AGORA A SÉRIO
«Vendo as reacções, o jogo da Selecção contra a Islândia provocou mais incredulidade do que humildade. É pena. Porque, sobretudo na segunda parte, a Islândia esforçou-se muito mais e foi mais focada do que Portugal. Mereceu o empate. E demos-lhe a oportunidade de responder com elegância ao amuo de Cristiano Ronaldo. Aquele "se queriam ganhar jogassem mais" do seleccionador islandês parece paródia mas é inteiramente correcto. Nós, adeptos, entramos em efervescência optimista com um 7-0 contra a Estónia para logo depois ficarmos com pele de galinha pessimista com um 1-1 com a Islândia. É normal, vivemos os jogos com muita emoção. Mas a equipa, profissional como é, tem de jogar com a perfeita consciência da diferença que existe entre o que vale jogando na calma e o que pode valer jogando com alma.
Se alguma lição o jogo contra a Islândia deve dar para os jogos que se seguem, é o de que não foi um azar. É exactamente este tipo de resultado que acontecerá se a equipa jogar com a metade experiente sem medo nenhum e a metade inexperiente com o medo todo. Mais do que escolher entre o Nani e o Quaresma, ou por uma combinação diferente no meio-campo, Fernando Santos poderá ficar mais confiante se os seus jogadores não tiverem excesso de confiança. Até porque o embalo virá se, no próximo jogo, tudo correr bem. Porque sejamos claros: temos a obrigação de passar esta fase de grupos; e temos a obrigação de não o darmos por garantido. Agora entrem em campo outra vez, fechem a defesa e abram o ataque e nós cá estaremos para apoiar durante o jogo e celebrar depois. Estamos todos ao mesmo. Para ganhar o próximo jogo. Um de cada vez.»
(Pedro Santos Guerreiro, Opinião, in Record)
Bem prega "frei Tomás" nesta sua "politicamente correcta" crónica! Nem um queixume sobre a mágoa de eventuais "equívocos" do seleccionador na gente que escalou para defrontar os islandeses, nem uma lágrima para a "alma que alguns deixaram no balneário, trocada por calma", nem um grito de alerta que ajude a combater o mal dissimulado "excesso de confiança", nem um franzir de sobrolho para os "amuos e espalhafatos" de Cristiano Ronaldo, nem um leve reparo aos "tugas" que nas bancadas terão feito perante os islandeses figura mais triste e desalentadora que os outros "tugas" no relvado! Nada...
Como se nada disto contasse "para ganhar o próximo jogo"! Como se o "jogo a jogo" fosse a única chave para combater o que vimos contra a Islândia e desanuviar a nossa frustração! Como se "uma combinação diferente no meio campo" não tenha ficado demonstrada de forma abrupta, dolorosa e evidente! Como se a eliminação da Holanda não tivesse sido alerta suficiente! Como se a Áustria alguma vez pudesse ser comparada com esta "delicada e inofensiva" Islândia! Agora a sério?!...
Vai lá vai, vai lá com a mesma atitude que até a barraca abana!...
Leoninamente,
Até à próxima
Mas porquer razão não se diz apenas que o seleccionador "errou", porque em vez de "obedecer à razão"...
ResponderEliminar"Teve mais em conta os favores prestados" a teceiros...
Que o levaram a deixar no banco o William e o Adrien...quando estes conjuntamente com João Mário (no seu devido lugar) deveriam ter sido a espinha dorsal da selecção...?
Eh pá..."chamem lá os bois pelo nome"...ou o "jeirinhas" nunca mais acerta com a posição dos ditos...!
Bolas..."nem o pai morre...nem a gente almoça...!"
SL