Com nove jornadas pelas costas, o "vasquinho" - nome pelo qual é carinhosamente tratado pelos seus adeptos, em homenagem ao nome da sua fundação, Futebol Clube Vasco da Gama! - chega a Alvalade à frente do Sporting, em termos classificativos! Com um orçamento sete vezes inferior! E com um treinador que terá confessado possuir um terrível e inultrapassável defeito: não saber lidar com egos superlativos!...
Mas Paulo Fonseca deverá merecer do líder e da equipa que irá defrontar no próximo domingo, um profundo respeito. Porque poderá ter falhado no domínio de egos que apelidou de intransponíveis. Mas voltando à casa da partida, estará a provar que, perante atletas comuns e sem os defeitos do vedetismo com que ainda recentemente se viu confrontado, as suas capacidades estarão intactas. E adquirido de novo o controle da mente dos atletas sob o seu comando, no dominio puro do futebol, será bem mais difícil apontar-lhe as falhas que antes lhe terão sido, apressadamente, apontadas. Por isso se apresenta em Alvalade, por cima do Sporting.
O futebol cada vez mais se assume como um complexo império, que vai muito para além dos restritos reinos físicos, técnicos e tácticos. Sobevoando todos de forma, quiçá determinante, ai de quem substime o prodigioso reino em que o corpo se sumete à mente.
Pesem embora todas as apressadas análises e os dedos indicadores espetados na direcção, naturalmente, da maior fragilidade dos protagonistas directos, o jogo de Guimarães trouxe-nos a clara demonstração do perfil de preparação da mente que terá estado por detrás de cada uma das equipas e terá sido exactamente essa a diferença que acabou por ditar o êxito de uma e o rotundo fracasso da outra. Exactamente como terá sido a mente a conseguir catalizar a perfeição que permitiu o rotundo êxito conseguido nas Antas para a Taça de Portugal e ontem em Alvalade, para a Liga dos Campeões.
Que pensem bem nisto, tanto Marco Silva, quanto os seus comandados. Os homens da Capital do Móvel, não irão passear a Lisboa. E depois, que nenhum deles venha dizer que, "... o futebol é o momento... quem não sabe perder, também não sabe ganhar"!...
Do saber perder, do saber ganhar, falam-nos mais de cem anos de uma história ímpar! A questão não estará nessa falaciosa dicotomia. A grande questão que se coloca, não estará no saber, perder ou ganhar! Estará muito pelo contrário, na indómita vontade de... querer vencer!...
Leoninamente,
Até á próxima
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