quinta-feira, 3 de novembro de 2011

As dores de Rinaudo...

As dores de Rinaudo, sinto-as como se fora eu que tivesse deixado a perna sobre o corpo, naquele fatídico lance de futebol!... Senti-as naquele preciso momento e senti-as quando o infeliz jogador abandonou o relvado naquela maca que não prenunciava nada de bom para o nosso Fito. E continuei a senti-las pelo tempo fora, enquanto o jogo decorria, até terminar com a primeira derrota depois de muitas vitórias. Porque o Sporting sem Rinaudo, continua a ser o Sporting, mas não é a mesma coisa...
Todos os meus leitores conhecem a minha admiração por Fabián Andrés Rinaudo. Desde que se anunciou a sua vinda para o Sporting, que descarreguei vídeos sobre vídeos deste magnífico jogador, ainda ele tentava salvar o seu clube do coração, o Gimnasia y Esgrima La Plata, da descida de divisão. E a cada visionamento, enquanto durou a  cruzada estóica de Rinaudo e companheiros para fugir à descida e nos chegavam quase todos os dias novas esperanças que bem poderiam ajudar a fazer renascer o meu Sporting, foi-se arreigando no meu espírito a certeza de que, muito provavelmente, estaria ali a melhor, ou no mínimo, uma das melhores contratações da época.
O tempo se encarregou de o confirmar. Rinaudo, com o seu exemplo, a sua raça, a sua fibra e seu indomável espírito guerreiro, contagiou os seus companheiros, os seus técnicos, as bancadas de Alvalade e todo o imenso universo leonino.
Podem dormir descansados os adversários que nos próximos tempos não o terão à perna. Podem dormir descansados os porcos e sujos jornalistas e comentadores a soldo, que idealizaram e sustentaram a vil campanha de desacreditação deste fabuloso jogador, acusando-o de violento. Pode dormir descansada a corja de árbitros mafiosos que tentou denegrir-lhe o valor e afastá-lo criminosamente dos relvados, onde é grande e ímpar. Rinaudo provou, com a sua infelicidade, que a violência dele é a garra de querer chegar primeiro, de levar sempre a melhor, em todo e qualquer espaço do relvado, em todo e qualquer segundo do tempo de jogo. Lesionou-se sózinho, sem adversários à volta e sem violência, porque acreditou que podia cortar uma jogada de perigo. E cortou, mas pagou cara a sua determinação e a sua entrega.
Não sei como vai ser o Sporting sem Rinaudo. Temo que não será o mesmo. Depois da sua saída, tive uma ténue sensação que o velho Sporting andava por ali a passear no estádio Ceahlaul. Os mesmos vícios, os mesmos erros, a mesma ausência de agressividade, a mesma falta de garra, fibra e empenho, o mesmo conformismo, que os fogachos de Capel, Wolfswinkel e Schaars não conseguiram modificar. Pode ser que com a garra de João Pereira e Insúa e a classe de Elias, a equipa recupere de novo a combatividade, a agressividade, o querer, a confiança, o equilíbrio e a capacidade concretizadora que vinha revelando e que nos encheram a alma ao longo de 10 vitórias. Veremos...
Para Fito Rinaudo o desejo de que, seja qual for o seu padecimento, recupere rápida e totalmente no mais curto espaço de tempo. Um homem e um atleta com os seus atributos, vai concerteza regressar rapidamente e com a mesma qualidade no seu futebol. Indiferente a críticas sobre a sua pseudo violência e a todos os cartões que lhe possam ser mostrados, por gente que fora e dentro dos relvados, nada sabe de futebol, nem dos comos e porquês de ter sido inventado.


3 comentários:

  1. A lesao do Rinaudo, confirme-se ou nao uma paragem longa, foi o que de mais negativo sobrou do jogo. Um jogo "chato" com algumas semelhancas ao de Santa Maria da Feira, com a diferenca de que os Romenos adiantaram-se no marcador e os Nortenhos de Portugal, desaproveitaram as oportunidades que tiveram para o fazer.
    Em tudo o mais semelhantes, infelizmente, e em contraste com os 5 ou 6 jogos imediatamente para tras destes 2.

    Jogo Europeu, nao interessa se o Sporting estava apurado ou nao. Sao jogos para ganhar, sempre, e nada desculpa esta derrota. Para se ter nocao da importancia destes jogos, basta consultar o saldo de vitorias e derrotas do Sporting na Europa, em sensivelmente 60 anos de competicoes Europeias de futebol.

    Um abraco Alamo, e que o Rinaudo recupere bem, demore menos ou mais tempo.

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. Claro, que recupere bem, é o mais importante. O resto há-de ter solução. Aguardemos.
    Domingo vou a Alvalade. Espero que recuperem a dinâmica e o brio...
    Um abraço

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