O Sporting e o blackout
"Com pompa e circunstância, Bruno de Carvalho anunciou o fim do blackout. Ninguém se surpreendeu.
Nunca entendi quais as virtudes que levam os clubes a decretar a "lei da rolha". Mas entendo as razões, que não são mais que medida extrema para suster apertos em que os dirigentes se enfiam. Mesmo assim, pergunto-me sempre qual o objetivo racional e lógico de tal decisão, quando todo o mundo sabe que o futebol só é uma das maiores indústrias do Planeta porque a comunicação social o divulga, prolonga as suas emoções e paixões e é benevolente perante as suas sombras cinzentas, muitas vezes negras, que o assombram.
Perante a ilógica do blackout, as suas causas só podem ser de menoridade; num mundo em que o espelho é mais poderoso que a realidade, os dirigentes mais impreparados não conseguem lidar com os seus próprios egos mais o reflexo desse espelho. E vai de espalhanço.
Tal espalhanço já por si é primeira página. Os concorrentes, como lhes compete, empolgam a coisa e os media não largam o osso. O fogo alastra e, à falta de meios de persuasão e de bombeiros capazes que o apaguem, lá vem, fatal, o blackout.
O Sporting foi um exemplo, Bruno de Carvalho riscou o fósforo e foi atiçando gasolina. Depois, suster a situação já não era para todos e, para animar a festa, arribou um bombeiro incendiário e as chamas ganharam volume. E a rolha entrou em ação. Mas não foi esta que resolveu coisa nenhuma, foram os resultados desportivos que fizeram de borracha apagadora. Reprise com revisão da matéria dada.
A paz formal tinha de chegar na semana do dérbi. Estava escrito, é dos livros. O discurso foi suave, de confiança, motivador e agregador, e só falta saber a opinião de quem sofreu as vicissitudes da crise para se perceber se a paz é de verdade ou simples tréguas, a lembrar as guerras antigas em que os combates eram suspensos durante períodos de festa. Os homens nunca esquecem."
(Alberto do Rosário, Bilhar Grande, in Record)
Sim, a meu ver, Alberto do Rosário está carregadinho de razão: os "aprendizes de feiticeiro" jamais conseguirão ir além do plágio! E este, por definição, será sempre... cópia! Eternamente simulacro do original, tanto na imagem quanto nos efeitos que provoca nos destinatários.
Nunca entendi quais as virtudes que levam os clubes a decretar a "lei da rolha". Mas entendo as razões, que não são mais que medida extrema para suster apertos em que os dirigentes se enfiam. Mesmo assim, pergunto-me sempre qual o objetivo racional e lógico de tal decisão, quando todo o mundo sabe que o futebol só é uma das maiores indústrias do Planeta porque a comunicação social o divulga, prolonga as suas emoções e paixões e é benevolente perante as suas sombras cinzentas, muitas vezes negras, que o assombram.
Perante a ilógica do blackout, as suas causas só podem ser de menoridade; num mundo em que o espelho é mais poderoso que a realidade, os dirigentes mais impreparados não conseguem lidar com os seus próprios egos mais o reflexo desse espelho. E vai de espalhanço.
Tal espalhanço já por si é primeira página. Os concorrentes, como lhes compete, empolgam a coisa e os media não largam o osso. O fogo alastra e, à falta de meios de persuasão e de bombeiros capazes que o apaguem, lá vem, fatal, o blackout.
O Sporting foi um exemplo, Bruno de Carvalho riscou o fósforo e foi atiçando gasolina. Depois, suster a situação já não era para todos e, para animar a festa, arribou um bombeiro incendiário e as chamas ganharam volume. E a rolha entrou em ação. Mas não foi esta que resolveu coisa nenhuma, foram os resultados desportivos que fizeram de borracha apagadora. Reprise com revisão da matéria dada.
A paz formal tinha de chegar na semana do dérbi. Estava escrito, é dos livros. O discurso foi suave, de confiança, motivador e agregador, e só falta saber a opinião de quem sofreu as vicissitudes da crise para se perceber se a paz é de verdade ou simples tréguas, a lembrar as guerras antigas em que os combates eram suspensos durante períodos de festa. Os homens nunca esquecem."
(Alberto do Rosário, Bilhar Grande, in Record)
Sim, a meu ver, Alberto do Rosário está carregadinho de razão: os "aprendizes de feiticeiro" jamais conseguirão ir além do plágio! E este, por definição, será sempre... cópia! Eternamente simulacro do original, tanto na imagem quanto nos efeitos que provoca nos destinatários.
Sim, "a paz formal tinha de chegar na semana do dérbi. É dos livros!". Mas apesar de "o discurso ter sido suave, de confiança, motivador e agregador", pretensamente capaz de sarar feridas, elas hão-de permanecer latentes e dolorosas, sob a crosta de uma cicatrização falhada!
O dérbi afirmou-o solenemente! Cada um terá a sua cruz para carregar!...
Leoninamente,
Até à próxima
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