O factor humano
«1. Imagine que depois de uma série de relações falhadas encontra a pessoa certa.. A relação dura há mais de 4 anos. Nunca foi tão feliz. Tem as conversas mais arrebatadoras, atinge objectivos profissionais que julgava impensáveis, dedica-se de corpo e alma a essa pessoa. Os seus amigos dizem que encontrou uma das melhores pessoas do mundo. As juras de amor são constantes. De repente, inopinadamente, a relação termina, essa pessoa abandona-a. Deprime, questiona tudo, sente-se ferido. Ao lado, pode estar a Miss Mundo interessada em si, você nem olha para ela.
Passe o exagero, é esta a situação do Sporting, do seu plantel e adeptos. Seja quem for o treinador, há um processo de "luto" que é inevitável. Ter um treinador melhor nestes dias é tratar os sintomas e não a doença. A doença só o tempo cura. Culpar João Pereira é o mais fácil. Não sei se é bom ou mau. Talvez ninguém venha a saber. O erro de palmatória foi consagrar uma cláusula que permitiu a Amorim sair a meio da época. Pensem: na história do futebol, muito raros são os casos em que a seguir a grandes treinadores com longevidade nos respectivos clubes não suceda uma perda. A meio da época, ainda pior, não me lembro de nenhum.
2. Doutro modo, vejam o Farense. Parece outra equipa. Depois de 6 derrotas, e com a entrada de Tozé Marreco, transfigurou-se. Não é que José Mota tivesse feito um mau trabalho. Era preciso um novo ânimo. Um novo factor humano, uma nova paixão.
3. Dizemos que o futebol é um jogo de emoções, mas depois queremos que seja completamente racional. Não é. Nunca será.»
É preciso um novo ânimo!...
Leoninamente,
Até à próxima
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