quinta-feira, 29 de março de 2018

Alguém vai fazendo desaparecer a gabardina!...


PORTUGAL UMA VERGONHA

«Uma vergonha de jogo que teve uma segunda parte a arrastar-se e que acabasse o mais rápido possível. Um jogo para esquecer que põe em causa a moral de Portugal e de Ronaldo que vinha embalado de uma série de jogos sempre a marcar.

Fernando Santos já fez muito pela selecção portuguesa, mas não pode começar a inventar. Quem é campeão europeu tem responsabilidades acrescidas. Fernando Santos sempre foi melhor gestor de jogadores e de egos, do que treinador propriamente dito. Os seus critérios na feitura da selecção contra a Holanda foi desconexo. Não se pode jogar sem um trinco de raiz.

Portugal já não é uma equipa qualquer, tem que ter o realismo de se apresentar com profissionalismo e prestigiar o seu nome. 

Foi um jogo que se tornou um suplício para quem foi campeão europeu e, é só, o 3.º do ranking Mundial! 
Achei este jogo uma vergonha, uma humilhação, uma desgraça, um enxovalho e um embaraço. 

A expulsão de João Cancelo ficando Portugal com 10, tirou qualquer veleidade de recuperar do 0-3. A falta de João Cancelo no meio-campo mostra desorientação e ausência de traquejo para estas andanças. Jogar no Inter de Milão não é porta de entrada para esta selecção.

O ânimo da selecção foi destruído. A vitória nos minutos finais contra o Egipto levantou a moral, porque o jogo em si, mostrou Portugal com muitas debilidades.

Pepe faz muita falta para ordenar a nossa defesa. Este jogo de preparação é um aviso sério que as coisas têm que mudar para Portugal não chegar à Rússia e ser esmagado.

A primeira parte foi uma humilhação em jogo jogado que não me recordo de ver Portugal tão pequenino, e nós portugueses passarmos por isto.

João Mário e Adrien têm jogado pouco e não estão com ritmo de jogo. Manuel Fernandes esteve ausente do jogo. Será importante para a integração da nossa selecção em Moscovo, mas tem que mostrar a sua utilidade, de outro modo, não se justifica.

Ronaldo merece uma equipa melhor e à sua imagem. Portugal tem que fazer uma gestão de continuidade e deixar-se de experiências sem sentido. Contra o Egipto foi o que se viu e só o santo Ronaldo nos livrou de perder.

Fernando Santos tem que deixar de inventar e apostar na equipa de sempre. As mudanças drásticas não são boas conselheiras. Em relação ao jogo, uma referência às bancadas com enormes clareiras, à invasão de campo de vários adeptos para tirar uns selfies e dar uns abraços a Ronaldo. 

Jogou-se na Suíça para os nossos queridos emigrantes, mas parece que não resultou de todo.

Um dia, para esquecer e esperemos que as coisas mudem para melhor. Fernando Santos é engenheiro não é inventor, um engenheiro tem que ser pragmático e eficiente 

Abdiquemos de experiências e honremos e prestigiemos a nossa selecção com os melhores jogadores.
Espero que não passemos de campeões europeus a simples figurantes no Mundial.
A Portugal exige-se atitude, concentração e postura. O que se viu foi invenção, amadorismo, desalento, falta de garra e intensidade.»
(Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, in Record)
*escreve ao abrigo do antigo AO

Como sempre acontece neste nosso "cantinho" de sol, moscas e muito "porreirismo", tanto e tão exacerbado que os de fora lhe chamam, além de nacional, quase irracional, o tempo encarregou-se de apagar as nódoas que nos fartámos de exibir no europeu de há dois anos e dará a ideia de que para muitos daqueles que deveriam ter a responsabilidade de despertar consciências e chamar a atenção para o facto de ir nu o rei futebol cá do "bairro", apenas terá ficado a recordação dos louros, das comendas e do folclore que então se instalou no pais, designada e particularmente à volta de Belém, sem que o inquilino do palácio, sempre tão assertivo noutras matérias, cuidasse de alertar a colectiva e esquizofrénica alegria, para o facto de os bambúrrios da sorte não acontecerem todos os dias!...

Ainda bem que no meio da irracionalidade desse deserto de "nacional porreirismo", por vezes surgem alguns  oásis de ideias de gente que, no meio do ensurdecedor folclore, ainda vai conseguindo elaborar, contra a corrente do jogo, alguns raciocínios de que outros povos fazem prática diária.

Estará neste último caso Joaquim Jorge, cuja vergasta a sua crónica de hoje nos evidenciou de modo doloroso, mas pleno de realismo e oportunidade. Duvido que haja outra forma racional de analisar a participação da selecção de Fernando Santos nesta "tournée" por terras helvéticas, que não sejam, ainda que Joaquim Jorge, inteligentemente, não o tenha referido, tanto uma descarada "caça ao tesouro" - a selecção portuguesa desfrutará na actualidade do singular privilégio de ser aquela que, a seguir ao Brasil, mais elevados "cachets" cobra pela sua presença em qualquer evento do desporto-rei  a nível mundial! -, quanto uma ainda mais descarada promoção de atletas agenciados pelos mesmos e sempiternos empresários de futebol que, como urubus, gravitam nos palcos mais importantes do "jogo da bola" e o influenciam a seu belprazer. 

E que ninguém me venha falar de santa e cristã honestidade! Nunca colocarei em causa o carácter seja de quem for, desde Fernando Gomes, a Fernando Santos ou a quaisquer outros da "nomenklatura" federativa, mas o facto indesmentível e irrefutável, é que...

Alguém vai fazendo desaparecer a gabardina!... 

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Nem mais. Espero que o "querido" Fernando Santos não venha ser vítima do Síndrome de Éder. Síndrome de Éder, perguntam?, sim, aquele que FS inventou quando lhe foi perguntado se Éder ia ser convocado. Ele respondeu que lá por ter marcado o golo que nos deu o título Europeu não lhe conferia direitos. Tudo bem, agora o Fernando não pense que por ter sido ele o treinador que ganhou o Europeu, se correr mal na Russia, isso lhe confere o direito de continuar à frente da Selecção. Está farto de inventar para dar visibilidade aos "meninos queridos".

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