Exemplo de boa imprensa!... |
Estoril-Sporting, 1-1: Que maçada, tios!
ESTORIL E SPORTING PARECIAM NÃO QUERER JOGAR, QUANTO MAIS CANSAREM-SE A TENTAR GANHAR TRÊS PONTOS QUE DE POUCO LHES SERVIRIAM. NEM POR RESPEITO AOS POUCOS ADEPTOS AS DUAS EQUIPAS PUSERAM UM POUCO MAIS DE INTENSIDADE NA FUNÇÃO
Domingo, 10 Maio de 2015 | 21:25
Autor: ANTÓNIO VARELA
"Desconcertante. O que há a dizer de um jogo em que as duas equipas não quiseram ganhar? O Estoril jogava em casa e nada o inquietava – nem a ambição de chegar à Liga Europa, nem o perigo de descer de divisão. O Sporting era o 3.º classificado já com o playoff da Liga dos Campeões garantido e em momento algum acreditou ser possível concretizar as hipóteses matemáticas de chegar ao 2.º lugar. O que havia a fazer? Talvez jogar para os poucos adeptos que foram ao estádio. Mas a tentativa foi fraca e falhou.
Estigmatizado por uma época pouco conseguida, face ao que foram os anos em que Marco Silva deixou marca na Amoreira, o Estoril mostrou não querer, acima de tudo, perder o jogo e o treinador Fabiano Soares utilizou o 4x2x3x1 dos tempos de José Couceiro, com as linhas juntíssimas, sem dar espaço a um adversário que só tinha um remédio para opor a esta estratégia: velocidade.
E velocidade era o que o Sporting de ontem, concentradíssimo na final da Taça de Portugal, não tinha para oferecer ao jogo. Ao contrário de outras jornadas, Marco Silva ainda alinhou uma equipa muito aproximada do melhor onze, na qual pontificava o meio-campo titular, com William Carvalho, Adrien e João Mário. Mas a equipa não vive de nomes e os resultados não se conseguem com intenções. Faltou acção aos leões frente a um adversário que procurou bloquear o jogo.
Fabiano Soares fez encostar Diogo Amado e Filipe Gonçalves em Adrien e João Mário, e resolveu metade do problema do Estoril. Pediu a Anderson Luís e Babanco para não darem espaço a Carlos Mané e Carrillo e solucionou a outra metade. O Sporting ficou preso e pouco fez para se libertar.
Mas aconteceu um imprevisto: o golo! O Estoril aproveitou a reduzida agressividade defensiva do Sporting e conseguiu chegar à vantagem. O lance foi construído na esquerda, mas foi finalizado por Sebá, que apareceu da direita – aqui ficou bem exposto o reduzido compromisso que os leões tinham com o jogo.
O intervalo acrescentou intensidade ao futebol do Sporting. A equipa apareceu mais activa e em pouco tempo conseguiu encostar o adversário à sua área defensiva. Primeiro, Montero cabeceou ao lado (49’), mas pouco depois o Estoril foi obrigado a cometer uma falta junto à área e daí nasceu o golo do empate.
De seguida sucederam duas oportunidades, uma para cada equipa, mas a ilusão de ter nascido um novo jogo terminou aí.
Marco Silva tirou João Mário, o melhor elemento da equipa, e fez entrar Tanaka, alterando o desenho táctico para um 4x4x2 que já esta época tinha provado não ser o mais adequado ao Sporting rotinado noutras mecânicas. William Carvalho e Adrien ficaram a jogar pelo meio; o ponta-de-lança japonês foi fazer companhia a Montero; e os extremos passaram a ter novas exigências.
A resposta que Fabiano Soares encontrou foi o golpe final nas esperanças que os adeptos pudessem ter em ver mais golos. O treinador do Estoril quis ter um terceiro central em campo para continuar a dispor de superioridade numérica face aos atacantes do Sporting: Bruno Nascimento juntou-se a Yohan Tavares e Rúben Fernandes para neutralizar Montero e Tanaka. Mas isso não significou que os laterais se tivessem libertado mais. Pelo contrário. Anderson Luís e Babanco mantiveram-se vigilantes em relação a Carrillo e Capel (substituto de Carlos Mané) e a defesa passou a ser constituída por cinco elementos. E sem Kléber na frente, o 4x2x3x1(?) do Estoril acabou num 5x5, desprovido de qualquer atacante, já que Balboa e Sebá continuaram abertos nas alas.
