A piada do ‘caso Carlos Xavier’
«O futebol português tem uma enorme propensão para a criatividade. E para o humor. Nesta época já vimos de tudo. Já vimos um árbitro de telemóvel na mão a comunicar as suas dúvidas para os peritos do VAR na Cidade do Futebol. Já vimos um comunicado de ‘mea culpa’ em tempo recorde, admitindo um erro de arbitragem. Já vimos jogos com mais tempo de desconto do que de intervalo. Também arbitragens verdadeiramente antológicas na incapacidade de acertar o trabalho por um padrão médio de qualidade. Sempre no circuito competitivo dos três grandes. Enfim, temos tido espectáculos de comédia integrados no show do futebol.
Agora, o Conselho de Disciplina da FPF, depois de uma instrução feita pela comissão de peritos da Liga na matéria processual, castigou o Sporting em 15.300 euros pelas declarações patetas de Carlos Xavier sobre Taremi. Carlos Xavier, recordemos, retratou o avançado portista como "um muçulmano que, quando veio para Portugal, não sabia nadar e agora já sabe mergulhar".
Os dois organismos, da FPF e da Liga, estarão recheados de eminentes juristas. Longe de mim atravessar-me perante tamanha concentração de sabedoria jurídica (sem ironia). Confesso, mesmo assim, que o castigo do Sporting, neste ‘caso Carlos Xavier’, dá-me uma irreprimível vontade de rir.
Xavier disse umas patacoadas de mau gosto, indiscutivelmente censuráveis. Mas a construção de um caso de ‘justiça desportiva’ com isto é grotesco. Carlos Xavier não é sujeito activo da infração, perante o Conselho, a título nenhum. Debitou uma afirmação infeliz e retirou-se imediatamente do palco, após as desculpas. Não é jogador, treinador ou dirigente. Por aí, não se vai a lado nenhum.
Transformar o Sporting no objecto do ‘corpo de delito’ não deixa de ser igualmente discutível. A sanção assenta na punição do veículo, a televisão do clube, percebe-se. Mas não chega.
O Conselho de Disciplina descobriu que não, tinha caminho para aplicar o artigo 113º, referente a "comportamentos discriminatórios", cuja moldura penal aponta para interdição de recintos desportivos por um período máximo de 5 jogos. Seguiu, assim, os caminhos do artigo 112, que pune a "lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros".
O Sporting terá sido cúmplice, digamos assim, de Carlos Xavier na lesão da honra de Taremi e do FCPorto, através das declarações emitidas na sua televisão. Será isto, a que chegaram os juristas da Liga e da FPF? Um delito de opinião, com omissão de acção para travá-lo ou sem censura da televisão que o veiculou? Digam lá que não tem um piadão enorme!? Só lá chego pelo humor. Para levar a sério é muito difícil.»
Dona Xepa não tem emenda!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Essa Dona Xepa...saiu-me cá uma bisca..
ResponderEliminarLogo que o seu nome foi avançado para a lista do "dótor Gomes", houve comentários insuspeitos, aqui em "Leoninamente", que já faziam adivinhar o alto grau de "isenção lampiona" que lhe povoava o intelecto, cheio até às almácias de conceitos jurídicos "marrados" até à saturação, mas completamente a leste do bom senso e dos conhecimentos que só a universidade da vida fazem aportar...
EliminarAgora aguarda com "insuspeito nervosismo" que o seu tempo se esgote, fielmente e sempre de braço dado com o seu "patrono"...
Que vá para longe! Não deixa saudades!...
Grande abraço João. SL
Os lampiões "da justiça desportica" são ridículos, e as virgens ofendidas muçulmanas da inbicta ainda são mais cómicas.
ResponderEliminarPassaram uma vida inteira a antagonizar os "mouros de Lisboa", a fazer disso cavalo de batalha para arregimentar combatentes pela causa do "combate ao centralismo", e agora que têm como ponta-de-lança um mouro, que passa a vida a mergulhar em simulações para enganar os árbitros (sempre com carinha de santinho que não faz mal a uma mosca), e a cavar penaltis, eis que vêm em defesa do "muçulmano" (desde quando é ofensa chamar muçulmano a um muçulmano, ou cristão a um cristão, ou ateu a um ateu? Desde quando é ofensa dizer a Verdade?), e da invisível seriedade do comprovada e notório (internacionalmente castigado com amarelos e vermelhos por tentar falsificar castigos máximos) "mergulhador" e sacador de penaltis (outra Verdade que custa muito a ouvir mas que não deixa de ser Verdade por isso).