NINGUÉM PODE FICAR DE FORA
«O mais importante não são os cargos, mas o que fazemos com eles.
A minha recente nomeação para a Comissão Executiva da FIFA, como a vice-presidência da UEFA, é uma oportunidade de Portugal participar na definição de políticas e nas decisões das instâncias do futebol internacional.
Nos últimos anos assistimos a diversas alterações nas principais competições de clubes e selecções, os valores com direitos televisivos e comerciais nunca foram tão elevados e o mercado de transferências movimenta hoje montantes que seriam inimagináveis há poucos anos.
Os desafios que o futebol enfrenta são enormes.
No caso específico da FIFA, trata-se de uma organização que enfrentou um período negro do qual só nos últimos meses começou a sair.
A presença em cargos nas instâncias internacionais é resultado do trabalho que tem sido desenvolvido por toda a equipa federativa, com o apoio dos sócios da Federação Portuguesa de Futebol.
Se na FIFA e UEFA os desafios são enormes, na FPF não são menores.
Há muito para fazer no futebol português.
O ecossistema económico do futebol mundial está a mudar muito depressa e isso levanta desafios enormes aos clubes portugueses, nomeadamente aos que participam nas provas europeias, com repercussões nas nossas competições profissionais. Tenho tido oportunidade de conversar com todos eles sobre estes temas.
Neste contexto, é muito relevante que Portugal consiga ter uma Liga forte.
Para que tal seja possível é necessário que os clubes saibam encontrar pontes de diálogo naquilo que os une – e na minha opinião é muito! – e, de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio.
Tal como já tive oportunidade de afirmar em diversas ocasiões, o clima que se vive no futebol profissional português é inimigo do crescimento e da afirmação da indústria, quer no plano nacional quer internacionalmente.
É também um péssimo exemplo para os mais jovens e um fenómeno que contribui para afastar o adepto, dos estádios e mesmo da modalidade. E sem adeptos, ‘sem consumidores’, bem se sabe como fica comprometida qualquer evolução positiva de uma indústria, de um ‘negócio’.
Acompanho com particular preocupação o que se passa em dois sectores: a arbitragem e os adeptos.
O constante tom de crítica em relação à arbitragem é inaceitável e impróprio de um país civilizado e com espírito desportivo.
Estas críticas, que muitas vezes são inspiradas em dirigentes com as mais altas responsabilidades, potenciam o ódio e a violência. São, quase sempre, uma forma de tentar esconder insucessos próprios, além de constituírem actos de cobardia.
Esta época, a exemplo do que sucedeu em outras, já houve acções condenáveis que tiveram como alvo os árbitros e que os afectaram a eles e às suas famílias.
Neste contexto, não me surpreenderia se Conselho de Arbitragem e árbitros reflectissem profundamente sobre as reais condições que existem, em Portugal, para quem tem a tarefa de dirigir jogos nas competições profissionais.
Que ninguém tenha dúvidas sobre a minha posição: toda a minha força está com os que, diariamente, são obrigados a lidar com insultos, ameaças, insinuações e entraves à tranquilidade que o desempenho das suas funções exige. Nomeadamente os que se expõem na arbitragem e na disciplina, pilares fundamentais deste desporto que amamos.
O clima de ódio tem tido reflexo também entre os adeptos.
Basta olhar semanalmente para o registo disciplinar nas competições profissionais e para as notícias que relatam incidentes – alguns infelizmente com gravidade – entre adeptos de diferentes clubes.
É com profundo lamento que o escrevo: existem sinais de alarme no futebol português.
Os clubes profissionais não podem ignorar estes sinais de alarme.
O Estado não pode ignorar estes sinais de alarme: a arbitragem sob ameaça e constante crítica; a violência entre adeptos; o ódio entre clubes, espalhado por redes sociais e órgãos de comunicação social.
E também o desrespeito de muitos pelas regras que eles próprios aprovaram em Assembleia Geral da Liga.
É uma mistura potencialmente explosiva. Temos de conseguir parar antes que seja tarde de mais.
Em Maio de 2016, quando me candidatei ao segundo mandato na FPF, anunciei que me bateria por uma nova lei que punisse de forma mais pesada e efectiva a corrupção desportiva. Após trabalho conjunto e produtivo com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da Direcção Nacional da Polícia Judiciária, a nova lei foi discutida na Assembleia da República e aprovada pelos partidos.
