segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Falta-nos assistir ao tetricismo do... beijo da morte!...


BENFICA: CRISE OU CRISE DE SUCESSO?

«Colocando as coisas em perspectiva, há boas razões para estarmos optimistas em relação ao momento do Benfica. No passado recente, com Rui Vitória ao comando, já ultrapassámos situações bem mais exigentes e, numa prova longa, cinco pontos são facilmente recuperáveis. E se olharmos um pouco mais para trás, que dizer? O Benfica vivia uma situação catastrófica financeira e desportivamente. Nos últimos anos, o clube entrou numa dinâmica vitoriosa com poucos paralelos na história recente e esta alicerçou-se num modelo de negócio que abre boas perspectivas.

Vista assim, a minicrise que o clube atravessa é uma crise de sucesso. Mais, se pensarmos que basta o regresso ao onze de um par de jogadores (Fejsa e Jardel à cabeça) e a melhoria de forma de jogadores essenciais para a organização ofensiva (sobretudo Pizzi) para o futebol jogado melhorar substancialmente, é até possível dizer que se trata de um mau momento circunstancial e que é em Maio, uma vez mais, que se fazem as contas.

Os problemas surgem quando olhamos para o que o Benfica vem fazendo nos últimos quatro jogos como manifestações de problemas anunciados e que não foram resolvidos em tempo útil. Desde logo, o planeamento da temporada. Se há muito que as saídas de Ederson, Lindelöf e Nélson Semedo eram prováveis, continua a ser pouco claro por que razão não se procurou(?) alternativas que dessem garantias, mesmo que com perfil diferente. A opção é tanto mais estranha quanto os jogadores mais promissores da formação que podiam ser aposta jogam do meio-campo para a frente (a excepção é mesmo Rúben Dias). Se a escolha era desinvestir (o que podia ser racional), surpreende, contudo, que tenham saído tantos jogadores da defesa e não se tenha colmatado as perdas no reduto defensivo, enquanto se foram buscar dois atacantes (Seferovic e Gabriel) para o lugar de um (Mitroglou), sendo que o plantel não tinha particulares carências no ataque. 

Mas se os equívocos na preparação da época geram cepticismo, há sinais muito preocupantes que ficam dos últimos jogos. É perturbante que, por três vezes, a equipa se tenha visto em vantagem no marcador e que, a partir desse momento, em lugar de matar os jogos, tenha enveredado por uma circulação de bola em toada lenta e inofensiva que deixou o Benfica à mercê de reviravoltas. Foi assim com Portimonense, CSKA e Boavista. Esta opção parece ser um indício de uma falta de confiança que inquieta.

Pior mesmo só a estranha opção táctica de, quando a perder, colocar a equipa a jogar num sistema em que se acumulam atacantes, se parte o meio-campo e se baixam extremos, deixando a equipa sem critério ofensivo. Fica sempre a dúvida sobre o que será pior: saber se este sistema é treinado ou se, pelo contrário, é utilizado sem ser treinado e não passa de um regresso ao tradicional "tudo ao molho e fé em deus".»
(Pedro Adão e Silva, A Luz Intensa, in Record)

Já não bastava a gasolina atirada para a fogueira escarlate que, de modo assaz curioso mas evidentemente confrangedor, parece pretender assemelhar-se ao amor cantado por Camões, para ir ardendo sem se ver, por parte de Rui Gomes da Silva que, no seu modo muito "sui generis" não tem hesitado em usar de toda a sua boçalidade e ímpios desígnios para atingir tudo e todos os que  se lhe opuserem na gananciosa caminhada para alcançar na Luz o poder nunca conseguido, aparece agora, eivada de uma tão pouco consistente, quanto modesta e colada a cuspe auréola de "professor universitário", a figura ridícula de Pedro Adão e Silva, candidato à maior e mais divertida anedota desta desgraçada semana benfas, a atiçar, de forma hipócrita e cínica, as alterosas labaredas que a fogueira já vinha exibindo, com mais umas impiedosas braçadas de achas secas, grossas e besuntadas de gordura podre e nauseabunda.

