UM CLUBE SEMPRE EM GUERRA
«Desde que chegou à presidência do Sporting, Bruno de Carvalho nunca teve medo do confronto. Mais: confrontar os diferentes poderes, internos e externos, foi a forma escolhida para afirmar a sua autoridade e colocar de novo o Sporting no centro das decisões. Bruno queria um Sporting forte e respeitado e hoje o Sporting deixou de ser o patinho feio, em particular no futebol. Não é coisa pouca. Era o único caminho? Não necessariamente, mas o Sporting precisava de outra atitude que contrastasse com os últimos e penosos anos.
É um facto que Bruno de Carvalho criou muitos inimigos, abriu demasiadas frentes de combate – e muitas delas ao mesmo tempo, um erro básico como se lê em qualquer estratégia – mas o Sporting de hoje nada tem a ver com o Sporting do momento da sua chegada.
A questão seguinte é: pode uma instituição viver assim? Pode fazer o seu caminho e afirmar o seu posicionamento com este tipo de liderança belicista? O Sporting já terá poupado muito dinheiro devido ao trabalho do seu presidente mas algumas facturas estão agora a chegar. Não são pequenas. Outras se seguirão porque nos tribunais correm vários processos, com entidades ou pessoas. O futebol tem neste quadro macro um papel essencial. Se for campeão Bruno de Carvalho ganha não apenas um título muito dedicado, ganha um certificado para o caminho que escolheu. Há aqui uma ironia -–mesmo que fique em segundo o caminho parece certo, mas no futebol, como na vida, a história é sempre escrita pelos vencedores. Neste âmbito o dono do jogo, acabe bem ou mal, é Jorge Jesus. Sim, ele prometeu apenas um Sporting a lutar até ao fim, mas depois do que disse de Rui Vitória perder para o Benfica terá um sabor ainda mais amargo do que já teria.
BdC anunciou em devido tempo a sua recandidatura. Fez o que tinha de fazer. A oposição, se existe, se tem ideias, deve organizar-se e ir a jogo. Bruno de Carvalho não é Pinto da Costa, nem sequer Luís Filipe Vieira. O terreno à sua volta ainda não está todo controlado, ainda há espaço.
«Desde que chegou à presidência do Sporting, Bruno de Carvalho nunca teve medo do confronto. Mais: confrontar os diferentes poderes, internos e externos, foi a forma escolhida para afirmar a sua autoridade e colocar de novo o Sporting no centro das decisões. Bruno queria um Sporting forte e respeitado e hoje o Sporting deixou de ser o patinho feio, em particular no futebol. Não é coisa pouca. Era o único caminho? Não necessariamente, mas o Sporting precisava de outra atitude que contrastasse com os últimos e penosos anos.
É um facto que Bruno de Carvalho criou muitos inimigos, abriu demasiadas frentes de combate – e muitas delas ao mesmo tempo, um erro básico como se lê em qualquer estratégia – mas o Sporting de hoje nada tem a ver com o Sporting do momento da sua chegada.
A questão seguinte é: pode uma instituição viver assim? Pode fazer o seu caminho e afirmar o seu posicionamento com este tipo de liderança belicista? O Sporting já terá poupado muito dinheiro devido ao trabalho do seu presidente mas algumas facturas estão agora a chegar. Não são pequenas. Outras se seguirão porque nos tribunais correm vários processos, com entidades ou pessoas. O futebol tem neste quadro macro um papel essencial. Se for campeão Bruno de Carvalho ganha não apenas um título muito dedicado, ganha um certificado para o caminho que escolheu. Há aqui uma ironia -–mesmo que fique em segundo o caminho parece certo, mas no futebol, como na vida, a história é sempre escrita pelos vencedores. Neste âmbito o dono do jogo, acabe bem ou mal, é Jorge Jesus. Sim, ele prometeu apenas um Sporting a lutar até ao fim, mas depois do que disse de Rui Vitória perder para o Benfica terá um sabor ainda mais amargo do que já teria.
BdC anunciou em devido tempo a sua recandidatura. Fez o que tinha de fazer. A oposição, se existe, se tem ideias, deve organizar-se e ir a jogo. Bruno de Carvalho não é Pinto da Costa, nem sequer Luís Filipe Vieira. O terreno à sua volta ainda não está todo controlado, ainda há espaço.
Ao presidente não se pede que mude de estilo. Também não o faria. Tem-se em grande apreço. Ele é assim e muitos sportinguistas, como se tem visto, apreciam esta forma de estar. Apenas se lhe pede conta, peso e medida. Moderação. Isso também é um sinal de inteligência.
O Sporting não pode ser um clube permanentemente em guerra.»
(Nuno Santos, Ângulo Inverso, in Record)
O Sporting não pode ser um clube permanentemente em guerra.»
(Nuno Santos, Ângulo Inverso, in Record)
O Sporting não deveria ser "um clube permanentemente em guerra"?! Claro que todos os manuais de táctica e estratégia o afirmam, mas o facto é que de há três anos a esta parte não se deverá esconder o óbvio...
"Conta, peso medida, moderação" não serão apenas considerações de articulistas mais ou menos interessados em assistir a uma forma mais inteligente de agir. Serão porventura desejos escondidos no mais intimo de cada adepto, mas recalcados por razões que só o profundo afecto ao seu Clube de sempre poderão justificar. Mas pelo andar da carrugem...
"Conta, peso medida, moderação" não serão apenas considerações de articulistas mais ou menos interessados em assistir a uma forma mais inteligente de agir. Serão porventura desejos escondidos no mais intimo de cada adepto, mas recalcados por razões que só o profundo afecto ao seu Clube de sempre poderão justificar. Mas pelo andar da carrugem...