A acusação de 27 pessoas no chamado ‘Jogo Duplo’ mostrou que existem instrumentos para investigar e acusar.
O Estado, o Governo, a Assembleia da República, os diferentes responsáveis institucionais devem envolver-se cada vez mais neste objectivo colectivo de combater de forma efectiva as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes.
A FPF está disponível para colaborar com o Estado em todas estas frentes, nomeadamente na revisão das competências do Conselho Nacional do Desporto, um órgão que poderá desempenhar papel fulcral.
A Federação está a fazer a sua parte e estará sempre do lado das soluções construtivas e pacificadoras.
Ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade.»
A minha recente nomeação para a Comissão Executiva da FIFA, como a vice-presidência da UEFA, é uma oportunidade de Portugal participar na definição de políticas e nas decisões das instâncias do futebol internacional.
Nos últimos anos assistimos a diversas alterações nas principais competições de clubes e selecções, os valores com direitos televisivos e comerciais nunca foram tão elevados e o mercado de transferências movimenta hoje montantes que seriam inimagináveis há poucos anos.
Os desafios que o futebol enfrenta são enormes.
No caso específico da FIFA, trata-se de uma organização que enfrentou um período negro do qual só nos últimos meses começou a sair.
A presença em cargos nas instâncias internacionais é resultado do trabalho que tem sido desenvolvido por toda a equipa federativa, com o apoio dos sócios da Federação Portuguesa de Futebol.
Se na FIFA e UEFA os desafios são enormes, na FPF não são menores.
Há muito para fazer no futebol português.
O ecossistema económico do futebol mundial está a mudar muito depressa e isso levanta desafios enormes aos clubes portugueses, nomeadamente aos que participam nas provas europeias, com repercussões nas nossas competições profissionais. Tenho tido oportunidade de conversar com todos eles sobre estes temas.
Neste contexto, é muito relevante que Portugal consiga ter uma Liga forte.
Para que tal seja possível é necessário que os clubes saibam encontrar pontes de diálogo naquilo que os une – e na minha opinião é muito! – e, de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio.
Tal como já tive oportunidade de afirmar em diversas ocasiões, o clima que se vive no futebol profissional português é inimigo do crescimento e da afirmação da indústria, quer no plano nacional quer internacionalmente.
É também um péssimo exemplo para os mais jovens e um fenómeno que contribui para afastar o adepto, dos estádios e mesmo da modalidade. E sem adeptos, ‘sem consumidores’, bem se sabe como fica comprometida qualquer evolução positiva de uma indústria, de um ‘negócio’.
Acompanho com particular preocupação o que se passa em dois sectores: a arbitragem e os adeptos.
O constante tom de crítica em relação à arbitragem é inaceitável e impróprio de um país civilizado e com espírito desportivo.
Estas críticas, que muitas vezes são inspiradas em dirigentes com as mais altas responsabilidades, potenciam o ódio e a violência. São, quase sempre, uma forma de tentar esconder insucessos próprios, além de constituírem actos de cobardia.
Esta época, a exemplo do que sucedeu em outras, já houve acções condenáveis que tiveram como alvo os árbitros e que os afectaram a eles e às suas famílias.
Neste contexto, não me surpreenderia se Conselho de Arbitragem e árbitros reflectissem profundamente sobre as reais condições que existem, em Portugal, para quem tem a tarefa de dirigir jogos nas competições profissionais.
Que ninguém tenha dúvidas sobre a minha posição: toda a minha força está com os que, diariamente, são obrigados a lidar com insultos, ameaças, insinuações e entraves à tranquilidade que o desempenho das suas funções exige. Nomeadamente os que se expõem na arbitragem e na disciplina, pilares fundamentais deste desporto que amamos.
O clima de ódio tem tido reflexo também entre os adeptos.
Basta olhar semanalmente para o registo disciplinar nas competições profissionais e para as notícias que relatam incidentes – alguns infelizmente com gravidade – entre adeptos de diferentes clubes.
É com profundo lamento que o escrevo: existem sinais de alarme no futebol português.
Os clubes profissionais não podem ignorar estes sinais de alarme.
O Estado não pode ignorar estes sinais de alarme: a arbitragem sob ameaça e constante crítica; a violência entre adeptos; o ódio entre clubes, espalhado por redes sociais e órgãos de comunicação social.
E também o desrespeito de muitos pelas regras que eles próprios aprovaram em Assembleia Geral da Liga.
