quarta-feira, 20 de março de 2019

Uns vão bem e outros mal!...



Casos pouco transparentes

«O protocolo do Sporting com o Batuque de Cabo Verde é um caso muito mal explicado. Daqueles que saltam à vista. Não quer isso dizer de forma objectiva que haja aqui um crime, mas é complicado entender como é que um grande clube português gasta 330 mil euros para monitorizar sete jogadores cuja valia, com todo o respeito pelos envolvidos, qualquer olheiro de mesa de café percebe que nunca dará para jogar em Alvalade.

O argumento de que não há apenas jogadores envolvidos, mas também a prospecção em Cabo Verde... então por que não é apenas isso que está escrito? Repito, há aqui muita coisa mal explicada. Crime pode não haver, mas para que não haja, as justificações de quem assinou (Bruno de Carvalho e Carlos Vieira) terão de ser muito mais esclarecedoras.

O caso César Boaventura é outro que necessita de explicações urgentes. Pena que as investigações da Polícia Judiciária estejam a demorar tanto. Não entendo como é que três jogadores de futebol profissional acusam um empresário de os ter tentado comprar, estes avisam o clube e continua tudo como se não tivesse acontecido nada. Aliás, é pena que o Rio Ave não tenha denunciado publicamente o facto na altura. Teria feito um bom serviço ao futebol português. Porque há, de facto, muito criminoso a viver à conta do jogo que amamos.»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record)


Haverá, alegadamente, "de facto, muito criminoso a viver à conta do jogo que amamos"! Não será de ânimo leve que o director de um jornal desportivo, onde porventura ainda vai sendo possível encontrar quem se preocupe com o surreal e estranho gosto pelo "tango" por parte da Polícia Judidiária, enquanto sobem emaranhadamente confusos no ar, tanto os sons populares do "batuque" que nos chega de Cabo Verde, quanto os "benaventurados" acordes do "vira minhoto", alegadamente ensaiado em Vila do Conde, mas que há muito se pressente irradiado por todo o pântano imenso em que mergulhou o futebol do Minho ao Algarve e sem esquecer as regiões autónomas do Atlântico...

Curiosamente porém, assinalem-se também, e já com os "protocolos" a ditarem o compasso, os factos, denunciados em plena Assembleia da República pela deputada Catarina Martins, que terão, alegadamente, levado a FPF a entrar pela "porta do cavalo" na estação pública de televisão, de modo idêntico e utilizando exactamente a mesma porta, ao utilizado nas concessões do estádio do Benfica, transformado por essa mesma FPF em "estádio nacional da nossa selecção" e nas visitas de cortesia da mesma entidade à "formação 5 estrelas do Seixal", transformada por "seleccionadores amigos" em manancial quase exclusivo das nossas formações mais jovens...

Entre batuques e viras, corridinhos e malhões, na FPF, na RTP e em tantos outros locais onde, alegadamente, vai sendo gasto o dinheiro dos contribuintes, continua a cultivar-se o gosto pelo "tango": lento, artístico e sem outras consequências que não sejam a manutenção dos tachos. Pese embora a inflamada declaração do nosso primeiro no Parlamento, nada acontecerá a quem vai passando o tempo a desafiar o "gume da navalha", sem que jamais alguém seja capaz de definir as diferenças entre crime, esperteza saloia, ou decência. 

E nunca mais aparece alguém capaz de mandar parar o baile...
 


E assim se faz Portugal.... 

Uns vão bem e outros mal!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. Parafraseando o grande Jorge Palma, para os mandantes do Baie direi:

    "Deixa-me rir
    Essa história não e tua
    Falas da festa, do sol e do prazer
    Mas nunca aceitaste o convite
    Tens medo de te dar
    E não é teu o que queres vender"

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    1. Rir será mesmo o melhor remédio! Vamo-nos rindo todos, uns dos outros. Se bem que a alguns lhes assistam fortes razões para rir de si próprios!...

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  2. Seria também importante esclarecer o que é o protocolo de penetração chinês que custou 2 milhões de euros transferidos para Jorge Mendes(numa altura em que estamos com graves problemas financeiros) quando da venda de Rui Patrício e que apenas soubemos por um deslize de Salgado Zenha. A mulher de César não basta...

    SL

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    1. Custa-me aceitar a palavra "deslize", mas quem sabe, quando o nevoeiro se dissipar...

      SL

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  3. e o milionários?
    andamos aqui a falar de um relatório ... preliminar?
    andamos aqui a desviar os holofotes da notícia do expresso deste fds?
    já chega de notícias da treta de cashballs

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  4. BR para falar do enorme problema do aliciamento aos jogadores do RA teve que falar no Batuque! E ainda teve o supremo desplante de iniciar o artigo pelo Batuque! Se o caso do Batuque for verdadeiro, é um problema do Sporting; já se o aliciamento dos jogadores do Ra for verdadeiro, é um problema de todo o futebol cá do burgo. Daí, que não tente confundir os mais incautos. E só se sabe este caso dos jogadores do RA, porque foram apanhadas conversas suas no âmbito da investigação ao caso das apostas. Caso contrário, nada se saberia sobre o aliciamento. Neste sentido, é de supor a quantidade de jogadores que não terão sido aliciados e em alguns casos com sucesso. Já no caso do Marítimo-Boifica dessa época, não restará muitas dúvidas que o jogo estava comprado.

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