BOM NOME
«O caso do regresso do ciclismo ao Sporting foi, é preciso dizê-lo, uma trapalhada. Não se anuncia uma parceria antes dela estar totalmente fechada. Depois dela não avançar, não se tornam públicas dúvidas sobre a seriedade do parceiro sem ter acusações claras a fazer. Se são apenas dúvidas ficam connosco e opta-se por uma reação lacónica. Mesmo que ela não agrade a jornalistas e sócios. E sobretudo não se diz que se foi alertado por sócios não identificados.
Dito isto, fiquei satisfeito com o desfecho. Não porque tenha mais informações sobre o recurso do W52 ao doping. Mas porque, reagindo às dúvidas levantadas, Nuno Ribeiro, director desportivo da equipa, avançou com um processo contra Bruno de Carvalho e disse o seguinte: "O desporto em Portugal não pode ficar refém de juízos gratuitos, ofensivos e infundados por parte de dirigentes que colocam em causa o bom nome, honra e consideração de todos que não lhe prestam vassalagem." Poderia ter razão o ex-ciclista. Dá-se o caso do mesmíssimo Nuno Ribeiro ter sido, como é público, desclassificado da Volta a Portugal em 2009, pelo recurso a doping, o que fez a sua equipa perder o patrocínio e a ele próprio ter sido desclassificado de uma prova que ganhara, ficando suspenso por dois anos. Não fica bem a alguém com este currículo falar de juízos infundados e ofensivos quando se levantam dúvidas sobre doping. As dúvidas sobre a sua relação com o doping são não apenas fundadas como públicas. O "bom nome" não é propriedade universal. É um património que se constrói.»
Dito isto, fiquei satisfeito com o desfecho. Não porque tenha mais informações sobre o recurso do W52 ao doping. Mas porque, reagindo às dúvidas levantadas, Nuno Ribeiro, director desportivo da equipa, avançou com um processo contra Bruno de Carvalho e disse o seguinte: "O desporto em Portugal não pode ficar refém de juízos gratuitos, ofensivos e infundados por parte de dirigentes que colocam em causa o bom nome, honra e consideração de todos que não lhe prestam vassalagem." Poderia ter razão o ex-ciclista. Dá-se o caso do mesmíssimo Nuno Ribeiro ter sido, como é público, desclassificado da Volta a Portugal em 2009, pelo recurso a doping, o que fez a sua equipa perder o patrocínio e a ele próprio ter sido desclassificado de uma prova que ganhara, ficando suspenso por dois anos. Não fica bem a alguém com este currículo falar de juízos infundados e ofensivos quando se levantam dúvidas sobre doping. As dúvidas sobre a sua relação com o doping são não apenas fundadas como públicas. O "bom nome" não é propriedade universal. É um património que se constrói.»
Dentro do registo a que já nos habituou, esta crónica de Daniel Oliveira surge-nos como irrefutável e arrasadora para qualquer das duas partes envolvidas no desgradável e triste processo do regresso ao ciclismo do Sporting Clube de Portugal.
E se a análise que faz da posição tomada por Nuno Ribeiro denuncia o quão insustentável e ridícula é a argumentação do hoje director desportivo da W52, cuja prometida acção judicial contra o presidente do Sporting Clube de Portugal, acabará necessariamente por ser condenada à improcedência em qualquer instância competente, resultando por isso tão inócua como o seria uma eventual declaração de inocência de Bernard Lawrence Madoff, nada mais importará acrescentar. O pouco lúcido director e controverso ex-ciclista, que já antes navegava com lama até ao pescoço, parece continuar convencido que só ele levará o passo certo e nem se apercebe do declive do caminho: quanto mais persistir em caminhar na mesma direcção mais a lama subirá, até ao dia em que lhe cobrirá a cabeça! Uma pena...
Já quando se analisa todo o processo sob a óptica do Sporting, a coisa muda radicalmente de figura. Primeiro, porque muito tempo há-de passar até que os sportinguistas se esqueçam da tremenda "trapalhada" em que Vicente de Moura e Bruno de Carvalho se meteram. Depois porque quanto mais argumentos ambos aduzirem aos "farrapos" até agora invocados, mais aumentará a distância entre a emenda e o soneto...
E se a análise que faz da posição tomada por Nuno Ribeiro denuncia o quão insustentável e ridícula é a argumentação do hoje director desportivo da W52, cuja prometida acção judicial contra o presidente do Sporting Clube de Portugal, acabará necessariamente por ser condenada à improcedência em qualquer instância competente, resultando por isso tão inócua como o seria uma eventual declaração de inocência de Bernard Lawrence Madoff, nada mais importará acrescentar. O pouco lúcido director e controverso ex-ciclista, que já antes navegava com lama até ao pescoço, parece continuar convencido que só ele levará o passo certo e nem se apercebe do declive do caminho: quanto mais persistir em caminhar na mesma direcção mais a lama subirá, até ao dia em que lhe cobrirá a cabeça! Uma pena...
Já quando se analisa todo o processo sob a óptica do Sporting, a coisa muda radicalmente de figura. Primeiro, porque muito tempo há-de passar até que os sportinguistas se esqueçam da tremenda "trapalhada" em que Vicente de Moura e Bruno de Carvalho se meteram. Depois porque quanto mais argumentos ambos aduzirem aos "farrapos" até agora invocados, mais aumentará a distância entre a emenda e o soneto...
O Sporting não merece isto!...
Leoninamente,
Até à próxima
Também concordo...: o Sporting não merece isto...mas merece todo o resto que de bem feito o BC tem feito pelo Clube...
ResponderEliminarSL
Até poderei concordar, amigo Max. Mas "disto" não havia mesmo necessidade!...
EliminarSL
Mais uma excelente crónica de Daniel Oliveira. Está lá tudo. Mesmo para mim que acho excelente o trabalho de BdC e a sua direcção têm feito em todos os campos para o renascimento do orgulho sportinguista! SL
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