O futebol é fértil em injustiças e a vitória alcançada por Portugal esta noite em Old Trafford, poderá ser o exemplo inequívoco disso mesmo. A equipa lusa foi dominada de forma quase humilhante ao longo de grande parte da partida e na derradeira jogada do encontro, por duas vezes, arriscou-se a conseguir uma vitória que lhe fugia há 42 anos. Primeiro por Adrien, cujo remate levava o selo de golo, mas que permitiu a Eder fazer o que os centrais e o guarda-redes alvi-celestes já não conseguiriam. Do ressalto trapalhão do avançado, a bola caiu nos pés de Quaresma, que a teleguiou para Raphael Guerreiro que pleno de oportunismo e de cabeça, carimbou uma vitória algo mais que feliz.
Exibição frágil e decepcionante da equipa das quinas, com particular destaque pela negativa, para um meio campo que não conseguiu estancar as investidas argentinas, não teve capacidade para gerir a posse de bola e muito menos lançar o jogo ofensivo da equipa. Para esquecer, a noite que João Moutinho, Tiago e André Gomes ofereceram ao colectivo luso, com as tardias substituições dos dois últimos a revelarem-se quase irrelevantes na desejada melhoria.
Com trabalho redobrado, dada a confrangedora prestação da linha média, a defesa não comprometeu e o ataque produziu naturalmente em função da má qualidade de jogo produzido a meio campo.
Fernando Santos terá tido a virtude de antecipar, decorrida a primeira meia hora de jogo, o descalabro a que conduziria o sistema de jogo idealizado com tais intérpretes e terá tratado de modificar, timidamente, o esquema ainda antes do intervalo, bem como os executores, mais particularmente na segunda parte. Mas já não terá conseguido que a equipa conseguisse soltar-se da confrangedora mediania em que havia caído antes.
Parece perdido o seleccionador, tanto entre a adopção do sistema mais compatível com os valores de que dispõe, quanto com a escolha dos intérpretes mais capazes de o implementar, correndo seriamente o risco de estar a concorrer para um helenização da selecção nacional, a menos que se obrigue até Março, a reformular algumas das suas apostas e a recuperar outras que tem colocado na segunda linha, se quiser passar a não depender da sorte que, inevitavelmente, nem sempre o acompanhará.
Exibição frágil e decepcionante da equipa das quinas, com particular destaque pela negativa, para um meio campo que não conseguiu estancar as investidas argentinas, não teve capacidade para gerir a posse de bola e muito menos lançar o jogo ofensivo da equipa. Para esquecer, a noite que João Moutinho, Tiago e André Gomes ofereceram ao colectivo luso, com as tardias substituições dos dois últimos a revelarem-se quase irrelevantes na desejada melhoria.
Com trabalho redobrado, dada a confrangedora prestação da linha média, a defesa não comprometeu e o ataque produziu naturalmente em função da má qualidade de jogo produzido a meio campo.
Fernando Santos terá tido a virtude de antecipar, decorrida a primeira meia hora de jogo, o descalabro a que conduziria o sistema de jogo idealizado com tais intérpretes e terá tratado de modificar, timidamente, o esquema ainda antes do intervalo, bem como os executores, mais particularmente na segunda parte. Mas já não terá conseguido que a equipa conseguisse soltar-se da confrangedora mediania em que havia caído antes.
Parece perdido o seleccionador, tanto entre a adopção do sistema mais compatível com os valores de que dispõe, quanto com a escolha dos intérpretes mais capazes de o implementar, correndo seriamente o risco de estar a concorrer para um helenização da selecção nacional, a menos que se obrigue até Março, a reformular algumas das suas apostas e a recuperar outras que tem colocado na segunda linha, se quiser passar a não depender da sorte que, inevitavelmente, nem sempre o acompanhará.
Leoninamente,
Até à próxima
É com isto que poderemos contar com Fernando Santos, à semelhança do que fazia com a Grécia: jogos entediantes, mas sempre com o resultado em mente. E este resultado pouco passará do 1-0, mesmo contando com o melhor do mundo. Já agora o 11 base está a envelhecer de jogo para jogo....e não é por falta de qualidade da juventude.
ResponderEliminarPS-Aquele meio campo que iniciou o jogo é um perigo para nós próprios.
Bruno Duarte
Ganhámos com uma "sorte" do tamanho da Serra da Estrela...
