A canonização e a realidade
«A canonização de Pinto da Costa seria sempre previsível no universo portista. É compreensível, é humano e é justo para os adeptos e simpatizantes do FC Porto. Mas, como tem sido notado por alguns analistas, muito poucos, Pinto da Costa tem outras dimensões para lá dos triunfos. E este é o momento de voltar a trazer o debate para a realidade.
A realidade da situação financeira do clube é inapelável. A realidade dos processos judiciais ainda em investigação é brutal. A face negra da história de Pinto da Costa no futebol português é um facto.
Na verdade, se percebo, em abstracto e à luz de algumas regras de cortesia elementares, o choque dos que criticam o silêncio do Benfica e do Sporting em relação aos votos de pesar, menos entendo, racionalmente, que queiram empurrar Rui Costa e Frederico Varandas para uma posição de pura hipocrisia. É óbvio que o Benfica e o Sporting, as duas instituições, não sentiram nenhum pesar pelo desaparecimento de Pinto da Costa. Pode ser duro mas é a verdade pura.
A verdade está na história e na sua dimensão mais escabrosa: uma enorme parte da acção de Pinto da Costa, para lá da sua retórica desbragada, assentava numa manobra permanente de forças obscuras contra os seus rivais e tinha por objectivo o esmagamento, a destruição, o amesquinhamento do Benfica e do Sporting. Não era ganhar no campo, era mesmo acabar com os mouros.
Pinto da Costa nunca fez a coisa por menos. Era uma espécie de Trump da bola. Com mais humor mas, apenas e só, movido pela gestão racional do ódio aos adversários, pela polarização, pela batota de ganhar a qualquer custo, manejando o ‘prestígio’ de ser uma espécie de vítima histórica dos dois rivais, feitos com os políticos de Lisboa, no salazarismo e em democracia, que lhes asseguravam as vitórias no campo. Enfim, pura manipulação das massas, com demasiados actos de indesculpável violência. Isso é ainda mais imperdoável. Legitimar a violência contra adversários ou meros críticos, mesmo da casa, jogadores e treinadores, aproximando-se de práticas mafiosas. De resto, se é verdade que em processos como o Prolongamento e outros se extingue agora o procedimento criminal contra Pinto da Costa, não o é menos que a realidade das negociatas, da vampirização do clube está lá toda. E que a justiça vai para cima dos seus cúmplices, lá isso vai.»
Há por aí demasiada gente a tentar fazer de parvos os sportinguistas e porque não os benfiquistas, que estão com as respectivas direcções no polémico posicionamento de não manifestar pesar pelo desaparecimento de quem sempre odiou e desejou exterminar os que nunca teve pejo em denominar por mouros!...
É muito feia a hipocrisia!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Mas qual hipocrisia?! seria muito difícil produzir, utilizando uma exigível inteligência (que na direcção do SCP já começo a duvidar de que exista), um texto de condolências enaltecendo o enaltecível contrapondo com os apontamentos críticos óbvios??? É justamente a instituição (a tal sem estados de alma!) que tem que se comportar institucionalmente! qualquer gabinete de advocacia redigia esse documento em condições!!
ResponderEliminarO que se passou foi pura revanche inconsequente!
Basicamente tentou-se bater num morto ...
Lindo!!!
O silêncio por parte do Sporting é perfeitamente justificado. O do Benfica já nem por isso. Nunca se esqueça que o esquema dirigido por PdC e Valentim Loureiro, mais uns chefes da arbitragem teve o inexcedível cuidado de nunca prejudicar o Benfica (era a morte do artista). O apito Dourado nunca atingiu o Benfica. Aliás basta recordar as palavras do Presidente do Sporting àquela época (penso que Dias da Cunha) que se insurgia na comunicação social contra os danos que estavam a ser praticados contra o Sporting, denunciando um sistema instalado de corrupção e tráfico de influências, a que o Presidente do Benfica (LFV) respondeu públicamente com a frase: se ele diz que há um tal sistema ele que o prove. O Sporting era o único visado. LFV foi o discípulo de PdC, e veio a instalar um sistema ainda mais corrupto e traficante de influências como nunca houve. Por o SCP e o SLB no mesmo saco é cegueira negligente ou deliberada.
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