Imagens de milhões
"O Benfica jogou pouco, ontem à noite, e sem brilho. Quando se viu a ganhar, baixou ainda mais a intensidade e deu espaço a contra-ataques do Rio Ave. Num desses contragolpes, com o árbitro assistente pessimamente colocado – alguns metros atrás da linha da defesa –, o Rio Ave introduziu a bola na baliza. O jogador que fez o remate até pode estar uns centímetros à frente da bola, e do penúltimo defesa do Benfica. O que parece óbvio é que o bandeirinha assinalou o fora-de-jogo por convicção. Pode ter acertado, mas foi um momento de roleta.
Neste lance, uma dúvida profunda reavivou-se: deve uma das partes da peleja futebolística ter na sua mão o poder de selecção das imagens do jogo em que participa? Da decisão de repetições das jogadas em movimento lento? Da produção das linhas virtuais para avaliar os fora-de-jogo? Em caso de conflito de interesses – o de servir os telespectadores com objectividade; e o de defender as cores do clube – qual naturalmente irá prevalecer na decisão das equipas de realização da Benfica TV? Na era das imagens, que podem inclusive servir de prova na justiça desportiva, a realização de um jogo de futebol deveria dar garantias de independência e equidistância, que o canal de um clube não pode assegurar.
Não está em causa a boa-fé dos profissionais, os mecanismos mais perversos de autocensura são, muitas vezes, inconscientes. Mais tarde ou mais cedo, a forma como a Benfica TV trata as imagens irá gerar uma polémica profunda. E alguém terá de decidir em favor da independência dos meios de captação e tratamento de imagens tão preciosas como são as de um jogo de futebol de alta competição. Imagens que mexem com milhões.
Claro que a questão da transparência no tratamento das imagens e os indícios de manipulação têm décadas. Os mais maduros recordam-se da cotovelada de Paulinho Santos em João Pinto, num jogo nas Antas, que só uma câmara de TVI acabou por descobrir. Com as imagens a serem tornadas públicas mais de 72 horas após o final do jogo."
(Octávio Ribeiro, De olhos na bola, in Record)
"O Benfica jogou pouco, ontem à noite, e sem brilho. Quando se viu a ganhar, baixou ainda mais a intensidade e deu espaço a contra-ataques do Rio Ave. Num desses contragolpes, com o árbitro assistente pessimamente colocado – alguns metros atrás da linha da defesa –, o Rio Ave introduziu a bola na baliza. O jogador que fez o remate até pode estar uns centímetros à frente da bola, e do penúltimo defesa do Benfica. O que parece óbvio é que o bandeirinha assinalou o fora-de-jogo por convicção. Pode ter acertado, mas foi um momento de roleta.
Neste lance, uma dúvida profunda reavivou-se: deve uma das partes da peleja futebolística ter na sua mão o poder de selecção das imagens do jogo em que participa? Da decisão de repetições das jogadas em movimento lento? Da produção das linhas virtuais para avaliar os fora-de-jogo? Em caso de conflito de interesses – o de servir os telespectadores com objectividade; e o de defender as cores do clube – qual naturalmente irá prevalecer na decisão das equipas de realização da Benfica TV? Na era das imagens, que podem inclusive servir de prova na justiça desportiva, a realização de um jogo de futebol deveria dar garantias de independência e equidistância, que o canal de um clube não pode assegurar.
Não está em causa a boa-fé dos profissionais, os mecanismos mais perversos de autocensura são, muitas vezes, inconscientes. Mais tarde ou mais cedo, a forma como a Benfica TV trata as imagens irá gerar uma polémica profunda. E alguém terá de decidir em favor da independência dos meios de captação e tratamento de imagens tão preciosas como são as de um jogo de futebol de alta competição. Imagens que mexem com milhões.
Claro que a questão da transparência no tratamento das imagens e os indícios de manipulação têm décadas. Os mais maduros recordam-se da cotovelada de Paulinho Santos em João Pinto, num jogo nas Antas, que só uma câmara de TVI acabou por descobrir. Com as imagens a serem tornadas públicas mais de 72 horas após o final do jogo."
(Octávio Ribeiro, De olhos na bola, in Record)
De vez em quando, certo que muito raramente, o director do CM acerta no cravo e deixa a ferradura em paz. Foi o caso da sua crónica de hoje. De facto, só em Portugal é possível um canal televisivo ser juíz em causa própria e modificar a seu belo prazer e segundo a sua conveniência, as imagens que depois são apresentadas ao público em geral.
A manipulação das imagens por parte de BenficaTV - mudaram a sigla para BTV, para que o "descaramento" não se note tanto no B, que talvez se adeque melhor à palavra "burros" que a "benfas"! -, todo o mundo sabe que é a coisa mais fácil de conseguir! Compatibilizar a decisão "inventada" pelo árbitro auxiliar José Gomes, com a colocação de um joelho em jora de jogo do atacante vilacondense, é operação que qualquer caloiro de audiovisual faz com uma perna às costas, quer através do benefício da antecipação do momento real em que a bola foi lançada, quer pela conveniente elaboração da linha do último defensor da equipa que defende.
