quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Fábio Veríssimo é um árbitro desonesto, ao serviço de uma única cor!...


MÁGICO, OPERÁRIO E MAESTRO


«Tem um pé esquerdo de ouro, capaz de milagres à custa de magia mas também por estragos concebidos pela eficácia nos esquemas tácticos: os seus livres laterais, os pontapés de canto ou mesmo os livres directos em zona frontal constituem permanente foco de instabilidade para o adversário. Exercendo a partir da ala esquerda, a responsabilidade sobrepõe-se à fantasia; aos sinais equivocados, sugerindo o oposto do que vai fazer, sucedem-se momentos deslumbrantes com execuções magistrais. Levanta a cabeça e onde põe os olhos coloca a bola, sinal de que tem visão e técnica ao nível dos predestinados. Para ele é quase indiferente a distância a que está do objectivo, porque vê bem ao longe e a precisão dos gestos chega a ser fantasmagórica, nas alas ou na zona central. Como se fosse pouco, é intenso (sabe utilizar o corpo nos duelos), inteligente (sempre bem posicionado) e solidário (não abandona um companheiro em dificuldade) no processo defensivo.

Acuña é uma ave rara do futebol moderno, porque tem quase tudo quanto precisa um extremo e acrescenta a esse arsenal de armas contundentes elementos que o tornam mais completo. É importante porque dribla e joga; pela facilidade em aprimorar o engano como parte essencial do seu futebol e também pela honestidade absoluta quando é preciso; utiliza com parcimónia a mentira subjacente ao estilo que definiu e impõe-se pela perfeição do que pensa e executa – em determinados momentos pode até anunciar com antecedência a decisão tomada, que o sucesso não depende de terceiros. A partir de terrenos periféricos ao centro de operações do jogo, como são as linhas laterais, tem influência tremenda e inesperada na acção; longe da zona onde os grandes estrategas administram com mais eficácia, equilibra, organiza, compensa e, quando menos se espera, cria o assombro com argumentos de pensador.

Com Acuña, Jorge Jesus encontrou réplica do que João Mário fez a partir do flanco direito em 2015/16 – tal como nessa equipa brilhante, o Sporting tem dois alas totalmente diferentes, o que se reflete na coesão colectiva, principalmente pelo efeito produzido na zona central. Tanto serpenteia no habitat natural em movimentos nos quais ele, a bola e os adversários fazem parte do mesmo quadro, como deslumbra em zonas interiores, com passes a rasgar o que parecia ser, aos olhos de toda a gente, muralha inexpugnável; tanto descarrega o veneno acumulado na caminhada junto à linha, com toques preciosos para conclusões óbvias, como pede emprestada a batuta para dirigir a orquestra por breves instantes. São momentos roubados ao guião definido, decisões que alteram a previsibilidade da história e podem atingir expressão plástica tremenda, com a agravante de exercerem peso relativo esmagador na coesão da equipa.

Jogador de talento individual extraordinário, capaz de exaltar plateias, convencer companheiros e conquistar treinadores, Acuña não é um fenómeno efémero, daqueles que passam a correr pelos nossos olhos e se acomodam na memória de cada um. Presença habitual na selecção argentina, com a distinção que implica representar uma das mais prestigiadas formações da história do futebol, domina as regras impostas pelo futebol moderno: recusa os instintos subversivos da fantasia e aceita reger-se pelo rigor táctico expresso na cartilha que orienta o colectivo. Sem transgressões aos principais hábitos mecanizados da fábrica imensa e complexa que é uma equipa de futebol, não precisou de fase de adaptação para atingir preponderância, tornar-se exemplo e ser aceite como solução nos momentos mais delicados. Ao contrário de outros, para quem a exigência táctica dos exércitos de JJ não permite a assimilação automática dos seus princípios, Acuña joga no Sporting há quatro meses mas parece que está lá desde que nasceu...

Dupla expulsão só por palavras

Jubal e Zainedine discutiam com vigor e o juiz, por perto, parecia ter mais que fazer. De repente chamou os dois e mostrou-lhes o cartão vermelho. O que pode levar à expulsão dois jogadores por palavras entre si? Ameaçaram acto terrorista; combinaram assalto ao Banco de Portugal; ultimaram pormenores de uma experiência nuclear? O relatório foi uma desilusão. Foi apenas discussão mais temperada.»
(Rui Dias, De pé para pé, in Record)

Marcos Acuña é um grandíssimo jogador, ao serviço de qualquer táctica ou ideia de jogo!...

Fábio Veríssimo é um árbitro desonesto, ao serviço de uma única cor!...

Leoninamente,
Até à próxima

5 comentários:

  1. Em relação ao Acuña..."nada a dizer...É NOSSO...!!"

    Em relação ao VARíssimo...espera lá...com quem vão jogar os lampiões...?

    Ahhh...com o Marítimo...?

    Então...já "entendi"...(este árbitro é um "fenómeno", em bom português haverá quem lhe chame outra coisa...também começada por f..."trabalha " para a equipa do seu coração, quando directamente arbitra ou VARiza...e ainda "faz indirectamente o servicinho" ...mesmo quando arbitra outros jogos...do "melhor"...)...
    Até quando...?

    SL

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  2. É um dos "padres" vermelhuscos. Com ele a verdade desportiva fica mais longe.

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  3. Só não concordo onde diz que o Acuna é uma ave rara ;-)

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    1. Obviamente que Acuña poderá ser raro sobre todos os pontos de vista, excepto no capítulo das aves! Credo! T'arrenego! "Vade retro" Satanás!...

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  4. Quando comecei a ler a crónica (do Rui Dias?) pensei que alguém estaria a exaltar Lionel Messi antes do jogo de Alvalade. Depois sim percebi, apareceu o nome de Acuña. Confesso que ainda não consegui ver em Acuña o que aquele texto de rara exaltação descreve. Culpa minha certamente...tenho que ver mais jogos completos do meu Sporting e apreciar melhor as qualidades do dito génio. Abraço e S. L.

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