DÁ PARA A CHAMPIONS?
«Se a equipa que entrou ontem em jogo contra a Roma fosse o inexperiente Arouca que entra hoje contra o Olympiakos, percebia-se. Aquele nervoso graudinho não se aceita, no entanto, quando é o grande Porto a lutar em casa para entrar na Champions. Se assim entra a tremer como varas azuis daqui a uma semana na capital italiana, acaba desapurado na Liga Europa para onde o Arouca quer ficar apurado. Assim seja com o Arouca, mas melhor seria que não tivesse por companhia os que jogam no Dragão.
O Porto–Roma viraria depois da expulsão do jogador romano aos 41 minutos. Menos mau. Mas não vale a pena disfarçar, como André André não disfarçou à saída, na "flash interview": não foi bom. A Roma já é suficientemente difícil de suster, quanto mais de vencer na sua própria casa.
Acontece que isto não é uma crónica sobre o jogo de ontem, mas sobre a dimensão que o Porto precisa de ganhar. Aqui se tem insistido nesta tecla depois do desapontamento da última época e dos temores com as contas do clube.
No fim de semana, os três grandes ganharam de forma equilibrada na primeira jornada, o que sugere que teremos uma Liga portuguesa muito disputada. Óptimo. Mas só estando na Champions conseguem os grandes semear expectativas de receitas que aguentem grandes jogadores em Portugal (e se paguem as grandes dívidas dos clubes). Não terá sido por isso que Rúben Neves chorou ao não entrar em campo na Champions. Que tenha muitas mais oportunidades. Batendo o Roma em Roma. Entrando bem. Ou pronto, saindo bem.
E hoje há Arouca!»
(Pedro Santos Guerreiro, Abrir o Jogo, in Record)
Leoninamente,
Até à próxima
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