A MEDIDA QUE FALTA AO PRESIDENTE DA UEFA
«O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, já percebeu que as actuais medidas do Fair Play Financeiro estão a ser facilmente contornadas pelos grandes clubes europeus e a prova disso é a avultada quantidade de negócios megalómanos que têm existido neste defeso. Os 150 milhões de euros que o Manchester City pagou por três laterais, os 180 que o Real Madrid promete pagar por Mbappé ou, até, os 222 milhões de euros da cláusula de Neymar que o PSG equaciona pagar são disso exemplo. Esta semana, o jornal italiano 'Gazzetta dello Sport' revelou que Ceferin pensa em três medidas a implementar de imediato e todas elas fazem lembrar... a Major League Soccer, dos Estados Unidos, onde o equilíbrio é a palavra de ordem.
O tecto salarial, um limite ao número de jogadores de cada plantel e o falado imposto de luxo fazem lembrar os orçamentos delimitados para todos os clubes da MLS, o máximo de 28 jogadores que qualquer equipa pode ter (20 sob um determinado orçamento e 8 sub-25 com outro também limitado) e ainda o termo de 'Designated Player', destinado a dois craques por equipa, cujo salário pode ultrapassar o orçamento. Obviamente que são ainda ideias em estudo mas que pretendem equilibrar o futebol europeu e pôr fim a um fosso que aumenta cada vez mais entre os gigantes endinheirados e os restantes clubes.
Mas Ceferin tem-se 'esquecido' de um pormenor muito importante, que promove também o desequilíbrio indesejado ano após ano. E que já tem sido alvo de fortes críticas de vários treinadores mas continua sem ser alterado: é uma aberração o mercado de transferências fechar só no dia 31 de Agosto. Sofrem as equipas mais pequenas, que iniciam as épocas com uma equipa e podem perder jogadores-chave até esse dia, podendo ser obrigadas a redefinir objectivos no dia 1 de Setembro. Porque se os gigantes podem pagar o que for preciso até 31 de Agosto, outras equipas não têm essa capacidade financeira para chegar, apresentar o dinheiro e trazer o atleta. O presidente da UEFA deve redefinir a data do fecho do mercado para mais cedo (talvez a 31 de Julho ou, no máximo, 10 de Agosto) para que esse equilíbrio pretendido tenha pernas para andar. Enquanto assim for, haverá sempre equipas a iniciar campeonatos sem saber com o que contar a partir de 1 de Setembro...»
(Hugo Neves, Linha Directa, in Record)
Completamente de acordo com a ideia central do assertivo e oportuno texto de Hugo Neves. O mercado deveria fechar inexoravel e implacavelmente dentro de três dias. Prolongar o "sofrimento" por mais 10 dias seria uma concessão que os clubes mais ricos, os tubarões europeus, de modo algum mereceriam.
Veremos até onde irá a coragem de Ceferin!...
Leoninamente,
Até à próxima
Parece-me que os lampiões, à boa maneira portuguesa, já vêm antecipando certas limitações em empréstimos ou quantidade de jogadores inscritos.
ResponderEliminarRecordo o caso do Miguel Rosa, cujo passe pertencia ao Belenenses, mas nunca jogava contra os lampiões; há os casos de uns quantos jogadores que os lampiões "venderam" a outros clubes da 1ª Liga, ficando eles com 50% dos direitos desportivos e o jogador com o dever de ir para a bancada nos jogos entre os 2 clubes (muito gostaria de saber o que pagam os 50% que os lampiões oferecem...)
Este forrobodó já há muito que deveria ter merecido uma intervenção enérgica da FPF, na ausência da Liga -mas eles têm outras preocupações, penso eu (de que, como dizia o outro)