescisão. É precisamente o dobro da cláusula de Slimani e o mesmo valor da constante no contrato de... Tanaka.
18 golos em 30 jornadas de 2016/17 pelo 5.º classificado Aalborg, chegaram para se sagrar melhor marcador da liga dinamarquesa, mesmo tendo feito... apenas 3 golos desde Janeiro.»
A disparidade entre o valor da transferência adiantado pelo jornalista - as notícias por ocasião da divulgação da transferência apontaram para 1,6 milhões de euros -, será uma consequência natural da qualidade das fontes e portanto irrelevante na minha análise.
Já as considerações traçadas em relação ao valor da cláusula de rescisão - matéria com enorme carga de subjectividade - e a sua correlação com os valores das cláusulas de outros jogadores leoninos, me parecem forçadas, inconsequentes e desapropriadas, a menos que os objectivos que António Bernardino pretenda alcançar se afastem deliberadamento daquilo que seria suposto encontrar no seu texto.
Do mesmo modo poderá ser entendida a forma depreciativa como o jornalista refere os 18 golos em 30 jornadas, como suficientes para Lukas Spalvis, ao serviço do 5º classificado da Liga dinamarquesa de 2016/17 - certamente por lapso! -, se ter tornado o rei dos marcadores, "mesmo tendo feito... apenas 3 golos desde Janeiro".
Nunca precisei que me assobiassem para beber água!...
Leoninamente,
Até à próxima
Pensas que há muita gente a entender o sentido do título?
ResponderEliminarPoucos viram assobiar ao burro,salvo seja,para beber.
Cá no meu monte ainda se usa disso e quando o burro tem 2 patas,costuma responder ao assobiador:
-Enquanto o burro bebe na pia,mer+ª para quem assobia,ao que o assobiador responde:
-Se soubesse que o burro se espantava,não assobiava.
Uma brincadeira para desanuviar a espera pelo Euro.
Saudações desportivas
Pois eu não serei pessoa abastada, pelo que montes, só aqueles que me aparecem pela frente e dos quais me desvio para evitar qualquer conspurcação...
EliminarNa minha terra, Bairrada linda verdejante e serena, assobia-se aos bois na hora de matarem a sede, que sofrem como nehuns outros animais. E quanto a burros, não os temos por cá, felizmente...
Sobre a espera do Euro, creio que nem água beberemos! O homem bem se farta de assobiar, mas se calhar só o Jorge lhe conseguirá ouvir as súplicas! E é dos livros: uma selecção deverá ser constituída pelos melhores atletas, devendo SEMPRE, ser excluídos à partida, padrinhos e afilhados! E o engenheiro, terá perdido a dignidade na sacristia...
Vou esperar sentado...
Saudações Desportivas