Como sportinguista atento ao "pec" - processo eleitoral em curso - que vai decorrendo com poucas ou nenhumas surpresas em Alvalade, reconhecendo a contribuição positiva que a candidatura - mais ou menos corajosa ou mais ou menos movida pelo vapor de interesses apócrifos - de Pedro Madeira Rodrigues emprestou à vida democrática do Sporting CP, há muito que por aqui referi a minha convicção profunda, face ao contexto actual e a todas as implicações determinadas pelo mandato do antecessor, da completa impossibilidade do candidato vir a ser o próximo presidente do Clube.
E esta minha convicção tem vindo a ser reforçada em cada dia pelo comportamento do candidato, que tem piorado ainda mais, em cada palavra e em cada gesto, a sua já de si difícil situação. PMR faz-me lembrar aquele lavrador em permanente súplica perante os deuses, para que lhe concedam em simultâneo o privilégio de ter Sol na eira e chuva no nabal: por um lado reclama-se como "singularíssimo" arauto da elegância, da transparência e da lisura de processos e por outro vai endurecendo progressivamente o seu discurso com apontamentos deselegantes e pouco transparentes e insinuações de carácter pessoal pouco abonatórias para o seu opositor. E toda esta "caldeirada" em pacífica coexistência com um atroz vazio de propostas e programas de acção.
Tarimbado por quatro difíceis anos de um mandato em que se viu confrontado e obrigado a coexistir com o pântano nauseabundo onde vai apodrecendo lentamente o desporto em Portugal, Bruno de Carvalho terá ficado "eternamente agradecido" quando se viu empurrado pelo adversário para a sua "zona de conforto", labirinto que dominará como poucos, à custa de um adequado tom retórico, independentemente de todas as críticas que lhe possam ser feitas. É a sua praia e PMR jamais poderá pretender sair vitorioso desse "gueto de argumentação". Perderá sempre, sempre, sempre...
E a desgraça maior fica inexorávelmente estabelecida se galgarmos para patamares superiores àqueles em que se tem enredado, como será o caso da sua última e demagógica promessa de "fechar o fosso de Alvalade", sem que em tempo algum se coloque em causa a sua exequibilidade, antes a sua oportunidade, face às complexas responsabilidades decorrentes da reestruturação financeira alcançada há quatro anos pelo seu opositor de hoje: PMR parece ainda não ter conseguido perceber como foi possível fugir a esses constrangimentos e levar a cabo a maior realização do mandato prestes a terminar - o Pavilhão João Rocha. E julga exequivel, no curto ou no médio prazo, levar a cabo uma realização que todos os estudos apontam para um esforço financeiro que duplicará os custos da Casa das Modalidades, felizmente prestes a ser inaugurada...
Pura demagogia que os sportinguistas já conhecem de ginjeira!...
Leoninamente,
Até à próxima
Fechar o fosso é a coisa mais fácil do mundo. O saneamento e passagem de águas das chuvas já está feio. Os acessos inferiores também. Só é preciso tapar a zona superior, ora com placas de aço em grelha, ora com betão pré-formado. Simples e barato.
ResponderEliminarO pavilhão é fácil, basta não pagar aos sub-empreiteiros. Mais não digo.
Simples e barato diz o "anónimo benfas das 18:05", habituado á facilidade com que as construções são levadas a cabo lá na casa dele: o estádio pago pelo erário publico, a estância do Seixal paga pela CGD, que o mesmo será dizer, também pelo erário público! Quanto às licenças camarárias, é tudo à borla, a menos que algum deputado da Assembleia Municipal de Lisboa ou do Seixal seja do BE e coloque a boca no trombone e logo levará para tabaco, acusado de ser sportinguista! Nada naquela casa é difícil, até os campeonatos...
EliminarMais não dizes? Nem devias ter começado, tanto são os disparates. Só podes ser um reles camaroteiro. Que praga de gente! Chô azeiteiro!
EliminarClaro que é simples fechar os olhos e pontapé para a frente, que os problemas que aparecerem depois se hão-de resolver. Só que... será a obra viável do ponto de vista técnico? E obterá as necessárias licenças, já que vai colidir com questões de segurança? E será de interesse económico, já que o estádio terá que sofrer as alterações técnicas forçadas pelo fecho de acessos? E se essas obras viessem a custar, muito provavelmente, mais de 15 M€?
EliminarSugiro-te que leias
http://www.forumscp.com/index.php?topic=20874.5820
No item Complexo Alvalade XXI - Estádio José Alvalade recua uns meses e encontrarás algumas questões semelhantes à tua, com respostas e fotos de técnicos.
