Outra vez arroz
«A equipa B, que atravessa uma crise miserável de exibições e resultados, foi reforçada (sem proveito, infelizmente) por Francisco Geraldes, uma jovem certeza que regressou em Janeiro de um empréstimo muito bem sucedido ao Moreirense. Aqui d'él rei que está por um fio o Carmo e a Trindade. Pois eu acho que a continuar, e deve continuar na minha opinião, a equipa B deverá contar com o contributo regular de jogadores da equipa principal. Há algumas limitações de participação em função da idade dos jogadores, mas a presença regular de colegas com mais experiência cumprirá dois objectivos fulcrais no crescimento dos jovens jogadores: Os que não têm tanta utilização na equipa principal terão ali um espaço para competir e que os impede de estagnar e os da equipa B terão a possibilidade de estar lado a lado com quem tem outra visão do jogo e outra "estaleca" para enfrentar adversários mais velhos, mais rotinados e com muito mais "ratice". Considerar a participação de Francisco Geraldes neste jogo com o Varzim na equipa B como uma despromoção só pode ser ou piada de mau gosto, ou ausência total do entendimento do que deve ser uma equipa B, ou mais uma fornada de carvão para a fogueira. Ou o somatório de todas elas.
Francisco Geraldes fez uma excelente exibição, demonstrando que a sua contribuição fazia todo o sentido. Não foi por culpa dele que o Varzim venceu o jogo.
O facto de ter jogado ontem, não o impede de jogar no Sábado, caso Adrien esteja impedido por qualquer motivo, ou Jesus o entenda incluir no onze inicial, porque sim.
A minha concepção da equipa B é esta mesmo, uma etapa para aqueles que saindo dos juniores estejam ainda verdes para a competição na primeira divisão (os nomes vão mudando, portanto...) por empréstimo e um centro de treinos para os menos utilizados ou regressados de lesões, da equipa principal, nunca podendo ser vista como uma despromoção, antes ser encarada como as antigas equipas de reservas, que inclusive tinham campeonato próprio. Claro que há de quando em vez alguns que transitam directamente dos juniores para a equipa principal, mas desses há poucos e mesmo esses, quando não utilizados com regularidade, só lhes fará bem competir regularmente e onde, senão na equipa B?
Diz-se que Matheus Pereira recusou jogar este jogo. Não sei se o fez, mas se eventualmente o tiver feito o regulamento interno deve permitir que o faça, doutro modo estaria sob alçada disciplinar. Fosse a equipa B aquilo que eu defendo lá atrás e estivesse isso regulamentado, seria pacífico o contributo de qualquer jogador do plantel na equipa, sendo encarado com toda a naturalidade e sem dramas.
Tal como defendo que a equipa principal deve ter como base a formação e o reforço cirúrgico para posições onde estejamos mais debilitados, a equipa B deverá ser uma cópia fiel deste princípio, sendo que os reforços deverão ser ainda mais reduzidos e apenas se não houver opção na equipa principal.
O que quer isto dizer? Quer dizer que deverá haver uma ligação estreita entre as duas equipas, uma identidade única, processos de treino e sistema de jogo similares e haver canais em ambos os sentidos, que permitam a quebra de alguma estanquicidade que ainda possa persistir.
A equipa B, que ainda vai muito a tempo de garantir a manutenção, não tem por objectivo vencer títulos, que mais não serão que vitórias de Pirro. A sua missão deverá ser a de formar e garantir o fornecimento continuado de jogadores à equipa principal, e também servir como incubadora de jovens jogadores que, não tendo capacidade ou estando tapados na etapa seguinte, possam ser emprestados ou mesmo cedidos a título definitivo para clubes de média dimensão por esse Mundo fora. Afinal apregoamos aos quatro cantos que somos a melhor formação desse Mundo, que tal começarmos a fazer render esse "peixe"?
Termino como comecei, enviando daqui um enorme aplauso a Francisco Geraldes, pelo seu sportinguismo e pela sua maturidade, com a certeza e a convicção de que as atitudes correctas serão certamente recompensadas.»
«A equipa B, que atravessa uma crise miserável de exibições e resultados, foi reforçada (sem proveito, infelizmente) por Francisco Geraldes, uma jovem certeza que regressou em Janeiro de um empréstimo muito bem sucedido ao Moreirense. Aqui d'él rei que está por um fio o Carmo e a Trindade. Pois eu acho que a continuar, e deve continuar na minha opinião, a equipa B deverá contar com o contributo regular de jogadores da equipa principal. Há algumas limitações de participação em função da idade dos jogadores, mas a presença regular de colegas com mais experiência cumprirá dois objectivos fulcrais no crescimento dos jovens jogadores: Os que não têm tanta utilização na equipa principal terão ali um espaço para competir e que os impede de estagnar e os da equipa B terão a possibilidade de estar lado a lado com quem tem outra visão do jogo e outra "estaleca" para enfrentar adversários mais velhos, mais rotinados e com muito mais "ratice". Considerar a participação de Francisco Geraldes neste jogo com o Varzim na equipa B como uma despromoção só pode ser ou piada de mau gosto, ou ausência total do entendimento do que deve ser uma equipa B, ou mais uma fornada de carvão para a fogueira. Ou o somatório de todas elas.
