quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Se calhar o homem no fisco tem alguma razão!...


Futebol precisa de choque fiscal

«O Benfica esmagou bem um Barcelona caótico e a jornada europeia acaba com esta grande alegria. Mas, sejamos claros, o raro voo de uma águia não traz a primavera ao futebol português. Analisemos então o que correu mal agora, mas, principalmente, o que correrá cada vez pior, se a condições estruturais não forem alteradas.

Sérgio Conceição queixa-se dos jogadores, mas o primeiro responsável pela goleada foi o técnico. Criou instabilidade onde já havia turbulência: primeiro, manteve Pepe no onze até ao aquecimento final, quando o mais avisado seria ter o onze escalado sem o capitão que, caso respondesse bem ao teste físico, retomaria o seu lugar. Segundo, escalou para o lado esquerdo da defesa um jogador sem dimensão. Deixou no banco Wendell, este sim, com qualidade. Com esta sucessão de más decisões, mais o azar que atingiu Otávio, Conceição deixou toda a equipa à beira de um ataque de nervos. Tudo cristalizou no seu jovem guarda-redes, que começou a meter água no primeiro golo, afundou-se no segundo, e fechou o pesadelo com a saída louca que deu o 4-1. Sérgio pode queixar-se dos jogadores, mas deve começar por si.

Na Alemanha, ficou claro que a falta de alternativas dos plantéis nacionais só é disfarçável em contra-ataque. Se o flanco esquerdo da defesa tivesse mais qualidade, o Sporting poderia ter arrancado um empate. Mas o titular do lado canhoto joga agora em Paris. Nuno Mendes anulou a direita do City, trocou bolas com os craques, como quem bebe um copo de água. Enquanto vendermos à pressa as nossas estrelas, continuaremos a perder no campo e nas finanças. Para travarmos a decadência, temos de identificar os problemas e enfrentá-los com energia.

O primeiro e mais persistente problema é a qualidade do dirigismo que, com algumas esperançosas excepções, vem do lúgubre ‘túnel’ das ‘frutas’ e das ‘missas’. O dirigismo profissionalizou-se, mas ficaram os mesmos amadores do passado. Agora bem pagos, sem que o escrutínio e exigência aumentem.

Sem uma ceifa desta estirpe, não adiantam outras medidas que também urgem. Desde a imposição de qualidade aos relvados e instalações (mesmo Alvalade tem uma relva que envergonha…), até à necessária união em torno da FPF. Daqui deve emanar um movimento que prove a urgência de se retomar um regime fiscal especial para atletas. Sem uma redução significativa da carga fiscal sobre os jogadores, ficaremos cada vez mais longe do topo da Champions. Dos seus muitos milhões de receita directa e de ainda mais milhões por via indirecta. Ficaremos cada vez mais pequenos e tristes.»

Se calhar o homem no fisco tem alguma razão!...

Leoninamente,
Até à próxima

6 comentários:

  1. Conversa para boi dormir…o Sherif é só estrelas e o Barcelona mesmo em crise quanto custa? Talvez um treinador desse jeito…quanto custa ao PSG em ordenados o Sarabia? Eu nao o trocava pelo Nuno Mendes e certamente ganha mais…

    ResponderEliminar
  2. O Barcelona?! Só tem o nome do grande clube catalão. Só quem não está a par da atualidade do Barça pode ficar surpreendido. No presente, o Barça pode perder e ser goleado quase por toda a gente.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois pode perder para "quase toda a gente", mas o facto é que, até agora, SÓ perdeu com o Bayern e o Benfica.

      Eliminar
  3. O Bayern é uma coisa muito distinta do Benfica!

    ResponderEliminar
  4. E isso de ter perdido com os alemães e, também, com os "mais maiores grandes", "supostamente", cá do nosso pobrezinho e pequenino burgo quer dizer o quê?

    ResponderEliminar
  5. O Barcelona esta em 6º lugar no campeonato de Espanha. Este Barcelona não assusta ninguém, só tem o nome. Esta ao nível do Tondela.

    ResponderEliminar