domingo, 1 de abril de 2018

"Para o ano é que é"!...


TUDO ACABARÁ COM O "PARA O ANO É QUE É"?

«E agora, Sporting? Poderá uma eventual presença na final da Liga Europa ou uma vitória na Taça de Portugal – como aconteceu há três anos, com Marco Silva, lembram-se? – fazer esquecer o terceiro falhanço consecutivo da era Jesus na conquista do título? E se os leões, com um calendário mais difícil que o Sp. Braga, perderem ainda o terceiro lugar? Tudo se resumirá de novo ao clássico "para o ano é que é"? O que mais me surpreende é o modesto rendimento da equipa, que não será a ausência de William, na Pedreira, que conseguirá explicar. Daí que a partida da próxima quinta-feira possa apontar um destino. Porque pior do que fracassar na liga seria juntar-lhe a perda do resto que está em jogo. E tendo em conta que Atlético de Madrid e FC Porto são os obstáculos que se seguem, a missão de Jorge Jesus parece impossível...»
(Alexandre Pais, Outra vez segunda-feira, in Record)


Com amargura o confesso, mas também me parece que não apenas "a partida da próxima quinta-feira possa apontar um destino", como esse destino acabará por ser selado nos "tira-teimas" das segundas-mãos, primeiro com o mesmo Atlético de Madrid passada uma semana e depois, "para acabar a vindima",  com o Porto para a Taça de Portugal, quase outra semana depois!...

Se àquilo que o Sporting vinha evidenciando desde o princípio de 2018, somarmos o jogo incaracterístico e inconsequente que ontem lhe vimos fazer em Braga, mesmo reconhecendo que no futebol não haverá impossíveis, poucos sportinguistas já acreditarão na possibilidade de Jorge Jesus se sair airosamente de uma época que infileirará no lote das piores dos últimos anos da "era do croquete", se quisermos ser justos e não abdicarmos de estabelecer a relação entre custos e resultados!...

Se consideramos o "plano inclinado" em que o Sporting tem vindo a escorregar desde o triunfo na Super Taça e a categórica vitória por 3-0 na Luz, no início da primeira época de JJ em Alvalade, qualquer treinador digno e consciente das suas responsabilidades numa instituição com a grandeza do Sporting, seria o primeiro a pedir escusa ao cumprimento do acordo estabelecido com o Clube para um quarta época, mesmo que no bolso lhe tilintasse a chave de lata que lhe deu o triunfo na Taça da Liga 2017/18...

Mas quer-me parecer que não haverá coragem, nem da parte do ainda treinador do Sporting para um gesto de tanta dignidade, nem da parte do presidente do Clube para cortar o mal pela raiz, mesmo que o preço a pagar seja, como sabemos todos, obsceno.

E sendo assim em 2018/19 assistiremos à repetição do sumário das "lições anteriores" e voltarão os sportinguistas, cansados e fartos de tanto "palavreado barato", a esfregar as mãos repletas de bolhas e chagas e balbuciando um quase inaudível e envergonhado...

"Para o ano é que é"!...

Leoninamente,
Até à próxima

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