Mas o mais curioso desta investida do "catedrático" e intenso adepto escarlate, será a sua camuflada bipolaridade, consubstanciada na sua crónica de hoje, por uma hipócrita "entrada de leão" nos dois primeiros parágrafos, com rigorosas preces de exaltação "cartilhística", para terminar com a "saída de cão" que os três derradeiros parágrafos tão exuberantemente afirmam, com a mais feroz e soez crítica a todos quantos na estrutura escarlate partilharão os mais veniais pecados e a quem, lá do lugar etéreo em que se coloca, não tem o minimo pudor de apontar o dedo. No léxico do "senhor professor universitário", a palavra coerência deve ter desaparecido em combate... 

Com amigos destes, a actual "numenklatura escarlate" não precisa de inimigos!...

Afinal, em cada dia e no meio dos mais singulares episódios que nos vão chegando, mais falaciosa e frágil se vem revelando a tão "afamada e propalada estrutura escarlate"! No meio de um mar de dúvidas que a todos afligirão, de como terá sido possível chegar a um inconcebível e inimaginável tetra...

Só nos falta assistir um dia destes ao tetricismo do... beijo da morte!...

Leoninamente,
Até à próxima

10 comentários:

  1. os rabolhos ganham mais um par de jogos e tudo fica esquecido.
    e ainda bem, digo eu.

    a 5 pontos é que eles estão bem. Nós só temos de continuar a ganhar os nossos jogos.

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  2. Não poderia estar mais de acordo do que já estou com a análise do nosso Álamo ao texto do "professor universitário". Mera coincidência ou não na minha vida profissional eu, que não sou professor universitário, aconteceu-me ter que lidar com muitos professores universitários. Já menos mera a circunstância de que os que mais se ufanavam do título serem todos portugueses (60% benfiquistas) que quase ultrapassavam um italiano da Universidade de Bari! Posso chamar a isso pobreza ou haverão palavras mais adequadas?

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    1. Amigo Aboim Serodio, certo que pobreza ficará bem, se acompanhada da palavra espírito. Para simplificar, talvez tristeza!...

      Estou preocupado com a sua saúde. Espero e desejo rápidas melhoras. Acho que a frase já será agora do seu agrado. Forte abraço e fico à espera de notícias.

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  3. Amigo Álamo (e acabo de encender mais um cigarro) não se preocupe demasiado comigo que continuo a esperar que os médicos me permitam dar uma salto ao Marquês lá mais p'ra Maio, maduro Maio. Foi o Leoninamente (e tambám O Artista do Dia e o Bancada de Leão) que me ajudaram a reacender o sportingusita que sou! Obrigado por isso.
    Quanto à frase agrada-me mais mas eu também sou dos que detestam o NAO! (Novo Acordo Ortográfico comm'il paraît évident)

    Bien à toi

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    1. Obrigado caríssimo Aboim Serodio, por me tranquilizar com a sua "feroz" disposição de em Maio "dar um salto ao Marquês"!

      Bien à toi aussi.

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    2. Antes aos aliados que ao Marques, mas se for esse caso é preferível um Marques verde que vermelho

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    3. Finalmente uma posição inteligente, que comungo, obviamente: antes os aliados azuis que o Marquês escarlate! A Paula subiu hoje uma pancada de pontos na minha consideração!...

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  4. Eu também "contribuo...com um balde de gasolina"...!!!
    SL

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  5. Caro àlamo:

    Desengane-se! Tanto este Pedrito e seu amigo, o paquiderme Gobern (autores de um programa de rádio até interessante, de nome Hotel Babilónia, excepto quando dissertam sobre o benfas), como o Rui Gosma da Selva, são amigos chegados do mecânico Orelhas.
    São tudo pedras atiradas por interposta pessoa, a mando do Orelhudo, para ele ficar com a imagem limpa, e poder fazer as limpezas que quer, sem se beliscar. Ele sabe bem para onde vai morar, se sair do benfas antes dos processos que tem prescreverem. Vai presidir à casa do benfica do Monsanto.
    Se duvida, dê um olhinho no que o Gosma da Selva tem dito e escrito. Descubra lá no meio uma crítica, por indirecta que seja, ao "querido paizinho"!

    Ah, pois é, bebé, como diz um primo meu...

    Grande Abraço,

    José Lopes

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  6. Eu como o meu pai dizia continuo a achar que um burro carregado de livros não deixa de ser um burro. E este é dos que come palha vermelha. Salva-se pelo bom gosto musical. Até na politica é alinhado...

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