O BALANÇO
«Terminado o campeonato, impõem as boas regras que se faça o balanço. Permito-me dividi-lo em quatro vertentes, a saber: desportiva, associativa, estratégica e comunicacional. Nas duas primeiras passa com brilhantismo, na terceira passa à tangente, mas na última reprova. Explico porquê.
Bastará pensar que se o Tondela não tem marcado nos últimos minutos em Alvalade, um golo que caiu do céu, o Sporting teria sido campeão, para concluir que a vitória se decidiu por pormenores, nos quais a sorte (a quantidade de golos que o Benfica marcou, em bolas de ressalto!) foi infelizmente madrasta. Portanto, desportivamente, o Sporting foi exemplar e, se mantiver para o ano um nível aproximado, estou seguro que a Liga vai para Alvalade, até porque a sorte não dura sempre.
Há quem diga que este ano o Sporting não ganhou nada que se visse; se é verdade, não o é menos dizer que o clube ganhou consistência, embalagem e rotinas para se alcandorar a voos mais altos.
O Sporting teve uma média inédita de ocupação em Alvalade, próxima dos 80% e 40 mil espectadores e fora esteve sempre visível e audivelmente acompanhado. Grande sintonia, grande orgulho e grande diferença relativamente ao passado.
Estrategicamente, em meu entender, o Sporting dispersou-se em demasiadas frentes e envolveu-se em litigância excessiva, arrastando contenciosos, alguns porventura inevitáveis, outros dispensáveis e muitos, mas muitos, desnecessários; como resultado, o clube sofreu alguns revezes pouco brilhantes, por muito que se os queira escamotear. Já escrevi nestas linhas e reafirmo, que o Sporting tem de ser selectivo e inteligente nas guerras que trava fora das quatro linhas.
A comunicação foi desastrosa; colocar o Sporting a falar ao nível de um João Gabriel, não só não é propriamente edificante, como ainda colide com a cultura centenária do clube, de estar no desporto de uma forma diferente. Custa-me que haja no Sporting quem ainda não perceba que a representação do clube exige e impõe elevação e que o discurso xunga pode trazer algum impacto imediato e títulos de jornal, mas que inexoravelmente nos descaracteriza e desvaloriza. O Sporting pode – e deve – saber competir, sem descer de nível, sem abdicar dos seus valores e sem ficar parecido com os outros. Não foi infelizmente o que aconteceu.»
«Terminado o campeonato, impõem as boas regras que se faça o balanço. Permito-me dividi-lo em quatro vertentes, a saber: desportiva, associativa, estratégica e comunicacional. Nas duas primeiras passa com brilhantismo, na terceira passa à tangente, mas na última reprova. Explico porquê.
Bastará pensar que se o Tondela não tem marcado nos últimos minutos em Alvalade, um golo que caiu do céu, o Sporting teria sido campeão, para concluir que a vitória se decidiu por pormenores, nos quais a sorte (a quantidade de golos que o Benfica marcou, em bolas de ressalto!) foi infelizmente madrasta. Portanto, desportivamente, o Sporting foi exemplar e, se mantiver para o ano um nível aproximado, estou seguro que a Liga vai para Alvalade, até porque a sorte não dura sempre.
Há quem diga que este ano o Sporting não ganhou nada que se visse; se é verdade, não o é menos dizer que o clube ganhou consistência, embalagem e rotinas para se alcandorar a voos mais altos.
O Sporting teve uma média inédita de ocupação em Alvalade, próxima dos 80% e 40 mil espectadores e fora esteve sempre visível e audivelmente acompanhado. Grande sintonia, grande orgulho e grande diferença relativamente ao passado.
Estrategicamente, em meu entender, o Sporting dispersou-se em demasiadas frentes e envolveu-se em litigância excessiva, arrastando contenciosos, alguns porventura inevitáveis, outros dispensáveis e muitos, mas muitos, desnecessários; como resultado, o clube sofreu alguns revezes pouco brilhantes, por muito que se os queira escamotear. Já escrevi nestas linhas e reafirmo, que o Sporting tem de ser selectivo e inteligente nas guerras que trava fora das quatro linhas.
