Depois da "violenta paulada" com que regressámos do Brasil, e do previsível e quase catastrófico "desastre" com que iniciámos o apuramento para o Euro 2016, Fernando Santos teve que se valer de "muito caco" e de uma considerável "largura de ombros" para conseguir de forma "limpinha" o apuramento: colocaram-lhe nas mãos um "monte de cacos" e nem uns míseros miligramas de cola terão colocado à sua disposição.
Cedo terá dado conta do "nínho de víboras" em que o convite do outro Fernando o fez cair. Mas terá tido a inteligência e a lucidez suficientes para compreender que a expulsão dos répteis "vendilhões do templo" teria de ser diferida lá mais para a frente e começou por tentar a "quadratura do círculo" de modo a que "fizesse Sol na eira e ao nabal não faltasse chuva"!...
Ainda hoje me pergunto se Fernando Santos alguma vez terá sido "tido e achado" para a escolha dos adversários, das datas e dos locais dos encontros de preparação para o europeu. Mas terá sido o absinto que se viu obrigado a beber. Porque desde o princípio se terá tornado claro que o engenheiro era feliz na sua "cadeira de sonho" e não seria um qualquer "sapo vivo" que tivesse de engolir que lhe roubaria o lugar.
Assim como tenho como dado quase adquirido que dos 23 que convocou para França uma boa parte se terá ficado a dever, não àquilo que sua sensiblidade técnica recomendaria, mas tão só a superlativos motivos estratégicos: a "peçonha do ninho" em que se viu metido teve de continuar a "aguardar tratamento" para quando estivessem do seu lado eventuais razões que só os resultados determinam.
O indisfarçável titubear da selecção na fase de grupos terá proporcionado a Fernando Santos os argumentos necessários e suficientes para se sentir com a coragem suficiente para proclamar o seu há muito projectado "grito do Ipiranga". E afirmou com todas as letras que "alguma coisa iria mudar" contra a Croácia. E se não mudou tudo, alguma coisa de muito importante terá mudado!...
Excelente e meticuloso estratega, simultaneamente pragmático e calculista, entregou finalmente a titularidade ao meio-campo do Sporting e as coisas começaram a mudar de figura. De tal modo que até a própria equipa começou a acreditar que Portugal poderia praticar um futebol mais consistente em termos defensivos, mais sólido , fiável e eficiente na linha média e, reflexamente, mais perigoso e realizador no ataque.
Obviamente que a sua opção por Cedric Soares em detrimento de Vieirinha, também terá concorrido para a evolução da equipa e a felicidade de poder contar com Raphael Guerreiro na outra lateral, permitiu-lhe colocar a defesa num patamar que nada terá a ver com as limitações anteriores.
E como a sorte costuma proteger os audazes, à opção pelo meio-campo leonino Fernando Santos terá tido dois privilégios oferecidos pelos deuses:
1 - Alcançada a segurança garantida pelos três leões no meio-campo, pode finalmente lançar o diamante em bruto que dá pelo nome de Renato Sanches, sem ter que lhe pedir o que ele ainda não lhe pode dar em termos de rigor táctico, visão global do jogo colectivo e absoluta subordinação, nos momentos de decisão, aos dois primeiros parâmetros.
2 - Mercê dos imponderáveis de ordem física que sempre hão-de condicionar a constituição de uma equipa, viu-se obrigado a recorrer a José Fonte para o centro da defesa, com ganhos mais do que evidentes em termos de frescura, fiabilidade, voluntariedade e rotina numa das mais competitivas ligas europeias.
Estou certo que perante um País de Gales tão bem conduzido por Chris Coleman, dificilmente Fernando Santos cumpriria a promessa de regressar a Portugal apenas no dia 11, se porventura não tivesse tido a argúcia e a coragem de mudar tudo aquilo que mudou.
Acredto que a verificarem-se os regressos de Pepe ao eixo defensivo e de William Carvalho ao vértice mais recuado da nossa linha média, se Fernando Santos conseguir colocar alguma ordem e rigor táctico no espírito impetuoso e quantas vezes irreflectido de Renato Sanches, poderá muito bem cumprir-se no próximo domingo o prognóstico que tantas vezes reiterou para a sua equipa neste europeu...
Portugal muito dificilmente perderá com a França!...
Leoninamente,
Até à próxima
Esperando estar no post exacto (o que por vezes não consegui...) devo dizer que estou em pleno acordo com o corpo do post mas já menos com o título! Não será necessário ser velho para se lembrar duma final (em mil novecentos e oitenta e dezoito), em Paris também, entre a Franca e o Brasil e onde muitos jogadores do Brasil apresentavam sintomas de intoxicação! Do jogo de hoje eu não era o único a preferir a França como adversário de Portugal para domingo! Creio que o árbitro estava comigo! Eu que vi o penalty contra a França no jogo corrido tive que esperar varias repetições para ver a tal mão que justificou o penalty contra a Alemanha! Devemos saber ser prudentes e admitir que a Franca manterá os seus trunfos conta Portugal! Convém não esquecer que é a Franca um daqueles países (em uníssono com o PSD) que quer sanções para Portugal! E de pouco nos valerá que Griezmann tenha origens portuguesas! Ele é mesmo bom, diria mesmo melhor que Renato Sanches cuja idade talvez nem ele conheça! Mas a idade para mim é o menos! Se, ao menos, ele fosse preponderante até 15 aceitaria mas sei que há testes do tipo ADN que podem ser conclusivos! Eu até me submeteria a eles para provar a validez desses testes que nunca me atribuiriam 69 anos!
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