É uma mistura potencialmente explosiva. Temos de conseguir parar antes que seja tarde de mais.
Em Maio de 2016, quando me candidatei ao segundo mandato na FPF, anunciei que me bateria por uma nova lei que punisse de forma mais pesada e efectiva a corrupção desportiva. Após trabalho conjunto e produtivo com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da Direcção Nacional da Polícia Judiciária, a nova lei foi discutida na Assembleia da República e aprovada pelos partidos.
A acusação de 27 pessoas no chamado ‘Jogo Duplo’ mostrou que existem instrumentos para investigar e acusar.
O Estado, o Governo, a Assembleia da República, os diferentes responsáveis institucionais devem envolver-se cada vez mais neste objectivo colectivo de combater de forma efectiva as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes.
A FPF está disponível para colaborar com o Estado em todas estas frentes, nomeadamente na revisão das competências do Conselho Nacional do Desporto, um órgão que poderá desempenhar papel fulcral.
A Federação está a fazer a sua parte e estará sempre do lado das soluções construtivas e pacificadoras.
Ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade.»
(Fernando Gomes, artigo de opinião publicado nos 3 jornais desportivos)
Palavras, palavras e mais palavras, senhor Presidente!...
Palavras leva-as o vento e cartas de amor são papéis... ridículos como diria Pessoa!...
As leis existem e deveriam fazer deste lodaçal em que infelizmente vivemos, um "estado de direito"!...
Mas, senhor Presidente, o que desgraçadamente vai coexistindo com o "estado de direito" que deveríamos ser, é uma atroz, indignificante e humilhante... IMPUNIDADE!...
Diga, diga por favor BASTA, grite bem alto se puder e tiver coragem para isso, não virado para os interlocutores que escolheu neste seu "discurso melífluo e inócuo", apenas tristes figurantes de uma pobre e mais triste ainda "ópera bufa", mas dirija-se, de sobrolho carregado e exibindo a indignação que lhe assiste, a todas as instâncias que neste país deveriam zelar pela aplicação da Justiça e exija-lhes acção, em vez de colaboração com o crime que nos rodeia...
Palavras leva-as o vento e cartas de amor são papéis... ridículos como diria Pessoa!...
As leis existem e deveriam fazer deste lodaçal em que infelizmente vivemos, um "estado de direito"!...
Mas, senhor Presidente, o que desgraçadamente vai coexistindo com o "estado de direito" que deveríamos ser, é uma atroz, indignificante e humilhante... IMPUNIDADE!...
Diga, diga por favor BASTA, grite bem alto se puder e tiver coragem para isso, não virado para os interlocutores que escolheu neste seu "discurso melífluo e inócuo", apenas tristes figurantes de uma pobre e mais triste ainda "ópera bufa", mas dirija-se, de sobrolho carregado e exibindo a indignação que lhe assiste, a todas as instâncias que neste país deveriam zelar pela aplicação da Justiça e exija-lhes acção, em vez de colaboração com o crime que nos rodeia...
É preciso exigir-lhes o fim do colaboracionismo com o crime!...
Leoninamente,
Até à próxima
O cúmulo da hipocrisia...esta tomada de posição dos lampiões...!!
ResponderEliminar"... Benfica pede "resultados concretos" contra "crimes na praça pública"
Clube da Luz refere que "há muito que era expectável uma tomada de posição do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol sobre o ambiente que se vive no futebol português".
Benfica pede "resultados concretos" contra "crimes na praça pública"
© Global Imagens
Notícias ao Minuto
HÁ 16 MINS POR CARLOS PEREIRA FERNANDES
DESPORTO COMUNICADO
O Benfica aplaudiu, através de comunicado, a posição tomada, esta sexta-feira, por Fernando Gomes, que apelou aos clubes portugueses para que, “de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio”.
Os encarnados sublinham, no entanto, que o discurso do presidente da Federação Portuguesa de Futebol “seja consequente e produza resultados concretos”, já que “a defesa do futuro do futebol português, da sua indústria e de uma sã convivência entre clubes exige que as entidades jurisdicionais aos mais diferentes níveis atuem com a devida celeridade”.