A comunicação foi desastrosa; colocar o Sporting a falar ao nível de um João Gabriel, não só não é propriamente edificante, como ainda colide com a cultura centenária do clube, de estar no desporto de uma forma diferente. Custa-me que haja no Sporting quem ainda não perceba que a representação do clube exige e impõe elevação e que o discurso xunga pode trazer algum impacto imediato e títulos de jornal, mas que inexoravelmente nos descaracteriza e desvaloriza. O Sporting pode – e deve – saber competir, sem descer de nível, sem abdicar dos seus valores e sem ficar parecido com os outros. Não foi infelizmente o que aconteceu.»
Não me é difícil adivinhar "a sarna que eu vou arranjar para me coçar" com a publicação desta crónica de CBdC. Mas já não estarei em idade de me preocupar em ser "politicamente correcto" e, pelo contrário, é minha profunda convicção de que este será o ponto ideal da minha vida para contribuir para que um dos grandes amores da minha vida possa "pular e avançar" na direcção do sonho dos seus fundadores, "sem descer de nível, sem abdicar dos seus valores e sem ficar parecido com outros".
Que não chamem "carneiro" ao leão que sempre fui, sou e sempre serei até ao fim do meu campeonato! Nem me comparem ao "macaco das três virtudes"! A Natureza privilegiou-me com as três faculdades que alguém "pretendeu retirar" ao símio e a vida, ensinando-me a sublimá-las, exigiu-me contrapartidas que tenho procurado não defraudar. Por isso aqui estou, de costas largas e verve afinada, pronto para a chegada da sarna e disposto não só a coçá-la, mas a evitar que contagie o Leão, enquanto é tempo. Porque em todo o tempo é tempo! O mundo é composto de mudança e qualquer homem também dela será susceptível.
O rei vai nu?! Pois que se revolte contra a sua cegueira e coloque as mais pomposas vestes que conseguir encontrar! É que só por estúpida e narcísica cretinice, um rei que tão bem tem governado o seu povo, que tanta alegria, esperança e recuperação de orgulho lhe tem proporcionado, poderá...
Continuar a aparecer nu na praça!...
Leoninamente,
Até à próxima
É engraçado que este "croquete" afirme que a comunicação leonina foi desastrosa por se ter colocado ao nível de Mr. Burns, enquanto diversos paineleiros o elogiam por ter uma estratégia de comunicação agressiva e com bons resultados. Por outro lado, o Sporting é criticado por ficar parecido aos outros? Por lutar pelos títulos, por encher estádios, por dar lucro, por fazer bons negócios? Ou será que tem saudades dos bons tempos em que o Sporting era elogiado por ser diferente, por dar prejuízo constante, por vender o seu património ao desbarato, por ficar fora das competições europeias, por perder com um sorriso nos lábios, por ser roubado e oferecer jantares aos ladrões. Então, em que ficamos? Esta gente não tem vergonha na cara?
ResponderEliminarTal como eu previra, a "sarna" aí está!...
EliminarNão sabe ler, não consegue compreender, não percebe a mensagem, não entende nada de nada! É um ácaro que apenas provoca comichão, coceira intensa, desconforto e incomoda os ouvidos com os seus balidos estridentes: mééééééééééééé!...
"colide com a cultura centenária do clube, de estar no desporto de uma forma diferente" Por causa destas tretas e destes pategos que não perceberam que o Sporting é um clube de futebol e não um clube de cavalheiros é que estivemos quase a fechar portas. Este Barbosa da Cruz devia estudar melhor a história do Sporting e um dos seus lemas fundadores. Queremos que o Sporting seja um grande entre os maiores da Europa. Este é o destino do Sporting.
ResponderEliminarJulgo ter sabido decifrar os seus desencantos/receios ao postar as palavras de Carlos Barbosa, que me "dispus a ouvir".
ResponderEliminarE, tal como o campeonato, em que faltou assim um só pedacinho, atrevo-me a dizer que para o Rei não ir nu, bastaria que se vestisse apenas com uns calções de banho, deixando no guarda roupa a restante indumentária apenas para dias de exultação.
Saudações Leoninas.