JESUS E A SELECÇÃO
«Julgo que Jorge Jesus nunca será seleccionador nacional. Ele é o tipo de treinador que gosta de sentir o stress diário, de viver a intensidade do treino, de aperfeiçoar os jogadores, de cuidar de todos os pormenores – e nada disso é compatível com treinar a Selecção.
Mas, mesmo não sendo seleccionador, Jesus está a influenciar mais a Selecção portuguesa do que muitos que por lá passaram. Porquê? Porque Fernando Santos, à falta de um avançado centro com classe (o último foi Pauleta), decidiu adoptar o sistema táctico que Jesus implantou quando chegou ao Benfica -- com dois avançados móveis. E a verdade é que essa mudança transfigurou a Selecção. A bisonha equipa de Fernando Santos, que praticava um futebol triste, deu lugar nos últimos jogos a uma equipa alegre, criando sucessivas oportunidades de golo. É certo que o sistema ainda não está rotinado. Mas a primeira meia hora contra a Bulgária e a 1ª parte contra a Bélgica deram boas indicações.
Mesmo Ronaldo pode beneficiar deste sistema. Como extremo, começa a desgastar-se muito. Como avançado centro, vê-se entalado entre os dois centrais e fica perdido. Mas, tendo outro avançado ao lado, ganha mobilidade e pode encontrar espaços que noutro modelo não teria. E o que se diz para Ronaldo vale para Nani.
Aliás, a táctica vulgarizada por Jorge Jesus não frutificou só na Selecção. Também Rui Vitória, que sempre jogou em 4x3x3, adoptou o 4x4x2 e tem-se dado bem. É caso para dizer que Jesus está a mudar o futebol português.»
Desconfio que um dia ainda havemos de assistir à construção de uma estátua de Jorge Jesus e à maior polémica de sempre do futebol tuga: onde veremos essa estátua ser colocada?!...
Desconfio também que será o tempo a dar a resposta!...
Leoninamente,
Até à próxima
eh eheh!! Tacuara Cardoso um avançado móvel!! TÁ CERTO!
ResponderEliminar... e que tal um artigo sobre arquitectura?
Na época transacta era assim, com Lima e Jonas, ou era "arquitectura"?!...
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