segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Merece que tenhamos essa atenção com ele!...

A balada de Alcochete

Na série policial de culto ‘A balada de Hill Street’, o comandante Frank Furillo reunia com os cabecilhas dos gangues de rua na sua esquadra, procurando garantir alguma tranquilidade na cidade ficcional por cuja segurança era responsável. Foi mais ou menos a reflexão que me suscitou a célebre conferência de imprensa de Torres Pereira e Sousa Cintra, que não se cansaram de falar em nome das quatro claques do Sporting sem que os representantes das mesmas, ladeando-os, deixassem de estar mudos e quedos. O problema, como tantos outros do reino leonino, acabou nas mãos de Frederico Varandas. O presidente está a tentar circunscrever a influência dos grupos organizados de adeptos e, ao contrário do que aconteceu em Espanha, não sente o apoio de uma esmagadora maioria da opinião pública, leonina ou outra, apesar das imagens do ataque a Alcochete que a CMTV tem difundido.

Dizer que nem todas as claques são iguais é o primeiro argumento da cartilha de quem tem medo de as enfrentar. Eu digo que nem todas as claques são iguais, mas que é precisamente por esse motivo que a inacção é inaceitável. Florentino Pérez bloqueou os Ultras Sur do Santiago Bernabéu e criou uma bancada de animação pacífica. Antes, já Joan Laporta tinha conseguido banir os Boixos Nois do Camp Nou. A Juventude Leonina, claque mais antiga em Portugal, ainda não mostrou com actos concretos pretender demarcar-se do que aconteceu em Alcochete. E se até Rui Rio, candidato a Primeiro-Ministro, mostra renitência em deixar cair amigos, nunca seria a JL76 a expulsar os envolvidos no ataque à Academia. A falta de visão e auto-controlo desbaratou as lutas do passado nas curvas e foi um convite para o Governo endurecer as leis: todos vão ser "criminosos".


Não posso esconder a minha ansiedade à espera de poder ler o restante texto que Vitor Pinto, com a isenção e o profissionalismo que, de modo flagrantíssimo, costumam ser seu apanágio, terá preparado para publicar às 23:54 do dia de ontem, domingo, e que razões poderosas de ordem diarreica, o levaram a precipitar-se para a "casinha", deixando apenas na redacção a parte que gentilmente aqui vos apresento agora, como disse antes, profundamente ansioso por ler o fim do seu trabalho!... 

Fico à espera e julgo que todos os meus leitores também ficarão à espera,  de poder ler outras baladas, quiçá ainda mais interessantes, como "A balada do Colombo", "A balada das Antas", "A balada do Fundador" e, pelo menos mais uma, "A balada dos Arcebispos"! Vamos todos aguardar pacientemente! O senhor jornalista Vitor Pinto...

Merece que tenhamos essa atenção com ele!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Porventura serão muitas "baladas" que poriam em causa as suas "cordas vocais".

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