Sabes que mais? Disse alguém que a demagogia é barata e acessível a qualquer um- dizem que há quem a venda por um EUR a porção...
(És funcionário da Somague?... Pois bem, o que o C.E. do Sporting fez, a ser verdade que empreiteiro quis revisão de preço porque, no seu orçamento, não considerara trabalhos que, afinal, até constavam do Caderno de Encargos, fez muito bem. É assim que se defendem instituições e não cedendo aqui e ali até ao ponto de, tal como aconteceu com o Estádio, o custo final da obra ser quase o dobro do custo orçamentado.
Azar, meu caro Anónimo, Godinho Lopes já não está no Clube.
Àlamo, perdoe-se-me a partilha: http://svpn.blogspot.pt/2017/02/a-diferenca-entre-um-estadista-e-um.html
ResponderEliminarNão concordo inteiramente com tudo o que aí está, mas este ainda foi até gora o artigo blogosférico com que mais me identifiquei...
Algo confuso mas, na generalidade, concordo com o caro Lion Claw...
EliminarAs minhas humildes e sinceras desculpas ao leitor sportinguista Jordão, pelo facto de me preparar para publicar o seu comentário e, inadvertidamente, ter clicado na opção "eliminar". Não cabe nos meus conhecimentos informáticos proceder à recuperação, pelo que o convido a repetir o comentário, reiterando o meu pedido de desculpas.
ResponderEliminarNão tem importância, Álamo. É muito curto o meu comentário. Só queria dizer que achava muito útil que o vice-presidente do Património Carlos Vieira se pronunciasse sobre a questão do fosso, pois o Sporting tem estudos feitos sobre isto. Além disso, a questão dos licenciamentos não deve ser menos complicada do que o financiamento, é por isso que o que o anónimo disse é um disparate total.
ResponderEliminarEm meu entender, julgo que a sugestão do amigo Jordão, a quem agradeço a compreensão e a gentileza, poderia ser cabalmente cumprida por Carlos Vieira. Porém, assim como nós identificámos rapidamente de onde veio o comentário do "anónimo das 18:05", com muito mais propriedade e substância ele seria identificado por Carlos Vieira e seus companheiros do CD, se acaso passassem por Leoninamente. E saberão melhor do que todos nós que com certas "animalárias", chegar-lhes com a cevada ao rabo não se lhes restitui a "vida intelectual", se é que alguma vez a tiveram.
EliminarPerdoe-me o amigo Jordão, mas atrevo-me a questioná-lo sobre as suas origens? Será a região da Figueira da Foz onde tenho amigos vários com o mesmo sobrenome?!...
Deixei um comentário acima, ao Anónimo das 18:05, que não sei ainda se o amigo Álamo vai ter em consideração.
EliminarSe o fizer, poderá o Jordão ter que retirar o joio que por lá deixei, aproveitando algum trigo que poderá, em pequena medida, ajudá-lo sobre as suas dúvidas.
Lembro-me de ter lido vários comentários do comentador P.Silva, creio que arquitecto (ou engº civil?), sobre a questão do fecho do fosso e dos problemas legais, técnicos e financeiros que acarretava e que, no final, praticamente inviabilizavam a obra.
SL
Não, "Jordão" é apenas um "nickname" em homenagem ao grande Rui Manuel Trindade Jordão, o meu jogador preferido quando comecei a gostar do Sporting. :)
EliminarObrigado caro Jordão. Uma escolha tão bonita e tão grande que vai até ao fim do mundo!...
EliminarAs promessas deste candidato são uma coisa absurda e extremamente dispendiosa:
ResponderEliminar- Recuperar a Academia pagando não sei quantos milhões e não se sabe bem como.
Para quê mesmo?
- Fechar o fosso gastando mais não sei quantos milhões.
Sim, também gostaria de ver o fosso desaparecer, mas todos sabemos que não é algo assim tão simples e barato e levará largos meses a ser concretizado, com impacto na época desportiva em que se levar a cabo tal obra, obrigando a equipa a jogar fora do seu estádio enquanto esta mesma obra decorrer.
- Despedir Jesus
Depois de dizer que conta com ele, anuncia despedi-lo porque apoia BdC.
Indemnização?
Que se lixe, temos o dinheiro do clube.
Apenas nestas três "empreitadas" estão quantos milhões mesmo?
A receita do candidato é um regresso aos tempos dos Godinhos e Bettencourts...gastar o que não se tem, estabelecendo como prioridade o que não deve ser uma prioridade.