Glória aos apurados e honra aos eliminados
Mereciam os dois, mas só um pode lá estar. O Sporting foi melhor na primeira mão e o Benfica ontem, na Luz. Neste caso, não terá sido suficientemente melhor, pois não conseguiu operar a reviravolta na eliminatória.
Notou-se, no jogo de ontem, diferenças em relação ao futebol produzido pelas duas equipas ao longo da época?
O Sporting mostrou sempre uma dinâmica que o Benfica nunca teve. Chegámos ao princípio de Abril e, enquanto os leões apresentavam princípios de jogo bem definidos e um sistema táctico absorvido, as águias estiveram sempre às apalpadelas. A dupla ideal de médios-centro só agora foi encontrada, ao contrário, por exemplo, do ponta-de-lança, em que nenhum dos jogadores do trio disponível se conseguiu impor de forma inequívoca.
Mas ontem foi diferente?
O Sporting jogou o habitual. O Benfica terá apresentado, muito provavelmente, o melhor futebol da temporada, principalmente na primeira parte. Ou seja, com o Sporting a jogar bem como sempre e o Benfica no seu melhor, assistimos a um magnífico jogo de futebol. Foi intenso, com ritmo elevado, soberbo do ponto de vista técnico-táctico, teve emoção, golos e jogadas de fino recorte técnico. Foi um regalo para quem assistiu e só é pena que um dos rivais tenha ficado pelo caminho.
Mesmo assim, ninguém fez um jogo perfeito?...
Claro, o Benfica não teve, uma vez mais, um guarda-redes à altura. Trubin falhou (no segundo golo), tal como já tinha acontecidos nos jogos com Salzburgo, Casa Pia, Estrela da Amadora e FC Porto, por exemplo. No processo ofensivo, por outro lado, a equipa continua excessivamente dependente de Di María. Tem de haver outro padrão de jogo no momento de atacar o último terço do terreno. Colocar invariavelmente a bola nos pés do argentino e esperar que ele resolva, ou através de dribles sucessivos ou pelo cruzamento em trivela para a grande área, não parece o método mais eficaz.
O Sporting também tem lacunas?...
Claro. Rúben Amorim detectou-as, mas não as resolveu por completo. As substituições ao intervalo (saíram Esgaio, Diomande e Nuno Santos e entraram Geny Catamo, St. Juste e Matheus Reis, respetivamente) permitiram equilibrar um pouco o jogo. Por exemplo, o lado direito da defesa continuou permissivo, embora tenha, na sua faceta ofensiva, colocado em sentido Aursnes e seus pares.
Há novo dérbi no sábado. O que esperar dele?
Se tiver 50 por cento do espectáculo ontem proporcionado, já nos podemos dar por felizes. Apesar de o jogo ser, desta feita, em Alvalade, está em causa algo semelhante. O empate interessa ao Sporting e o Benfica tem de ganhar. No que à Liga diz respeito, os leões dependem apenas de si próprios. As águias, mesmo vencendo o próximo dérbi, vão precisar sempre de uma escorregadela do rival para alcançarem o primeiro lugar.»
Depois do dérbi de ontem, Amorim acredita na dobradinha...
E os Sportinguistas ainda mais!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário