Maus hábitos e boas práticas
Fernando Gomes sentiu a necessidade de recordar que à mulher de César não basta ser honesta
«1 Não deixa de ser relevante que Fernando Gomes tenha sentido a necessidade de recordar, por carta dirigida aos presidentes dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol, que os elementos que os integram não devem solicitar nenhum tipo de oferta a qualquer agente desportivo. Nem deixa de ser significativo que a missiva mencione de forma específica os pedidos de bilhetes para jogos de futebol. Afinal, a oferta de ingressos, precisamente a elementos de órgãos sociais da FPF, é um dos temas levantados em alguns dos alegados emails recentemente divulgados pelo Porto. Sendo obviamente de louvar a preocupação do presidente da Federação com a moralização do futebol português, o facto de sentir a necessidade de o fazer precisamente agora e de forma pública há de significar alguma coisa. Quer dizer, se os maus hábitos não existissem, não havia necessidade de recordar as boas práticas, pois não?
2 Dois clássicos nas últimas cinco jornadas do campeonato significam que, em princípio e salvo algum bruxedo, a luta pelo título vai durar até ao fim. De resto, a acumulação de condicionantes ao sorteio nas primeiras jornadas acaba por ter esse efeito na arrumação possível dos jogos, protegendo os três grandes. Claro que para proteger uns é inevitável desproteger outros e se Benfica, Porto e Sporting têm arranques relativamente acessíveis, o mesmo não se pode dizer, por exemplo, do Braga, que nas primeiras quatro jornadas vai à Luz e recebe os dragões. A prova de que nesta, como noutras lutas entre elefantes, quem perde é o capim.»
(Jorge Maia, Opinião, in O Jogo)Fernando Gomes sentiu a necessidade de recordar que à mulher de César não basta ser honesta
«1 Não deixa de ser relevante que Fernando Gomes tenha sentido a necessidade de recordar, por carta dirigida aos presidentes dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol, que os elementos que os integram não devem solicitar nenhum tipo de oferta a qualquer agente desportivo. Nem deixa de ser significativo que a missiva mencione de forma específica os pedidos de bilhetes para jogos de futebol. Afinal, a oferta de ingressos, precisamente a elementos de órgãos sociais da FPF, é um dos temas levantados em alguns dos alegados emails recentemente divulgados pelo Porto. Sendo obviamente de louvar a preocupação do presidente da Federação com a moralização do futebol português, o facto de sentir a necessidade de o fazer precisamente agora e de forma pública há de significar alguma coisa. Quer dizer, se os maus hábitos não existissem, não havia necessidade de recordar as boas práticas, pois não?
2 Dois clássicos nas últimas cinco jornadas do campeonato significam que, em princípio e salvo algum bruxedo, a luta pelo título vai durar até ao fim. De resto, a acumulação de condicionantes ao sorteio nas primeiras jornadas acaba por ter esse efeito na arrumação possível dos jogos, protegendo os três grandes. Claro que para proteger uns é inevitável desproteger outros e se Benfica, Porto e Sporting têm arranques relativamente acessíveis, o mesmo não se pode dizer, por exemplo, do Braga, que nas primeiras quatro jornadas vai à Luz e recebe os dragões. A prova de que nesta, como noutras lutas entre elefantes, quem perde é o capim.»
Começando pelo ponto 2 da crónica, julgo que Jorge Maia ainda não se terá apercebido que o "capim" é como as putas: quanto mais leva nos cornos, é calcado e espezinhado, mais se agacha e jura amor eterno ao azeiteiro! Uma questão que talvez só Sigmund Freud fosse capaz de desvendar se ainda por cá andasse!...
Passando ao primeiro ponto, finalmente um jornalista descobriu a quem afinal era dirigida a mensagem de Fernando Gomes: "se os maus hábitos não existissem, não havia necessidade de recordar as boas práticas"!...
Tenho dúvidas é se o destinatário chegará a entender a mensagem de Jorge Maia e, se porventura andar por lá um iluminado qualquer que a saiba ler, se o "janela" não lançará de imediato uma "cartilha de fumo"!...
O homem nem há-de dormir com tanto trabalho!...
Leoninamente,
Até à próxima
Gostei especialmente do "capim" e do "azeiteiro"
ResponderEliminarAo Leão17 direi que fiz uma boa parte da minha carreira académica no Porto.
EliminarPronto, Leão17 já está no meu blogroll. Gosto. Nem de porrada são fartos! Força, é dar-lhes sem dó nem piedade!...
SL
Eu fiz até ao antigo sétimo em Aveiro e, mais tarde por razões profissionais, 3 anos no Porto
ResponderEliminarPois então não querem lá ver que somos vizinhos?! É que dos 13 aos 18 também foi Aveiro a minha base académica! O mundo é pequeno...
EliminarLiceu Nacional de Aveiro. Reitor o "Vindimas"
EliminarEu segui a via tácnica para acesso ao ISEP. Por isso frequentei o curso de Electricidade na EICA, complementado com os dois anos preparatórios, na altura exigidos para entrada em engenharia. Fui para o Porto com 18 anos, ainda o ISEP era na Rua do Breiner. Velhos tempos...
EliminarComo?... Eu, dos 13 aos 16! Só me lembro do Prof Estima, de Historia.
EliminarVivia num Centro de Estudos, ali à R.José Estêvão, onde conheci o José Júlio, anos depois Comandante Abrantes Serra (Forte de Caxias) -chegaram a conhecê-lo? E podem juntar o António Bernardino e o Manuel Freire...