sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vai passando a procissão!...



O autor de "A Procissão" foi António Lopes Ribeiro, que da fama de ser o "cineasta do regime do Estado Novo", nunca se livrou, até à sua morte em 1995. Os registos parecem confirmá-lo, tantos foram os filmes de propaganda fascista que dirigiu, sob a égide de outro nome tenebroso da ditadura, António Ferro...

Foi um dos fundadores do jornal A Bola, e dizem os do seu tempo, que tambem seria adepto do clube do regime!...

Ele bem sabia porque escreveu "A procissão"!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. Amigo Álamo, não vi o moreirense benfica, mas pelo seu poster deduzo que houve novamente "colinho", está deslumbrante o andor com S.Jorge e S. Luís amparados pelos seus fiéis"escudeiros"...

    SL

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  2. Por sua dama, o caro leitor Abraão, oferece-nos um comentário digno dos melhores advogados na barra dos tribunais. Com todo o direito e legitimidade, direi eu, que pelo meu Sporting também amiúde lhe copio o gesto. Para mais, sem alguma vez negligenciar a elevação.

    Mas meu caro, por mais que reforce ou repita os seus argumentos, isso não será suficiente para lhes colocar o selo da verdade. Claro que apenas aduziu os factos que estruturam a sua tese - perdoar-me-à, mas não será mais que uma tese utilizada até à exaustão por todos os que negam a arregimentação do seu clube pelo sucessivos regimes políticos! -, omitindo deliberadamente uma legião de outros, em quantidade e qualidade, que reforçariam a tese contrária.

    O seu clube, fundado em 1908, ao contrário daquilo que afirmam os seus actuais detentores do poder, passou pela monarquia, primeira república, ditadura fascista e segunda república ou democracia, nascida em 1974. E não tenha a pretensão de que os benfiquistas de hoje se poderão orgulhar de tudo no seu passado. Seria fastidioso e deselegante, apresentar-lhe aqui uma pequena súmula. Tão deselegante como acabou por fazer o caro, ao trazer para defesa do seu clube um episódio de um presidente do Sporting, que apenas define o carácter dele e jamais manchará a honra e a dignidade do clube a que presidia.

    O que estará em causa nesta nossa polémica, não serão as virtudes, defeitos ou erros de cada um dos líderes de ambos os clubes. O que interessará discutir será a subserviência de um clube, perante o poder político em cada momento, para que resulte justificação suficiente para lhe aplicar o rótulo de "clube do regime". E não tenha dúvidas de que nenhum de nós os dois, poderá ter na sua posse, pela idade que temos, os registos históricos de todos os gestos de subserviência perante o poder político.

    E se me permite, dar-lhe-ei um exemplo actual, que ambos pudemos testemunhar e que, sem colocar em causa a sua capacidade de memória, a mim pelo menos nunca mais me esquecerá. Recordar-se-à de o seu clube ter um dívida fiscal colossal, que tentou e viria a conseguir, com o beneplácito da então ministar das finanças, pagar com a dação de uns bons milhões de acções, escandalosamente valorizadas, quanto o valor do papel em bolsa, era zero. E a dívida ficou, de forma despudorada e ilícita, artificialmente saldada. Pouco tempo depois, o presidente do seu clube viria a público, em vésperas de eleições, relembrar à "grande nação benfiquista": "Temos de votar em quem nos ajudou"!... (Continua)

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  3. (Continuação da resposta ao comentário de Abraâo)

    Isto é que será subserviência ao regime político, por muito que a si e a tantos outros benfiquistas lhes doa. E a história do seu clube está, infelizmente, repleta de episódios semelhantes, deligentemente apagados por quem sempre negou a ligação do seu clube aos diversos regimes, mas que a tradição oral trouxe até aos nossos dias.

    E esta contínua, indisfarçada e indisfarçável ligação ao regime, perdoe-me também recordar-lhe, voltou a ter há poucos dias atrás mais um episódio grotesco, com o aventado e famigerado perdão das taxas legais - quase 2 milhões de euros! - decorrentes de uma reabilitação urbana pretendida pelo seu clube, pela Câmara Municipal de Lisboa, cujo líder, perante a gigantesca onda de indignação e protesto que varreu o país, se viu obrigado a retratar-se hoje em comunicado publicado por todos os jornais, atirando como ónus da aprovação ou reprovação da medida, para as costas da Assembleia Municipal de Lisboa. Veremos como irá acabar este degradante episódio e se o actual presiente do seu clube, não virá amanhã, decalcar as palavras de Manuel Vilarinho: "Temos de votar em quem nos ajudou"!...

    Ora, chegados aqui, penso ter-lhe feito entender que a conotação de "clube do regime", não advém da honrosa história do seu clube e dos seus abnegados adeptos, nem dos argumentos que tentou aduzir na defesa legítima da sua dama. Advém de inúmeros episódios decalcados destes que lhe citei, que jazem sob o pó de décadas de subserviência aos diferentes regimes e que o meu conceito de elegância me impede de aqui trazer. Mas que conheço suficientemente bem, para ter afirmado que o seu clube foi, é e presumo que pelo andar da carrugem continuará a ser, dito agora com mais propriedade e ênfase... o clube de todos os regimes!...

    Cumprimentos e Saudações Desportivas

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    1. Alamo vá pesquisar com que fundos o sporting constuiu o estadio de alvalade, a data de inauguração, quem eram os seus dirigentes, e compare com os fundos para o estádio da Luz, a sua data de inauguração e quem eram os seus dirigentes e depois venha então falar do clube do regime.... haja paciencia!!!

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  4. Caro Amigo,
    As minhas sinceras felicitações pela sua resposta ao Sr. Abraão.
    Salvaguardando aquilo que, a algumas sinistras figuras do regime
    salazarista, diz respeito, será caso para dizer que lá para as
    bandas da Luz, usam-se outro tipo de pistolas...
    As minhas mas sinceras saudações leoninas, a que acrescento
    aquelas que a sua cidadania me merece.

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  5. Não quero defender o sinistro Góis Mota, mas lembro-me de ouvir uma entrevista com esse árbitro (do jogo Atlético-Sporting) onde ele diz que não foi ameaçado com uma pistola. Nessa entrevista esse árbitro refere que Góis Mota o que fez foi dizer que ele não fazia ideia do poder que o Sporting tinha.
    Esta entrevista foi passada, na década de noventa, na SIC. E, ao contrário, do que referem, para tentar dizer que o árbitro mudou o seu comportamento na segunda parte, tenho ideia de que o Atlético é que ganhou o jogo por 3-1.

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