Fina flor do entulho
"A cultura que dominou o Sporting nas duas últimas décadas baseou-se em duas ideias: elitismo e empresarialização. O Sporting deveria ser um clube de notáveis e famílias, virado de costas para o povo adepto e para a massa associativa. E devia ser gerido como uma empresa, sem cedências às necessidades de um clube, de que o eclectismo é exemplo, nem sempre compatíveis com a mera racionalidade económica. O resumo das duas ideias foi dado por Soares Franco: "Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais". Esta forma de ver um clube é uma aberração. Mas é condizente com os tempos que vivemos e, para quem goste deles, defensável.
Só que a prosápia não bate certo com a prática. As duas últimas décadas foram as que faliram o clube. O Sporting, transformado em empresa e dirigido por gestores profissionais, era afinal clube de amigos. Está tudo na auditoria. Contratos não escritos, pagamentos sem justificação, bonificações sem enquadramento legal, serviços externos garantidos por funcionários, dirigentes que trabalhavam para empresas contratadas, comissões exageradas com fundos e agentes. E, claro, o caso dos custos do estádio, de que ficará sempre qualquer coisa por contar.
O Sporting perdeu muito dinheiro com a gestão profissional de tipo empresarial. Nuns casos foi incompetência, noutros foi mais grave do que isso. É por isso que, não sendo fã de expulsões, tenho de concordar com quem se quer ver livre da fina flor do entulho. A expulsão de Godinho Lopes é um acto de justiça. Para com o clube e até para com alguns dos auditados. Podem ter gerido mal o clube. Mas, faça-se a justiça de dizer que nem todos são da estirpe de Godinho Lopes."
"A cultura que dominou o Sporting nas duas últimas décadas baseou-se em duas ideias: elitismo e empresarialização. O Sporting deveria ser um clube de notáveis e famílias, virado de costas para o povo adepto e para a massa associativa. E devia ser gerido como uma empresa, sem cedências às necessidades de um clube, de que o eclectismo é exemplo, nem sempre compatíveis com a mera racionalidade económica. O resumo das duas ideias foi dado por Soares Franco: "Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais". Esta forma de ver um clube é uma aberração. Mas é condizente com os tempos que vivemos e, para quem goste deles, defensável.
Só que a prosápia não bate certo com a prática. As duas últimas décadas foram as que faliram o clube. O Sporting, transformado em empresa e dirigido por gestores profissionais, era afinal clube de amigos. Está tudo na auditoria. Contratos não escritos, pagamentos sem justificação, bonificações sem enquadramento legal, serviços externos garantidos por funcionários, dirigentes que trabalhavam para empresas contratadas, comissões exageradas com fundos e agentes. E, claro, o caso dos custos do estádio, de que ficará sempre qualquer coisa por contar.
O Sporting perdeu muito dinheiro com a gestão profissional de tipo empresarial. Nuns casos foi incompetência, noutros foi mais grave do que isso. É por isso que, não sendo fã de expulsões, tenho de concordar com quem se quer ver livre da fina flor do entulho. A expulsão de Godinho Lopes é um acto de justiça. Para com o clube e até para com alguns dos auditados. Podem ter gerido mal o clube. Mas, faça-se a justiça de dizer que nem todos são da estirpe de Godinho Lopes."
"I rest my case"!...
"Tenho de concordar com quem se quer ver livre da...
Fina flor do entulho"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Excelente texto de DO, eu tb concordo com quem se quer ver livre da Fina Flor do entulho, e como tal acho que a expulsão de GL foi mais que justa...
ResponderEliminarSL
cadê os outros?
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