Programada para 90 minutos, a entrevista estendeu-se por mais uma hora! Talvez por isso e por culpa de uma linguagem redonda, hermética até, nas questões mais difíceis, por parte do dirigente máximo leonino, que me fez lembrar o discurso de Carlos Queiroz, acabou por fazer com que o meu sorriso inicial de expectativa, fosse mudando de cor e no final, ficasse amarelo!
A ideia é boa, sim senhor. Os três representantes dos desportivos, apresentaram-se com as balas na câmara, como era de esperar. Mas o Presidente terá iludido de certo modo, a minha expectativa. Umas vezes, compreensivelmente, outras nem tanto assim...
Move-se bem o homem nestas águas, como poucos é um facto. Mas o momento actual do Sporting apresentava dificuldades acrescidas e ele teve que recorrer, carregando por vezes o fardo de culpas próprias, ao "bunker", certamente mais vezes do que estaria à espera.
Vai demorar anos a "temperar o aço"!...
Leoninamente,
Até á próxima
A análise à entrevista parece-me perfeita, mas também temos todos de reconhecer que os dirigentes são novos nestas andanças - (e por maioria de razão o Presidente) - pelo que ainda estão a aprender e terão pela frente um longo caminho a percorrer. Por outro lado, e principalmente nos clubes grandes, por motivos óbvios, tais caminhos devem estar bastante armadilhados, principalmente no SCP, que desde tempos imemoriais tem sido, regra geral, e com muito maior nitidez desde a era dos magníficos "CINCO VIOLINOS", uma autêntica feira de vaidades e uma passerelle" de dirigentes pouco mais do que medíocres - (SALVO RARAS EXCEPÇÕES, como é óbvio). Mas o Presidente que, como afirmou, e temos de reconhecer, não é "burro", tocou em várias vícios do clube e do futebol em Portugal, da Europa e do resto do Mundo, e apontou trilhos que parecem correctos, embora o faça duma maneira muito directa e, por isso, às vezes pouco "polida" e "diplomática". Caminhos esses que, sendo estreitos e em péssimo estado, terão de ser percorridos com muito cuidado, por várias etapas e com os pés bem assentes no chão. Não se pode querer que seja dada passada maior que a perna, sob pena de se ser vencido pelo cansaço. Mas parece terem ficado pistas importantes. Assim haja vontade de todos caminharem na mesma direcção.
ResponderEliminarCaro Margil, "temperar o aço" sempre foi tarefa demorada! Desde os tempos remotos da preparação das espadas para a guerra, até tempos mais recentes em que os "ferreiros" temperavam as enxadas que depois cavavam o pão, à delicadez da operação, inevitavelmente era somaddo tempo. Muito tempo...
EliminarNo Sporting, apesar de toda a sofisticação que nos envolve na actualidade, não poderemos pretender que a dureza e o corte perfeitos, sejam alcançados de um dia para o outro! Contra as minhas próprias expectativas falo...
... E até por que: x- Os "ferreiros" vão rareando; xx- Já diz o povo que, às vezes, em casa de ferreiro o espeto é de pau.
Eliminar