domingo, 3 de setembro de 2017

É a voz da razão, William!...


E a sorte que teve o William!...

«Algumas considerações sobre este caso:

- ingleses destes, só que com menos dinheiro, veem-se ao pontapé em Quarteira e Albufeira, infelizmente. E digo infelizmente porque, em Portugal, a determinada altura, entendeu-se que o melhor que se podia fazer a um paraíso balnear como o Algarve, era arruiná-lo com torres de apartamentos para labregos das docas do reino de Inglaterra virem povoar. Esses mesmos que não vão a restaurantes, nada trazendo de especial ao turismo, a não ser as suas horrorosas figuras. Mas adiante.
- William parece-me, aos 25 anos, pela sua cuidada figura e apresentação, e ponderado discurso, um homem equilibrado e capaz de pensar e bem por sua cabeça; a sua passagem pela Bélgica deve ter-lhe aberto os olhos quanto às vantagens e desvantagens da vida fora de portas. Por vezes estes rapazes acreditam que viver lá fora é aquela cena idílica do screen saver que lhes vendem, e depois torcem a orelha.
- há, em Portugal, uma figura engraçada que é o papá do jogador. Um grande amigo e colega meu tem um filho que tem invulgar talento para o futebol. Foi-lhe proposto (de verdade!) ir jogar para Sporting e Porto. O meu amigo recusou sempre. Hoje o filho é um brilhante finalista de Economia, com um risonho futuro, e o pai diz-me que uma das coisas que mais o convenceu a tomar a atitude que tomou, foi o ambiente que via entre pais e mães dos meninos, que insultavam treinadores, adversários e colegas (!) dos seus rebentos, e se pegavam à pancada nas bancadas. 
A psiquiatria mostra que papás frustrados por nunca terem valido nada no desporto, sublimam nos filhos a sua ânsia de sucesso e, principalmente, de lucro.
Segundo li, William tem um papá destes ( como Bruma e outros o tinham).
Bem avisado esteve William ao manter-se, espero, calmo, e ouvir os conselhos de JJ ( que aqui esteve muitíssimo bem!) sobre a qualidade deste quinto clube de Londres. JJ que, aliás, expressou essa opinião em conferência de imprensa.

A propósito de JJ, a quem critico algumas atitudes, esteve também muito bem ao poupar (com risco para si e para a equipa) Adrien e William até ao fecho do mercado, para não existirem lesões que pudessem inviabilizar negócios. Bravo, Sr. Jorge Jesus, mérito seu, decerto aumentou a consideração que os jogadores têm por si.

Agora, William tem que pensar que, em vez de jogar a, decerto atractiva montra, da liga inglesa, num clube menor, gerido por um senhor de ar etilizado, com uma camisola a fazer propaganda a um site de apostas (creio não me enganar em pensar que William seria vendido daqui a meses, com lucros grandes para o bezerro das fotos, que não deve ter aceite ceder percentagem do lucro, e aí deve estar o cerne do problema), jogará no seu Clube, pelo menos quatro jogos contra dois dos maiores emblemas do futebol europeu, que poderão aumentar muito a sua cotação. Pelo menos isto deve ele apreciar como positivo, caso tenha ficado desiludido.

Uma palavra final: o presidente quebrou o silêncio e falou, mas com ponderação. Bem, Sr. Presidente, continue assim, num registo muito profissional e distante. Deixe as guerras para o director de imprensa, resguarde-se a si e ao treinador. Sei que lhe custa, mas vai ver que lucra.
Um grande Abraço, caro Álamo, e desculpe o tamanho do comentário.»
(José Lopes, comentário em Leoninamente)

Troco de olhos fechados o pedido de desculpas de José Lopes, pela publicação do seu comentário para a qual nem autorização pedi, certo de que a amizade e o sportinguismo a tudo se sobrepôem.

É a voz de um indefectível adepto sportinguista...

É a voz da razão, William!...

Leoninamente,
Até à próxima

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