ResponderEliminarMas confesso que não fiquei nada entusiasmado, com aquela equipa que FS apresentou...
É verdade que inicialmente o treinador "teve a coragem" de apostar em "jogadores novos", com pouca experiência ...mas com muito pulmão e muita margem de progressão...nos muitos anos que ainda terão "para verem" futebol no sofá,..
Estranha maneira de "refrescar" uma equipa com "sangue novo"...
Ainda pensei que FS iria ter a coragem de colocar em campo logo de inicio uma linha média constituída por William, Adrien e João Mário...mas o FS preferiu apostar numa linha média "conservadora" e já sem pernas...
Ele lá saberá...as linhas com que acabará "por coser" a Selecção...
Parece que o Mendes é que continua a ser o seleccionador...!!
Abr e SL
Não sei se nesta equipa terá havido dedo da "eminência parda" Mendes ou do duo-maravilha, Coelho & Pinto. Mas também poderá ter sido o próprio selecionador que decidiu inventar, dar visibilidade a jogadores em pagamento de alguma promessa, que sei eu?
EliminarO que sei é que levamos um banho de bola e não fora a eficácia da nossa defesa e a ineficácia dos argentinos e a coisa poderia ter dado para o torto e ter sido bem dolorosa.
Mas os homens das pampas também não mostraram grande interesse no resultado, foram deixando correr ...e ainda bem.
A exibição e da constituição da equipa deixaram-me um sério receio: continuamos com vacas sagradas na equipa?
Meus caros Álamo e Max,
ResponderEliminarSubscrevo por inteiro o que escrevem sobre o quase "descalabro" de ontem da selecção...
Gostaria de salientar a miserável exibição de Tiago Gomes, um defesa esquerdo que chegou ao patamar máximo da sua carreira ingressando na equipa C dos corruptos... Mas o que mais me surpreendeu foi saber a idade deste jogador... 28 anos ... Felizmente que lhe deu uma "disenteria" e pediu para sair, pois o jovem Raphael fez, mais uma vez, juz ao seu sobrenome, e foi um Guerreiro!
Mais, como é que se chama o Éder a esta selecção? Mas o pior é, como é que este jovem ( faz 27 anos em Dezembro) joga???
Por outro lado gostei bastante das exibições do Nani (sempre esforçado), do José Fonte, do Adrien e do Guerreiro!
Enfim, mais um jogo mal jogado, pouca intensidade de marcação, pouca troca e posse de bola... Ou seja, mais do mesmo...
A minha selecção continua a ser o Sporting Clube de Portugal!
SL
P.S. - Inenarrável o filme que os paineleiros e comentadeiros estiveram ontem a fazer sobre as declarações do Nani...
O meu problema com a selecção é que o diagnóstico que era feito com Paulo Bento, permanece com Fernando Santos.
ResponderEliminarO problema não está nos Manéis que jogam, está no modelo em que se os coloca. Contra grandes equipas, 4-3-3 que bem funciona em muitas equipas (o SCP e o FCP tradicionalmente), precisa de ser, defensivamente um 4-5-1 ou, no mínimo, 4-4-2. O que acontece é que com médios que por defeito de formação são interiores e com extremos que pouco defendem (terão instruções para isso?), sendo Nani uma das poucas excepções e a espaços, a defesa fica exposta a inferioridades numéricas, nomeadamente os nossos laterais. Estes então têm sido o verbo-de-encher para o sufoco em que os jogos se têm tornado.
Depois, também é verdade que Portugal só tem um médio defensivo do tipo varredor ou limpa-neves: William. Mas o do ano passado. O deste ano ainda está longe. Os restantes (Moutinho, Tiago, André Gomes, Adrien, João Mário, entre outros), são mais macios. Aliás demasiado quando toca a defender.
Por isso, a meu ver, pouco importa quem esteja em campo se os 11 não funcionam como um todo. Só ainda não percebi se essa falta de colectivo será fruto das vontades particulares dos jogadores, ou das instruções superiores? É que se ainda ninguém deu por ela, a equipa técnica já mudou...
E o pior de tudo é que em jogos contra selecções de topo é natural sentir dificuldades. O que não é natural é a contínua pobreza contra as Albânias e as Arménias, entre outros colossos que ultimamente nos têm feito a vida negra.
Cumprimentos,
Nuno