«... O primeiro dia "a sério" de Jorge Jesus na Academia de Alcochete correspondeu às expectativas da esmagadora maioria dos jogadores: quem conhecia minimamente os métodos de trabalho do ex-técnico do Benfica já estava a contar com uma "tareia das antigas"; quem não conhecia chegou ao fim da segunda sessão de trabalho do dia com a nítida sensação de que poderia não conseguir conduzir até à respectiva habitação devido... ao cansaço.
Num plano preparado ao pormenor pela nova equipa técnica do Sporting, Jorge Jesus liderou uma sessão de trabalho com um total de quatro horas: duas de manhã e as restantes pela parte da tarde.
No apronto vespertino, o físico voltou a ser o prato forte. Os jogadores foram levados ao limite na Academia de Alcochete, mas sempre com a bola integrada nos exercícios. Seguiu-se o almoço, o descanso nas instalações dos verdes e brancos e... mais duas horas "a abrir" com Jesus. A partir das 18 horas a bola voltou a ser uma das melhores amigas dos atletas. Sem entrar em grandes noções tácticas, o treinador já deu algumas indicações relativamente ao posicionamento e às movimentações. Jorge Jesus foi sempre muito interventivo e, quando necessário, parou o treino. É uma das suas imagens de marca.»
Com "tareias das antigas", sempre "a abrir", a deixar os jogadores "com a nítida sensação de que poderiam não conduzir até casa devido ao cansaço", e permanentemente "interventivo ao ponto de, quando necessário, parar o treino" para repetir aquilo que não foi bem feito! Há muito que se conhece esta imagem de marca de Jorge Jesus! E desde os gloriosos tempos de Roger Spry que se perderam estes hábitos em Alvalade e mais ainda, na Academia Sporting, transformada que foi, com fugazes excepções, num acolhedor campo de férias, sempre pelos mesmos motivos: o tradicional "porreirismo" dos técnicos que têm passado por Alcochete.
Com Jorge Jesus "não há água para os pintaínhos no Inverno"! Com ele apenas existe um processo de treino: no duro e com o máximo de profissionalismo e grau de exigência! Todos o sabem, excepto aqueles que nunca lhe passaram pelas mãos! Mas ainda vão a tempo os que agora, em Alcochete, decidirem alimentar a esperança de ficar com ele nesta época do "tudo ou nada"! Veremos quem o acompanhará nesta "nova aventura leonina"!...
Entretanto, cá fora à porta da Academia, vão-se desenvolvendo os últimos capítulos da "novela marconiana" cujo epílogo já se adivinha e a que alguém, muito apropriadamente, já chamou de "agenda própria". Num preciosismo táctico que inclui a presença da GNR. Preciosismo que contrasta com a "superficialidade" que a equipa evidenciou tacticamente ao longo de toda a época que agora terminou, descurando positivamente a defesa, ao contrário daquilo que, maquiavelicamente, agora intenta conseguir. Mas ainda haverá por aí quem não se aperceba dos requintes deste tacticismo e coloque em todos os protagonistas, alvas e puras asas de anjo!
Anjinhos!...
Leoninamente,
Até à próxima
Amigo Álamo, fico feliz por saber que JJ está a transformar Alcochete num verdadeiro "campo de batalha" e não a dar continuidade ao anterior "campo de férias"...
ResponderEliminarQt ao que se vai passando cá fora à porta da Academia, estou enojada de ver esses indivíduos a insistirem sempre na mesma tecla, será que se querem juntar aos treinos de JJ? Querem demonstrar que são grandes profissionais???!!!! Então pq não o fizeram ao longo da época transacta???!!!! E a "novela marconiana" lá vai continuando ao sabor da tal "agenda própria"....
SL
Sem receio de alguma vez ser criticado por assumir essa convicção, é excatamente essa a fotografia que guardo das "falinhas mansas" da triste "novela marconiana" a que nos sujeitámos durante uma época inteira! E o despautério daquilo que muitos de nós já concluíram sobre a boa imprensa desse "pseudo-projecto", vai ao ponto de alguma dessa mesma imprensa já chamar à Taça de Portugal gloriosamente conquistada pelo Sporting Clube de Portugal, de... "taça de marco silva", quando a verdade manda que seja dito que o mesmo fez tudo quanto foi capaz para perdê-la!...
EliminarJá não há pachorra para aturar mais esta "boa imprensa" e muito menos para assistir a mais episódios de tão nojenta novela! Por mim eram despedidos ontem com justa causa e depois os tribunais que decidissem! Chega de ver brincar meia dúzia de garotos, com uma instituição com 109 anos de gloriosa e respeitável história!...
SL
Caro Álamo,
ResponderEliminarGostei muito que tivesse recordado os tempos de "Roger Spry"...
Se o Jorge Jesus quiser... eu falo com uns instrutores dos Fuzileiros e ... traz-se a rapaziada a Vale de Zebro para eles se fazerem Homens...
Não queremos cá "anjos", nem "anjinhos", queremos Homens de carácter forte! E, desde que esta Direcção Leonina entrou eu senti que é isso que o SCP vai voltar a formar... Homens com carácter e fortes convicções!
SL
Estimado amigo YaZalde a alusão que faz a Vale de Zebro fez-me recordar com nostálgica saudade os velhos e saudosos tempos em que, como cadete da Reserva da Marinha, ali fiz parte da minha instrução militar. Foram quatro meses que me marcaram para sempre e por isso estou em condições de corroborar em absoluto a sua sugestão: talvez não fosse má ideia para muitos dos nossos jovens talentos da Academia e outros que por ali tiveram o privilégio de aterrar conhecerem, nem que fosse ao de leve, as agruras das exigências dos duros percursos de obstáculos e pistas de lodo de Vale de Zebro, bem condimentadas com o rigor e a disciplina dos instrutores que tive a felicidade de encontrar. Aquilo é um mundo diferente e sem receio de errar, direi que terá sido a melhor fase de aprendizagem da minha vida: entra-se garoto e sai-se homem; entra-se macio e sai-se duro como o aço; dali ninguém sai igual à pessoa que é quando entra!...
EliminarMas os tempos serão outros e as armas que Jorge Jesus hoje utilizará serão outras , algo diferentes, ainda que os objectivos apontem na mesma direcção. Seja como for, espero que nunca as mãos lhe doam!...
Abraço e SL
Também eu caro Álamo desde tenra idade conheci a realidade de Vale de Zebro!
EliminarCuriosamente, desde os 16 ou 17 anos de idade que frequentei aquelas "saudosas" pistas de lodo e de obstáculos... E depois ainda havia as intermináveis corridas pela mata da machada (em frente ao aquartalemento)... foram anos de "moldar o aço"... Por isso ficou vincado o forte carácter, a frontalidade mas sobretudo a lealdade dentro e fora de combate... Por isso, tantas e tantas revoltas com o estado a que, não só o Desporto português chegou, mas também o próprio País...
Se Jesus quiser eu arranjo maneira dessa rapaziada ali "estagiar"... Palavra de Leão!
SL