É DISTO QUE JESUS GOSTA
«É disto que Jorge Jesus gosta e é disto que Jorge Jesus vive; é nisto que Jorge Jesus tira o melhor proveito e é nisto que Jorge Jesus se sente como peixe na água: escolher jogadores, à sua imagem e semelhança, fazê-los crescer como ele tão bem sabe e como só ele sabe, torná-los melhores e mais competitivos, e integrá-los depois no Sporting que todos os anos renova a sua ambição na conquista de títulos. É assim que Jorge Jesus se sente mais cómodo e é assim que vive cada um dos seus dias, num desafio constante, colocando-se sempre à prova, porque essa é a sua maneira de viver o futebol e só assim é que ele sabe estar. Este novo Sporting encaixa-se no que ele mais deseja e o que ele mais deseja é desafiar-se todos os dias e sempre no fio da navalha.
Aqui está um Sporting que já é líder mas com um grande ponto de interrogação ao qual Jesus terá de dar resposta pronta. João Mário e Slimani – dois indiscutíveis – estão de saída, embora haja jogadores suficientes no plantel para que não seja necessário entrar em ansiedade . Elementos como Paulista, Petrovic e Meli – já para não falar de Bruno César – têm muito para dar, e a situação do ataque nem sequer se coloca, atendendo às chegadas de André, Bas Dost e Castaignos. Reforços que, apesar do seu bom nome e do seu bom currículo, terão que corresponder ao que Jorge Jesus pretende para apanharem o comboio.
É neste carrossel de entradas-e-saídas, mesmo em cima da hora, ao qual o Sporting não estava habituado há muitos anos – e veremos como é que vai acabar o folhetim Adrien –, que o treinador terá de encontrar as melhores soluções para sustentar a liderança, num tipo de exercício em que Jorge Jesus se costuma transcender. Se o Sporting pode superar a fasquia dos 80 milhões de euros em vendas, o que é notável – esse encaixe resulta de uma política desportiva que abre as portas aos talentos da Academia assim como de um fantástico Europeu de França e não é um exclusivo seu –, Jorge Jesus tem agora a oportunidade de potenciar talentos de raiz de forma a garantir futuras receitas e sem se esquecer que o título é o que mais deseja o universo sportinguista. E, desta vez, não há desculpas possíveis. Não há, não!»
(Jorge Barbosa, Caderno de Apontamentos, in Record)
Uma crónica inteligente de Jorge Barbosa, que talvez veja Jorge Jesus por um prisma que muita gente tenha dificuldade ou se recuse mesmo a ver, exactamente porque será muito difícil compreender como é que alguém pode gostar de viver em permanência " no fio da navalha"...
E será preciso recuar apenas um pouco mais de um ano, para perceber a razão principal porque JJ saiu do Benfica. Porque ninguém naquele clube tinha pedalada para ele. As razões aduzidas por uma formidável "central de propaganda goebbelsiana então liderada pelo arcanjo", só os néscios as terão aceitado. O que "expulsou" Jorge Jesus do Benfica foi precisamente a incapacidade dos dirigentes benfiquistas de se integrarem no tumulto permanente de que se alimenta aquele que não demorará muito a ser alcandorado ao pódio mundial dos treinadores.
E o mais curioso é que vai sobrevivendo por aí um jornalismo bacôco que ainda perde tempo para ganhar uns tostões no papel que presume vender e onde escarrapacha "inventonas" de um mal estar entre Jorge Jesus e Bruno de Carvalho. Porque será areia demasiada para a sua camioneta, compreender que finalmente ambos encontraram o "casamento ideal" em que se realizam em plenitude. Aquilo que causou nos dirigentes benfiquistas um terror atroz e determinante na "escorraçadela" de Jorge Jesus, veio proporcionar agora o inefável e supremo extâse que Bruno de Carvalho sempre procurou. Nem o equilibrado Jardim e muito menos o "pirralho mimado" Marco Silva alguma vez o conseguiriam. Bastou Jorge Jesus juntar-se a Bruno de Carvalho para Alvalade explodir de brilho e fulgor em chamas tão desafiantes e cortantes como os gumes das navalhas em que ambos de realizam e alcançam a suprema felicidade.
Bem podem Adrien Silva mai-los sôfregos pai e agente, acolitados por um João Evangelista que nunca há-de ter inteligência para desprezar uns míseros cinco minutos de fama efémera, espernear nestas pouco mais de 24 horas que faltam para o fecho do mercado. Adrien só sairá de Alvalade sobre os cadáveres de Bruno de Carvalho e Jorge Jesus. E há-de continuar a produzir um rendimento semelhante ou superior ao da época passada. Contrariado ou não!...
O Sporting há muito que merecia homens desta índole!...
Leoninamente,
Até à próxima
''..Bastou Jorge Jesus juntar-se a Bruno de Carvalho para Alvalade explodir de brilho e fulgor em chamas tão desafiantes e cortantes como os gumes das navalhas em que ambos de realizam e alcançam a suprema felicidade.''
ResponderEliminar-> é por estas e por outras que sou leitor assíduo do Leoninamnente. Bem Haja.