Não há justiça no futebol!...

E o jogo desta noite em Alvalade, confirmou que na realidade do futebol português da actualidade, o Sporting é o colectivo mais forte e equilibrado e aquele que produzirá, porventura destacado, o mais completo, consolidado e atractivo processo de jogo, a que apenas faltará completar uma dolorosa fase de crescimento, razão principal para a sua actual posição na tabela classificativa, consequência de deslizes de ontem e que hoje voltaram a ser evidenciados.

O Sporting afirmou no jogo de hoje - há mais quem pense assim! -,  em todos os capítulos do jogo sem excepção, uma clara supremacia sobre o seu adversário: nas maiores percentagens de posse de bola, de ataques, de remates dirigidos à baliza, de pontapés de canto conquistados, de recuperações de bola, de passes efectuados com êxito e da distância total percorida pelos seus atletas e nas menores de perdas de bola e de faltas cometidas.

O Sporting colocou-se com toda a justiça na frente do marcador, aos 87 minutos e o destino do adversário teria ficado traçado, não fosse a ingenuidade e inexperiência do colectivo leonino. Nenhuma equipa suficientemente madura, entregaria o "ouro ao bandido" quando faltavam pouco mais de 2 minutos e o tempo de compensação que o árbitro entendesse fixar. Nenhuma!...

Todos sabemos que haveria mil e um caminhos para o conseguir: seguir o exemplo dado pelo guarda-redes adversário desde o início do jogo em todas as fases de aperto, simulando lesões; recorrendo ao anti-jogo que tantas e tantas vezes vimos por aí aplaudido por uma CS obnóxia, em relação aos "donos de autocarros"; despachando, com pontapés fortes e longos, a bola em situações defensivas para o meio-campo adversário e congelando aí a sua posse, recorrendo a todos os artifícios permitidos ou mesmo não permitidos, até que o tempo de jogo se esgotasse.

Mas este Sporting, a exemplo do que permitiu em Maribor, Gelsenkirchen e, ironicamente. em Alvalade ou tantos outros campos do país, com pés de lã ou de vidro, com a mente perdida e as pernas a tremer perante exactamente quem fizera tremer e com ingénua e pueril permissividade, concedeu que o seu adversário, aos 93 minutos e no único remate enquadrado que efectuou durante os 90 minutos, empatasse uma partida que estaria condenado irremediavelmente a perder.

Um empate com sabor a derrota, apenas pelo modo como foi consentido e porque significa a nossa definitiva despedida do título!...

Agora, que a equipa continue a crescer, porque o 2º lugar apenas depende de si e o desafio final já está aprazado, lá para o primeiro fim de semana do próximo mês de Março!...

Não há justiça no futebol. Ganha quem marcar e... não sofrer!...

Leoninamente,

Até á próxima