“Perante tudo aquilo a que se assiste, com diversos crimes a serem praticados com todo o à-vontade na praça pública, desde ameaças, coações e difamações constantes a agentes desportivos, passando pelo furto e pela divulgação pública de pretensa correspondência privada, com campanhas negras de calúnias e insinuações, e face à inércia com que as mais diferentes entidades e autoridades têm assistido a tudo isto, há muito que era expectável uma tomada de posição do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol sobre o ambiente que se vive no futebol português”, pode ler-se na nota.
“O Sport Lisboa e Benfica não faz alianças negativas contra ninguém e respeita todos os outros clubes por igual, afinal nossos adversários desportivos que são também parceiros em mais de um século de história de promoção do desporto e projeção do bom-nome de Portugal”, termina...."
É +preciso não ter um "pingo de vergonha no bico"...para tomar uma posição destas...
CRETINOS...!!
SL
Este senhor esquece, que ele é um dos principais responsáveis, pelo tal clima de ódio de que fala, na medida da sua subserviência com o clube do regime, por isso este texto é apenas hipocrisia igual a tantos outros do tal clube do regime...
ResponderEliminarSL
Não vi esta preocupação com o discurso de ódio semanalmente exibido pelos cartilhados do estado lampiãnico nas últimas épocas! O nandinho só está preocupado agora? Que passou-se? Ah já sei... O venfique precisa que sejam desviadas as atenções para outro tema que não o futebol jogado nas quatro linhas! Onde andavas, nandinho, quando assassinaram um adepto do Sporting e o chefe do cartel de carnide teve a afronta de dizer na maior das calmas que o referido adepto é que teve a culpa porque, pasme-se, andava nas imediações do galinheiro! Só mais umas palavras para este senhor : You make me sick!
ResponderEliminar"...é uma oportunidade de Portugal participar na definição de políticas e nas decisões das instâncias do futebol internacional..."
ResponderEliminarBom, oxalá, que agora com tão altas exigências não acabes, como os teus antecessores...
Bla(sta)...!!! Bla(sta)...!!! Bla(sta)...!!!
Volência, ódio...!!!??? (se não fosse trágico esta devia ser para rir...) Lembrar (parece que já 'toda' a gente já esqueceu) que... ...Assassinos 2 Adeptos do Sporting 0
_Há quantos anos é que és mesmo presidente da federação...???
_E desses anos quantos campeonatos, taças e.... tacinhas é que foram ROUBADOS, IMPUNEMENTE ao Sporting Clube de Portugal...???
_Quem é que se bateu por aquilo que hoje todos perfilham como um avanço no jogo...??? Estás pronto para revelar tudo..., mas tudo, o que se passa naquela casinha onde instalastes uns ecras da BTV...
Oh Fernando (antes de te ires encher de moscas...) a mudança acontece em cada um de nós... E tu...??? Já mudast....iiii...??? Ou é mais champagne...???
O resto são Bla(stas)...!!!
SAUDAÇÕES LEONINAS
Esse artolas, ainda quando estava no FCP, não foi também apanhado nas escutas do Apito Dourado?!
ResponderEliminarO Fernando Gomes tem pactuado com a corrupção do futebol português.Nem no tempo do apito dourado os "árbitros" eram tão descarados.O Colinho é evidente e ao tripeiro F.Gomes dá mais jeito que o Slb ganhe do que o SCP..
ResponderEliminar"Isto dá para dois,não dá para tres,temos que arrumar com o SCP e o resto fica entre fcp e slb"
Alguém tem duvidas?
Criticamos a APAF,conselho de arbitragem e outras entidades parciais mas não criticamos quem manda nisto tudo.
O secretário de estado do desporto e o presidente da federação de futebol.
Temos que ir ao fundo do poço..para arrancar o mal pela raiz e eliminar as possiveis sementes de quem vive da batota.
BDC tem que fazer como LFV,mas com uma grande diferença,temos que colocar as pessoas certas nos lugares certos não para nos ajudar mas para nos certificarmos que é tudo igual para todos e que não há clubes beneficiados.
SL
Sugiro que o nosso presidente faça copiar e colar o pensamento do nosso moderador às declarações do presidente da liga e ponha estas declarações nos ecrãs de televisão do nosso estádio no próximo jogo do nosso clube em Alvalade. Durante um certo tempo era o nosso clube a poder gerir a agenda comunicacional. SL
ResponderEliminarAs minhas desculpas, caro Álamo, mas não resisti. De se tirar o chapéu...
ResponderEliminarhttp://levezaliedson.blogspot.pt/2017/09/sonsice.html