Mas, enquanto a Alta Autoridade para a CS, andou entretida a tentar descobrir o sexo dos anjos até à eleição de Luís Duque, a BenficaTV foi governando a sua vidinha. Agora que Luís Duque já está no lugar conveniente, para que todo o processo volte a ser conduzido segundo os interesses de Joaquim Oliveira, salvaguardando naturalmente os interesses da televisão dos benfas - porque Luís Filipe Vieira sempre será o maior defensor do mundo em questões de transparência! -, agora dizia eu, tudo estará convenientemente acautelado para que... as moscas voltem pacificamente aos locais dos crimes!...
O árbitro auxiliar José Gomes, cinco metros atrasado da linha do úlrimo defensor benfa, não teve dúvidas. E aquelas que pudessem subsistir, a televisão benfa encarregou-se de as eliminar!...
Leoninamente,
Até á próxima
O sr Octávio Ribeiro qual virgem ofendida ~por acaso costuma ver as repetições da sportv?
ResponderEliminarO que este sr diz não passa de música de violino
Quanto ao limpinho, limpinho O Benfica ainda não teve penaltis assinalados
fora do campo a caminho dos balneários
É caso único no Sistema Solar
O que interessa é que o fiscal ACERTOU na decisão
EliminarAté podia ter assinalado o fora de jogo a fazer o pino
Pelo menos não esfregou os olhos
como aquele fiscal que permitiu o Ricardo
tirar UM GOLO um metro dentro da baliza
Acalmem-se porque os MAIORES escândalos dos apintadores
passaram-se convosco
Em fora de jogo está o sr Ribeiro. Eles querem é que o Benfica perca mesmo roubado.
Eliminarestá tudo dito sobre o carnide:
Eliminar"O que interessa é que o fiscal ACERTOU"
caro eliseu, pode ser que proxima vez q tenha de ir ao médico ele acerte, em vez de fazer o trabalho dele. para quê exames, para quê estudar? ele pode, simplesmente, acertar!!!
tal como o arbitro auxiliar, para que fazer o trabalho dele? para quê correr aqueles 40-50 m de linha a linha? para quê? pode simplesmente acertar!
porra que anormais!!!
pelo menos digam: "felizmente até acertou (o que tb é questionável, para miita gente está em jogo, para muita gente está no limite, para os carnidenses está fora de jogo , pouco importa que a regra seja beneficiar o atacante em caso de duvida)..
"felizmente acertou, para bem da evrdade desportiva"
mas o que interessa a verdade desportiva?
o futebol é um desporto que se joga a varios niveis, e o que s epassa no campo é apenas um deles!
os Sportinguistas choram choram,... deviam era gastar as energias para ter chico espertos a defende-los nos outros sitios onde se joga tanbém o futebol....
é isto, não é eliseu?
O fora-de-jogo é bem marcado, e isso é o mais importante para a verdade desportiva. Se não fosse marcado o fora-de-jogo também se aceitaria. Não equecer que ainda há um penalti a favor do Benfica que não é assinalado.
ResponderEliminara mim preocupa me mais quando os fiscais de linha estao na posicao correta e nao marcam...
ResponderEliminarEnfiam melhor a carapuça que o Pai Natal... e ainda falta mais de um mês e meio para distribuir prendas pelo mundo. Muito calor vão sofrer essas cabeças. Que necessidade doentia de defender a vossa dama a todo o custo... mesmo que ela às vezes seja uma rameira e uma Maria vai com as outras.
ResponderEliminarSL
Basco "O Leão"
Então é assim- O 2º golo do Vitória é fora de jogo, certo? Mas, como o fiscal de linha está na posição correta, o golo é legal. Cambada de acéfalos esverdeados.
ResponderEliminarIsto é mesmo interessante. Aqui o Leoninamente continua em grande. Se for a Sport Tv a repetir as jogadas duvidosas que beneficiem o Benfica, tudo bem. Cumpre! Se a mesma Sport Tv escamotear imagens que prejudicam o Benfica, tudo bem. Cumpre! Se, como já aconteceu a RTP transmitir um jogo entre o Sporting e o Benfica em que há uma agressão de um jogador leonino a um benfiquista e o realizador esconder essa imagem, sendo a mesma conhecida do público uns dias depois porque alguém dentro da RTP a difundiu via internet, o realizador cumpriu. Se o jogador dum clube marca um golo ao Benfica em fora de jogo, com o árbitro auxiliar em linha a ver a infracção mas validar o golo, cumpriu, foi golo contra o Benfica mesmo que a Sport Tv não mostre a repetição do lance.
ResponderEliminarNo domingo, o golo marcado ao Benfica foi em fora de jogo, que o auxiliar, apesar de não estar em linha invalidou. Mas como a BTV repetiu as imagens do fora de jogo, está mal. Não devia porque assim o golo era legal.
É só complexados! O Sporting como tem um canal próprio que passe a transmitir os seus jogos em casa, em vez de os vender ao amigo Oliveirinha. O problema... o problema... o problema é que para tal suceder só o poderá fazer daqui a 10 ou 15 anos que é quando termina o contrato, se é que entretanto o mesmo não vai ser prolongado para pagar os vencimentos em atraso, caso existam.
P.S. - Não tornei a ver as camisolas "Nunca fiquei em 6º". Segredaram-me que iam ser substituídas por umas a dizer "EU JÁ FIQUEI EM 7º"