Serão conceitos muito difíceis de levar à prática por quem vive de impulsos e não privilegia o uso da inteligência!...
Leoninamente,
Até à próxima
Um clube em "permanente guerra" quando DE DENTRO PARA FORA não cessam as vaidades, as intrigas e as questínculas...
ResponderEliminarPoder-se-á questionar a produtividade desta estratégia, mas não esqueçamos que não temos bastidores, não temos 'inteligence', nem tão pouco assalariados... (num mundo perfeito estes conceitos nem deveriam existir, é certo)...
...Num mundo real, questionar-se-á, se algum dia, será possível ganhar algo sem eles...???
A 'guerra permanente' que connosco travam DE FORA PARA DENTRO (grande e proeminentemente fomentada por uma comunicação social decadente e de nível LIXO - que não é de hoje...), não se compadece com a razão e parcimônia, que assiste obviamente, à opinião de NS. Porém lembra-lhe-ei, a ele Nuno Santos (pois é também dele que falamos agora), que não há muito tempo, teve ele grande possibilidade - várias grandes possibilidades - para ter alterado este estado de coisas... Pergunto..., Fez alguma coisa em prol dessa tão inteligente estratégia...?
Não, não fez. EU SEI QUE NÃO... Eu... sei que não...!!!
Se calhar não teria de ter feito (em prol do tal mundo perfeito) mas deve pensar na dificuldade em que terão estes orgãos sociais em combater um mundo de 'portas fechadas'... Portas essas que se abrem, amiude, a outros... E eu também sei (E eu sei que o NS também sabe - E ele sabe que, há muita gente, que sabe, que ele sabe) que nem sequer são os 'outros' que as vêem forçar... (também vêem..., mas muitas vezes nem precisam - são muitos milhões...!!!)
Direi eu (com o meu natural e assumido impulso) que uma 'GUERRA PERMANENTE' jamais se ganha com uma 'PERMANENTE GUERRA'
Portanto... isto é tudo muito bonito... Ah e tal...!!! Mas na hora da verdade... Todos promovem o que mais lhes interessa no momento...
#VAMOSTAPAROFOSSO
SL
Essa coisa do presidente privilegiar os impulsos face à inteligência é uma característica intrínseca da espécie humana. Por tal facto deixemo-nos de "racionais hipocrisias" Como provou (na obra: O Erro de Descartes)o neuro-cirugião português, radicado nos EUA, António Damásio, o "Penso logo existo" de Descartes não estava certo, mas sim o que estará certo é o "Sinto logo existo" Quer isto dizer que os sentimentos estão sempre em primeiro lugar na tomada de qualquer decisão.
EliminarO problema do Sporting não está relacionado com a postura de BdC,mas sim com a crescente pujança desportiva que ele aportou ao nosso clube. O problema é que os nossos inimigos não querem um Sporting a ocupar o lugar que eles já estavam certos que seria seu para sempre. Fosse qual fosse o presidente, desde que o Sporting viesse pôr em causa o status quo os nossos inimigos tudo iriam fazer para isso não suceder.
É obvio, que nos anos passados, não tiveram essa necessidade, porque caso a tivessem o teriam feito, poderia era ter sido de forma mais velada.
Sportinguistas metam na cabeça que eles, os nossos inimigos, nos odeiam, independentemente do nosso president. Essa manifestação de ódio pode é ser mais ou menos explícita, isto conforme os nossos interesses colidam com os deles.
Quando uma personagem como o filho da poetisa Sophia quer que o Carnide seja campeão, está tudo dito...
Obrigado pelo seu racional comentário, amigo Helder Mestre. Mas permita-me que lhe coloque uma simples questão: será que Bruno de Carvalho não teria colocado o Sporting no mesmo patamar, com a mesma dinâmica, mas sem disparar para tudo o que mexe?! É a questão que coloco a mim próprio todos os dias e ainda não fui capaz de encontrar dúvidas na resposta: um rotundo SIM!...
EliminarLembrarmo-nos onde tudo isto terá começado???
EliminarUm, tristemente, célebre SPORTING - clube da fruta em andebol onde, parcimonicamente, e bem, BdC terá cordialmente ido cumprimentar os dirigentes daquela agremiação... Estamos lembrados???
Pois, ensinou-me o meu pai... Quem não se sente...
SL
Caríssimo Álamo,
EliminarO problema é que BdC tem a sua personalidade e carácter () vaidoso e egocêntrico e encontrou um clube de rastos (falido financeiramente e desportivamente) o que o levou a abrir diversas guerras por tal facto. Se tivesse dinheiro tinha pago e não bufado, sequentemente não teria ficado incompatibilizado com vários agentes do pântano (principalmente os que vivem da agiiotagem).
Mas se assim tivesse sucedido, tenho a convicção, que o SCP, em três anos, não teria ficado duas vezes em segundo lugar (jjá estou a resignar-me ao 2º lugar da presente temporada), ganho uma Taça de Portugal e uma Supertaça. ; provavelmente, andaria a bater-se com o "grande" Braguinha pelo terceiro lugar (que o mundo futebolístico cá do burgo já lhe tinha atribuído como seu desígnio perpétuo). A coalisão drapiã é a demonstração inequívoca que BdC stá a fazer um magnífico trabalho à frente do nosso clube. Também concordo que BdC e J. Jesus, principalmente, na questão eestratégica, no concernente ao discurso futebolístico, falaram demais e acabaram por unir as galinhas, num período em que o galinheiro andava desavindo e que duvidava muito da liderança de Rui Pinho.
Coalizão e não coalisão! Ou seja coligação política.
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