Acabou numa bizarria táctica a última atitude dos canarinhos, frente a um Sporting que não esteve para se maçar.
(Record/Premium)
Estigmatizado por uma época pouco conseguida, face ao que foram os anos em que Marco Silva deixou marca na Amoreira, o Estoril mostrou não querer, acima de tudo, perder o jogo e o treinador Fabiano Soares utilizou o 4x2x3x1 dos tempos de José Couceiro, com as linhas juntíssimas, sem dar espaço a um adversário que só tinha um remédio para opor a esta estratégia: velocidade.
E velocidade era o que o Sporting de ontem, concentradíssimo na final da Taça de Portugal, não tinha para oferecer ao jogo. Ao contrário de outras jornadas, Marco Silva ainda alinhou uma equipa muito aproximada do melhor onze, na qual pontificava o meio-campo titular, com William Carvalho, Adrien e João Mário. Mas a equipa não vive de nomes e os resultados não se conseguem com intenções. Faltou acção aos leões frente a um adversário que procurou bloquear o jogo.
Fabiano Soares fez encostar Diogo Amado e Filipe Gonçalves em Adrien e João Mário, e resolveu metade do problema do Estoril. Pediu a Anderson Luís e Babanco para não darem espaço a Carlos Mané e Carrillo e solucionou a outra metade. O Sporting ficou preso e pouco fez para se libertar.
Mas aconteceu um imprevisto: o golo! O Estoril aproveitou a reduzida agressividade defensiva do Sporting e conseguiu chegar à vantagem. O lance foi construído na esquerda, mas foi finalizado por Sebá, que apareceu da direita – aqui ficou bem exposto o reduzido compromisso que os leões tinham com o jogo.
O intervalo acrescentou intensidade ao futebol do Sporting. A equipa apareceu mais activa e em pouco tempo conseguiu encostar o adversário à sua área defensiva. Primeiro, Montero cabeceou ao lado (49’), mas pouco depois o Estoril foi obrigado a cometer uma falta junto à área e daí nasceu o golo do empate.
De seguida sucederam duas oportunidades, uma para cada equipa, mas a ilusão de ter nascido um novo jogo terminou aí.
Marco Silva tirou João Mário, o melhor elemento da equipa, e fez entrar Tanaka, alterando o desenho táctico para um 4x4x2 que já esta época tinha provado não ser o mais adequado ao Sporting rotinado noutras mecânicas. William Carvalho e Adrien ficaram a jogar pelo meio; o ponta-de-lança japonês foi fazer companhia a Montero; e os extremos passaram a ter novas exigências.
A resposta que Fabiano Soares encontrou foi o golpe final nas esperanças que os adeptos pudessem ter em ver mais golos. O treinador do Estoril quis ter um terceiro central em campo para continuar a dispor de superioridade numérica face aos atacantes do Sporting: Bruno Nascimento juntou-se a Yohan Tavares e Rúben Fernandes para neutralizar Montero e Tanaka. Mas isso não significou que os laterais se tivessem libertado mais. Pelo contrário. Anderson Luís e Babanco mantiveram-se vigilantes em relação a Carrillo e Capel (substituto de Carlos Mané) e a defesa passou a ser constituída por cinco elementos. E sem Kléber na frente, o 4x2x3x1(?) do Estoril acabou num 5x5, desprovido de qualquer atacante, já que Balboa e Sebá continuaram abertos nas alas.
Acabou numa bizarria táctica a última atitude dos canarinhos, frente a um Sporting que não esteve para se maçar.
(Record/Premium)
Decidi deixar por aqui esta crónica de António Varela, publicada ao princípio da noite de ontem na edição digital do jornal Record - rubrica Premium, apenas acessível a assinantes -, por constituir a meu ver, o branqueamento da correcta análise que deveria ser feita daquilo que ontem ao fim da tarde aconteceu na Amoreira.
"Concentradíssimo na final da Taça de Portugal, o Sporting não esteve para se maçar"! Eu apenas gostaria de acrescentar uma simples e única palavra: ninguém do Sporting esteve para se maçar!...
Quanto não vale ter uma boa imprensa!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
"Concentradíssimo na final da Taça de Portugal, o Sporting não esteve para se maçar"! Eu apenas gostaria de acrescentar uma simples e única palavra: ninguém do Sporting esteve para se maçar!...
Quanto não vale ter uma boa imprensa!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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