sexta-feira, 22 de junho de 2012

O futuro pertence a André Martins!...

Devia estar a esta hora em Opalenica. Depois do "adeus" de Rui Costa e Deco e da mais recente e inoportuna lesão de Carlos Martins, mais nenhum jogador reúne os atributos necessários para colmatar o único défice que, pese embora o esforço e o denodo mostrado por todos aqueles que conseguiram colocar Portugal nas "meias-finais", continua a ser notório e infelizmente incontornável na equipa portuguesa.
Teve contra ele a juventude, que não foi argumento para alguns. E a titularidade não assegurada no clube que representa, que também não constituiu razão para a exclusão de outros. E os atributos físicos, que nunca foram motivo que o seleccionador argentino e os  treinadores do Barcelona alguma vez tivessem invocado para que Lionel Messi alguma vez tivesse ficado de fora: a mesma altura e peso, se considerarmos o argentino com a mesma idade.
Não teve pelo lado dele, a coragem e a independência que era suposto existir na figura do seleccionador Paulo Bento. Não teve pelo lado dele, a apreciação devida à exibição que no mesmo estádio onde mandámos a Holanda para casa, este jovem talento produziu, contra uma equipa poderosa, cujos adeptos este pequeno prodígio calou e de quem recebeu aplausos, nem ao verdadeiro "dínamo" que tem sido na nossa selecção de sub-21, onde jogou, fez jogar e marcou perante um adversário difícil e invicto como a Rússia e prolongou o sonho de apuramento para o Europeu da categoria em 2013.  Não teve pelo lado dele a influência e o poder de uma CS, experiente e eficaz na "produção" de ídolos de pés de barro, desde que ungidos pelos santos óleos das cores a que já nos habituou a pobreza franciscana do futebol luso.
Mas André Martins tem a felicidade de ter nascido para o futebol, num clube com a melhor escola de formação do mundo. E de nesse clube existirem dirigentes e técnicos que sabem de futebol e que de há muito apreciam, protegem e providenciam para que sejam exponenciados os seus excepcionais atributos.
A renovação, sem alaridos e "parangonas" de primeira página, do seu contrato até um distante 2016 e a fixação em 25 M€ da respectiva cláusula de rescisão, são suficientemente eloquentes. E a afirmação, simples, sucinta e precisa do atleta, do homem, do sportinguista, de que nunca faria aquilo que outros fizeram, terá sido mais eloquente ainda.
O futuro pertence a André Martins e no Sporting que somos todos nós, cá estaremos para o aplaudir e demonstrar a nossa admiração e respeito!...

Leoninamente,
Até à próxima

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