«... Sanções TV (*****)
Ninguém pode desvalorizar a importância das televisões no que respeita ao debate público das ‘coisas e loisas’ do futebol cá do burgo. Longe vai o tempo em que as discussões, mais sadias, eram entre adeptos ‘qualificados’. Os clubes, não satisfeitos com as ferramentas de comunicação próprias, quiseram estender influências a um nível mais geral e a verdade é que, hoje, fazem passar as suas mensagens, quase todas virulentas, à custa do desempenho de figuras de algum modo relacionadas, oficialmente, com os emblemas que representam. Um ‘vice’ ou um director, sejam de futebol ou de comunicação, não deixam os cargos à porta dos estúdios e, nesse sentido, devem ser responsabilizados pelo que dizem. Não é questão de maior ou menor liberdade de expressão. É questão regulamentar. Podemos discordar, mas se o futebol pune os actores que coloquem em causa a integridade a honorabilidade das competições e os seus agentes, a regra tem de ser para todos.»
Ninguém pode desvalorizar a importância das televisões no que respeita ao debate público das ‘coisas e loisas’ do futebol cá do burgo. Longe vai o tempo em que as discussões, mais sadias, eram entre adeptos ‘qualificados’. Os clubes, não satisfeitos com as ferramentas de comunicação próprias, quiseram estender influências a um nível mais geral e a verdade é que, hoje, fazem passar as suas mensagens, quase todas virulentas, à custa do desempenho de figuras de algum modo relacionadas, oficialmente, com os emblemas que representam. Um ‘vice’ ou um director, sejam de futebol ou de comunicação, não deixam os cargos à porta dos estúdios e, nesse sentido, devem ser responsabilizados pelo que dizem. Não é questão de maior ou menor liberdade de expressão. É questão regulamentar. Podemos discordar, mas se o futebol pune os actores que coloquem em causa a integridade a honorabilidade das competições e os seus agentes, a regra tem de ser para todos.»
A reacção pública generalizada, começando nos famigerados e putativos "opinion makers", passando pelos "pseudo-comentadeiros de televisões e jornais" e acabando nas "postas de pescada" à venda por tudo quanto é "mercado do bulhão da nossa praça futebolística", à proclamada decisão da LPFP de implementar regulamentarmente na próxima época, a possibilidade de poderem vir a ser responsabilizados e fortemente penalizados, todos os clubes ligados a elementos que, na Comunicação Social de algum modo e através das suas declarações públicas, "coloquem em causa a integridade a honorabilidade das competições e os seus agentes", tem apontado para uma completa e inexorável inexiquibilidade, frequentemente associada à proverbial ridicularização da nossa forma de ser e de estar muito "tuga".
Eu próprio, apanhado de surpresa e sem que tivesse ainda digerido bem o "cardápio" anunciado, com todo o natural enquadramento jurídico e concomitantes implicações, torci o nariz à intenção da corporação do futebol profissional e admiti como muito provável estar a caminho mais uma "poesia" em que o nosso futebol sempre se revelou fértil.
Mas à medida que o pó foi acalmando, as gargalhadas dos "bobos da corte" foram perdendo a estridência inicial, a reflexão foi ganhando profundidade e a inexiquibilidade começou a deixar de ser tão absoluta e inexorável.
Rui Santos aborda o tema nesta sua última crónica e pela primeira vez vejo a alguém a admitir a possibilidade de poder existir uma forma de calar os "papagaios ininputáveis" que há tanto tempo conspurcam o ar que respiramos em frente ao televisor, rádio e jornais.
Faltará saber e conhecer se a eficácia dos veículos dissuasores que venham a ser escolhidos e implementados, ao menos ficará próxima daquela a que parecem estar hoje sujeitos os maus condutores e reiterados violadores do código da estrada. Nenhum castigo produzirá efeitos se porventura não causar dor. E a dor no futebol sempre teve e continuará a ter um nome: os pontos que garantem a cada clube as honras e o proveito de boas classificações. De outro modo, "a banda continuará a tocar" tal e qual como toca aquela em que brilham os condutores viciados no uso do telemóvel...
E faltará obviamente saber e conhecer a disponibilidade para a causa, do novo homem forte da disciplina federativa. Chamando os bois pelos nomes...
Nada se alterará se José Manuel Meirim continuar a usar a cartilha e a imitar os afectos do Ti Herculano!...
Leoninamente,
Até á próxima
Não sei quem faz a selecção dos paineleiros, se os clubes, se a estação Tv.
ResponderEliminarNão sei, também, se um clube terá o poder de afastar o "seu" paineleiro, seja porque sim, seja porque esse paineleiro infringiu uma qualquer regra que o clube impôs.
Ora, se for a estação a convidar quem quer, como poderá um clube ser castigado pelo que disse um qualquer paineleiro?
E os clubes e os seus dirigentes, serão considerados agentes desportivos?
Não estou a ver, muito sinceramente, como vão impedir a morsa berrante e esse "ilustre" advogado, que ameaça juizas em directo na Tv, de continuarem com a sua descarga oral de dejectos.
A menos que não sejam eles que têm que ser calados...
Talvez não seja igualmente o Rui Santos a ter grande moral nesta história. Alguém terá? O sistema não se deixará abater tão facilmente. Talvez no dia que os consumidores, nós todos, elevemos a exigência, para além de querermos que, cegamente, o nosso clube ganhe.
ResponderEliminarRui Simões