Francisco Geraldes fez uma excelente exibição, demonstrando que a sua contribuição fazia todo o sentido. Não foi por culpa dele que o Varzim venceu o jogo.
O facto de ter jogado ontem, não o impede de jogar no Sábado, caso Adrien esteja impedido por qualquer motivo, ou Jesus o entenda incluir no onze inicial, porque sim.
A minha concepção da equipa B é esta mesmo, uma etapa para aqueles que saindo dos juniores estejam ainda verdes para a competição na primeira divisão (os nomes vão mudando, portanto...) por empréstimo e um centro de treinos para os menos utilizados ou regressados de lesões, da equipa principal, nunca podendo ser vista como uma despromoção, antes ser encarada como as antigas equipas de reservas, que inclusive tinham campeonato próprio. Claro que há de quando em vez alguns que transitam directamente dos juniores para a equipa principal, mas desses há poucos e mesmo esses, quando não utilizados com regularidade, só lhes fará bem competir regularmente e onde, senão na equipa B?
Diz-se que Matheus Pereira recusou jogar este jogo. Não sei se o fez, mas se eventualmente o tiver feito o regulamento interno deve permitir que o faça, doutro modo estaria sob alçada disciplinar. Fosse a equipa B aquilo que eu defendo lá atrás e estivesse isso regulamentado, seria pacífico o contributo de qualquer jogador do plantel na equipa, sendo encarado com toda a naturalidade e sem dramas.
Tal como defendo que a equipa principal deve ter como base a formação e o reforço cirúrgico para posições onde estejamos mais debilitados, a equipa B deverá ser uma cópia fiel deste princípio, sendo que os reforços deverão ser ainda mais reduzidos e apenas se não houver opção na equipa principal.
O que quer isto dizer? Quer dizer que deverá haver uma ligação estreita entre as duas equipas, uma identidade única, processos de treino e sistema de jogo similares e haver canais em ambos os sentidos, que permitam a quebra de alguma estanquicidade que ainda possa persistir.
A equipa B, que ainda vai muito a tempo de garantir a manutenção, não tem por objectivo vencer títulos, que mais não serão que vitórias de Pirro. A sua missão deverá ser a de formar e garantir o fornecimento continuado de jogadores à equipa principal, e também servir como incubadora de jovens jogadores que, não tendo capacidade ou estando tapados na etapa seguinte, possam ser emprestados ou mesmo cedidos a título definitivo para clubes de média dimensão por esse Mundo fora. Afinal apregoamos aos quatro cantos que somos a melhor formação desse Mundo, que tal começarmos a fazer render esse "peixe"?
Termino como comecei, enviando daqui um enorme aplauso a Francisco Geraldes, pelo seu sportinguismo e pela sua maturidade, com a certeza e a convicção de que as atitudes correctas serão certamente recompensadas.»
Comungo inteira e profundamente do pensamento de Edmundo Gonçalves. Tanto a filosofia como o modelo actual em que tem vindo a funcionar a equipa B do Sporting, me parecem em absoluto desadequados tanto com os objectivos que devem nortear a existência deste escalão/remate da formação, quanto pelo astronómico valor dos custos que representa, mais próximo do desperdício que de uma gestão equilibrada, sem que isso represente a mais leve parcela de menorização dos seus objectivos.
De facto, com óbvio prejuízo para o Sporting e sem que daí advenham quaisquer benefícios tanto para o Clube quanto para os atletas, por mais excelsas e absolutas que possam ser as proclamações de alguns "experts", notória e flagrantemente em defesa dos seus "quintais", temos assistido à coexistência de dois planteis divorciados da sua mais importante e nobre missão, num amplo contingente de quase seis dezenas de atletas quando, com pouco mais de metade se poderiam cumprir as disposições regulamentares e alcançar com um muito maior grau de eficiência e satisfação geral, os objectivos que nunca terão sido atingidos desde a implementação do modelo.
Agora que "o rei vai nu" e a equipa B caminha preocupantemente para uma eventual despromoção ao Campeonato de Portugal, todo o mundo corre a "colocar trancas na porta", quando nunca deveriam ter havido portas a separar as duas equipas profissionais do Sporting!...
Há muito que por aqui tenho vindo a defender que "cessassem as palavras e falassem as obras"! As palavras ouvimo-las em cada dia até o vómito ser quase irreprimível. As obras nunca falaram e no horizonte berra a extinção de um dos projectos mais aliciantes de toda a nossa tão incensada e apregoada formação!...
Não estás a ficar muito bem nesta fotografia Bruno de Carvalho! E que esta minha posição não seja entendida como o contrário daquilo que pretende ser: apoio claro mas crítico e sem tergiversações, ontem, hoje e sempre, apenas e tão só...
De facto, com óbvio prejuízo para o Sporting e sem que daí advenham quaisquer benefícios tanto para o Clube quanto para os atletas, por mais excelsas e absolutas que possam ser as proclamações de alguns "experts", notória e flagrantemente em defesa dos seus "quintais", temos assistido à coexistência de dois planteis divorciados da sua mais importante e nobre missão, num amplo contingente de quase seis dezenas de atletas quando, com pouco mais de metade se poderiam cumprir as disposições regulamentares e alcançar com um muito maior grau de eficiência e satisfação geral, os objectivos que nunca terão sido atingidos desde a implementação do modelo.
Agora que "o rei vai nu" e a equipa B caminha preocupantemente para uma eventual despromoção ao Campeonato de Portugal, todo o mundo corre a "colocar trancas na porta", quando nunca deveriam ter havido portas a separar as duas equipas profissionais do Sporting!...
Há muito que por aqui tenho vindo a defender que "cessassem as palavras e falassem as obras"! As palavras ouvimo-las em cada dia até o vómito ser quase irreprimível. As obras nunca falaram e no horizonte berra a extinção de um dos projectos mais aliciantes de toda a nossa tão incensada e apregoada formação!...
Não estás a ficar muito bem nesta fotografia Bruno de Carvalho! E que esta minha posição não seja entendida como o contrário daquilo que pretende ser: apoio claro mas crítico e sem tergiversações, ontem, hoje e sempre, apenas e tão só...
Para honra e glória do Sporting Clube de Portugal!...
Leoninamente,
Até à próxima
Perfeitamente de acordo...
ResponderEliminarÉ assim também que eu entendo a existencia da equipa B...
SL
Como sócio e adepto não podia estar mais de acordo com os 2 comentários. O Sporting deve ser só um, jogue-se na A, na B ou até nos Juniores. A filosofia de jogo deve estar implantada desde os Infantis. Deve-se formar jogadores e pessoas (sim porque também temos futebol feminino) dentro de um espirito ganhador e com um principio de jogo em que qualquer um possa estar minimamente entrosado. Não devem ser só os jogadores a adaptarem-se a um treinador, mas, também, os treinadores se adaptarem aos jogadores e ao espirito e filosofia adaptado pelo clube.
ResponderEliminarSe lembrar-mo-nos num passado recente, em que um adversário nosso tinha uma filosofia de jogo em que podia mudar o treinador mas a essência estava lá e que durante anos lhe deu bastante frutos desportivos e que, quando perderam essa identidade nunca mais conseguiram atingir esse níveis. Esse exemplo podia servir de exemplo aquilo que o Sporting deve começar a prepara para o futuro. Ainda vamos a tempo e Bruno de Carvalho poderá ganhar bastante se seguir esta linha.
Lisonjeado pela citação, caro Álamo.
ResponderEliminarE Concordante em absoluto com as suas conclusões.
SL
Edmundo Gonçalves
Creia que a reciprocidade também é absoluta, caro Edmundo Gonçalves. E a gente há-de continuar até que a voz nos doa ou até que possamos assistir de pé e com orgulho ao triunfo da razão, o triunfo do nosso grande amor, o Sporting!...
EliminarSL
+1
ResponderEliminarNão querendo retirar qq tipo de brilhantismo ao post e consequente comentário disse-o no passado e inclusivamente enfatizei o meu "projeto" identificando o treinador dos B como adjunto do treinador principal dos A... Essa mescla ou, se quiserem, identidade jamais poderia..., poderá, ..., deverá ser entendida por parte dos jogadores como uma qq despromoção... Afinal..., se este fosse o projeto... ISTO É O SPORTING...!!!
p.s. Recusar envergar a verde-e-branca é para mim uma falta grave... Não pode haver regulamento que o permita
SAUDAÇÕES LEONINAS
Caro Ze,
EliminarPode haver clausulas do contrato que o permitam...
http://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sporting/detalhe/saiba-por-que-e-que-matheus-nao-jogou-pelo-sporting-b.html
ResponderEliminarSaudações Leoninas
Pois... mas não devia... Por mim, e no "meu" projeto... até o Messi (o verdadeiro...) podia passar pela B se isso fosse importante, por qq razão
ResponderEliminarSAUDAÇÕES LEONINAS